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domingo, 23 de dezembro de 2007

maria bethânia - pedrinha de aruanda, andrucha waddington



assistido no cinesesc em 22/12/07.

apenas um rascunho e algumas observações:

* foi a própria maria bethânia quem chamou andrucha para filmar o documentário;
* ela conduziu as filmagens;
* dona canô maravilhosa cantando com os filhos;
* caetano dirigindo o carro na estrada de santo amaro e conversando com a irmã...
* público cantando parabéns à bethânia no show de salvador;
* missa de aniversário;

o filme é bom. lembra aquelas filmagens antigas que a gente tem da família, sabe?

eu li que o filme custou 400 mil reais. ok, não entendo muito de cinema e sei que os equipamentos são caros, tem o lance da produção e pós-produção, divulgação, recursos humanos... e um amigo me disse que 400 paus não são nada em se tratando de cinema.

mas é tão simples, que acho que com metade dessa grana dava pra ter feito.

quem é fã da cantora [o que não é meu caso, ainda] vai adorar: a cena que ela canta com a mãe e o irmão é uma delícia. quando ela vai ao circo, idem. e na cachoeira, então...? muito legal.

pra quem quiser ver, já está em dvd.
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

a bala de coca



acabei de ganhar esta bala de uma amiga recém-chegada do peru.


[meu deus, que idiotice. não acredito que postei uma foto de uma bala que ganhei de presente.]


mas já que postei e, na falta de algo mais importante para escrever, vou descrever a sensação de chupar uma bala de coca.


após ouvir uma piada engraçadíssima ["você já cheirou coca? não! não?, tem o mesmo cheiro da pepsi" (dã)], fui pegar a câmera para tirar a foto acima. depois, desembalei a bala (desem/balei) e a coloquei na boca. joguei o papel fora, porque guardar papel de bala é coisa de menina. postar foto no blogue, não.

ainda estou com a bala na boca e nada de mais aconteceu.

volto em alguns minutos para ver se haverá alguma reação, ok?

[enquanto isso, dou uma olhada no guia do estadão. fiquei com vontade de ver este filme do lynch, império dos sonhos. e amor nos tempos de cólera, também. percebo que não saiu nenhum destaque no teatro. deve ser porque ator também tira férias, né?]

agora percebo uma certa dormência na garganta. fico com medo e penso: "será que estou me drogando?" bom, já tinha feito isso de manhã, tomando um remédio, então não seria novidade.

sinto então um gosto de doce de leite misturado à uma refrescância agradável. a garganta está anestesiada, eu acho.

por ser uma bala mastigável e, na pressa de sentir (ou não) os efeitos do doce, não consigo esperar e começo a mastigá-la. esta ação faz com que o pequeno alimento importado grude no piercing que mantenho na lingua há três anos.

coloquei o piercing de súbito, sem pensar, apenas pela vontade e acabei deixando até hoje.

bom, agora que já consegui vencer a luta para desgrudar a bala de meu adorno lingual e a engulo, sinto o coração palpitar um pouco e penso que vou morrer.

meu deus, é véspera de natal. se morrer agora, meus entes queridos nunca mais vão comemorar a data. vão ficar pensando em mim e o natal deles nunca mais será o mesmo, não terá o brilho de minha companhia, não lerão mais meus posts neste blogue, não, não, não, não posso morrer agora.

pronto, o susto passou e tomo dois copos de água, mesmo sem ter sede, que é para passar o efeito.

na verdade não sei se tudo isso aconteceu ou se foi viagem de minha imaginação, mas preciso interromper a postagem, pois o interfone toca.

é um amigo que, sabendo do meu ódio por frutas cristalizadas, veio me trazer um chocotone.
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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

soneto para um detalhe natalino, glauco mattoso



a credibilidade do natal,
àquele que criança já não é
mas prende-se a fetiches, tem na tal
da meia pendurada a maior fé...


se desce ou não por uma chaminé,
se chega num trenó, se é gordo e mal
escala esses telhados de chalé,
detalhes são, mas não o principal...


a sua bota preta, sim! pedia
só isso, eu, de presente e, nesse dia,
não via a hora... e o sino? não repica?


agora só desejo mesmo a meia,
que é fácil de roubar, enquanto à ceia
vão todos, e ela dando sopa fica...


do glauco, por e-mail
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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

feliz natal (parte 1)

decidido.

não vou falar que não comemoro o natal (para evitar a fadiga)
não vou falar que não gosto desta época do ano (virou clichê cult)
não vou falar mal da decoração da avenida paulista, cheia de luzes e papais-noéis estrangeiros, com bonecos-robôs-americanos dançando (afinal, são só bonecos)
não vou falar mal das pessoas que babam e aplaudem esses bonecos (afinal, são só bonecos)
não vou passar a véspera de natal e o dia do natal dormindo (como no ano passado)

vou aceitar de coração os desejos sinceros de feliz natal (ah, são sinceros, eu acho)
vou desejar feliz natal (juro, vou tentar, já estou ensaiando)
vou participar de amigos secretos (sem questionar)
vou fingir que gostei daquele isopor no shopping imitando neve (afinal, estamos no braZil)
vou abraçar a família, os amigos, o motorista do ônibus, todo mundo que vir pela frente (afinal, é natal)

acho que é isso. agindo assim, creio que entro pro rol dos bons meninos e ganho, finalmente, um presente do papai-noel.
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the smiths, ask


"because if it's not love, then it's the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb that will bring us together"

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

rasif - mar que arrebenta, de marcelino freire

o autor



e ontem fui um dos quatro privilegiados, sortudos e felizardos a ouvir, em primeira mão, a leitura do novo livro do marcelino freire, lá na casa da escritora ivana arruda leite. os outros três eram a própria ivana, obviamente, a adrienne myrtes e andrea del fuego.


para ver as fotos (divertidíssimas) entre no blogue da ivana.


pode parecer bobo, mas foi um momento especialíssimo pra mim. estar ali com aquelas pessoas tão bacanas e tão talentosas, ouvindo um dos melhores escritores do brasil lendo originais de seu livro (ainda em fase de finalização) foi um presente.


[daqueles momentos simples com pessoas simples que te fazem sentir bem e a gente guarda para sempre]


sensacional.


bom, mas o que interessa é o livro, então fiz alguns comentários meio desconexos... mas está valendo.


RASIF - mar que arrebenta, deve sair em abril de dois mil e oito.


ao que me parece, é bem diferente dos anteriores. dá pra perceber o trabalho que marcelino tem para juntar as palavras e escrever um conto. quando digo 'trabalho' não falo necessariamente de sofrimento em criar as melhores frases, mas sim, da lapidação do conto até chegar onde ele quer.


os contos são completos em si mesmos, mas há também uma conexão entre cada um. nenhuma idéia fica solta, largada.


as palavras dele FALAM, não estão ali por acaso, para preencher a página. tem algo a mais.


tem poesia, música, ritmo.


tem ironia inteligente, não gratuita.


tem personagens belíssimos.


o que são aqueles atores? e o papai-noel? o leco? a laurinha, o felipe? o que é aquela mulher da lavanderia?


quem é aquele velho do álibi-pedófilo? e o júnior? meu deus, quem é o júnior?


uma coisa que não falei na reunião, talvez para não parecer ridículo, mas achei que rasif é mesmo um livro de amor. não sobre o amor, mas de amor, sabe?


bom, ainda tem muito o que dizer, mas por enquanto, é isso.


só faltou o cachê que o marcelino disse que ia pagar pra gente falar bem do livro...



adrienne myrtes, ivana e yo.



ivana, o autor e andrea del fuego, que me deu um alfajor argentino

todo mundo
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domingo, 16 de dezembro de 2007

narrativas breves, outras nem tanto



turma da oficina de 'narrativas breves (e outras nem tanto)' realizada na casa das rosas com o marcelino freire, que aparece em estado de oração pelo grupo, no centro da foto.
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

vencedores do prêmio da apca 2007

saiu ontem a lista dos vencedores do prêmio da associação paulista de críticos de arte. eu amo listas, em breve coloco a minha aqui... por enquanto coloco a deles e comento bem superficialmente sobre as poucas coisas que vi. para ver os ganhadores de outras categorias clique aqui.


Cinema


Filme: Jogo de Cena (sensacional, um dos melhores documentários que assisti)
Diretor: José Padilha/Tropa de Elite (ok)
Fotografia: Baixio das Bestas/Walter Carvalho (a única coisa boa do filme)
Roteiro: Cão Sem Dono/Beto Brant-Renato Ciasca/Marçal Aquino (nota dez)
Montagem: Tropa de Elite/Daniel Rezende (boa)
Ator: Selton Mello/O Cheiro do Ralo (caricato, mas bom)
Atriz: Carla Ribas/A Casa de Alice (sem comentários, a melhor)



Literatura

Ficção: O Filho Eterno/Cristóvão Tezza
Não-Ficção: O Príncipe Maldito/Mary del Priore
Contos: A Copista de Kafka/Wilson Bueno
Memórias: Conspiração de Nuvens/Lygia Fagundes Telles
Reportagem: O Chão de Graciliano/Audálio Dantas e Tiago Santana
Poesia: Belvedere/Chacal (ótimo)


Música Popular


Disco: Onde Brilhem os Olhos Seus/Fernanda Takai (S E N S A C I O N A L, fernanda e nara leão... o que posso dizer mais?)
Cantora: Roberta Sá (quem lê este blogue sabe que gosto muito)
Cantor: Paulinho da Viola (estou com o dvd em casa, ainda não vi, mas o cd é bom demais)
Grupo: Orquestra Imperial (S E N S A C I O N A L, vocês precisam ouvir)
Revelação Feminina: Marina de La Riva (muito boa mesmo)
Revelação Masculina: Edu Krieger (gosto dele cantando, mas prefiro as composições)
Grupo Revelação: Fino Coletivo



Teatro

Espetáculo: My Fair Lady (não vi, mas gostei da amanda acosta em outras peças)
Diretor: Gabriel Villela/Salmo 91 (preciso ver)
Atriz: Renata Zhaneta/A Grande Imprecação Diante dos Muros da Cidade e Macbeth - A Peça Escocesa
Ator: Guilherme Weber/Educação Sentimental do Vampiro (o cara é bom mesmo. a peça nem tanto, mas gostei)
Autor: Fauzi Arap/Chorinho (caio blat na praça roosevelt)
Prêmio Especial da Crítica: Satyrianas (ivam cabral, o louco do teatro)
Prêmio da Crítica: Bibi Ferreira
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

quarenta e cinco

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este é o número de dias que separam passos e pegadas nas ruas sujas da américa do sul de passos e pegadas nas ruas sujas do velho continente. porque é tudo igual.

e tudo diferente.
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sábado, 8 de dezembro de 2007

fabiana cozza

a primeira vez que vi fabiana cozza foi no bem brasil, quando ainda era gravado no sesc interlagos. para minha surpresa, lá estava meu professor de percussão, tocando com ela. ao vivo mesmo, só em julho de 2006, no prêmio visa, lá no sesc vila mariana. na verdade só fui lá pra ver um colega, o celso sim, que também ia interpretar algumas canções concorrentes do compositor mário sève. neste dia ela cantou uma música do leandro medina, que confesso, me deixou dividido na hora de votar. ela cantou tão bem, tão emocionada, com tanta técnica. e a música é tão fina, deliciosa. se eu não me engano, ela dividiu uma música com a ceumar. sim, acho que foi isso. bom, a tal música do leandro medina chama-se xangô te xinga e ficou martelando na cabeça por muito tempo, mas nunca tinha achado nada, nem na internet. [na verdade não sei se foi esta música, mas se não foi, tudo bem]

pra encurtar a história, a música não ganhou o prêmio, mas ouvi o cd (o samba é meu dom) e fiquei fã de fabiana.

outro colega, o marcelino, chamou pra vê-la num shopping ao lado de casa e fui. inesquecível show com joão bosco.

depois teve o lançamento dos cantos negreiros no meio do ano e recentemente, a balada literária e a roda de samba no ó do borogodó.

suficiente para gostar cada vez mais.

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fabiana cozza, xangô te xinga

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

poema-não-poema


um dos poemas mais bonitos que li.
tão simples que nem parece poema.
tão complexo que nem parece simples.
tão sonoro que parece música.
e foi feito pra mim.


[antes de mais nada, isto não é um poema, é um rol emotivo de alguém que evita derramamentos]


esse menino

fantasiando de ser adulto triste
e com algum talento real para amargura

(que eu espero sinceramente que não desenvolva)


meu ouvinte silencioso
meu cometa
meu eclipse
meu interregno
meu animal de estimaçao não domesticado


pessoa sem fórmula
e que se lança no mundo com falsa indiferença
e querendo viver mais
(sem saber que a vida é precária, tao aquém das nossas carências)
que me espera com o perdão da minha vida cheia de atrasos
(por que eu sofro de angustia e as exatidões me desconsertam)
que tolera essas minhas ausências terminais


e me faz feliz

(quase sempre)
porque desconfio das alegrias instantâneas
é uma foto polaroide
uma nova e ansiada aquisição que nos faz feliz
e mente com delicadeza que eu acabo acreditando
mas leva a sério mais do que deveria o que sou ou desejo ser


no fim das contas,
um ganho enorme nesta minha vida provisória
e desconfio

que deveria ter chegado antes

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amy winehouse no grammy


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não sei quão legítima uma indicação ao grammy possa ser ou representar.


mas que eu falei que ela era boa, falei.


e ela recebeu seis indicações para o prêmio, é mole?


ok, se entender um pouquinho de inglês (ou pegar a tradução desta música), vai ver que a letra não é tão agradável quanto o som. ela fala de drogas, reabilitação e tal. tem gente que diz que é marketing. será?


mas o que acho interessante, sendo marketing ou não, é que ela transforma os problemas em música. e música boa!


tentei postar o clipezinho mais comercial dela, mas não consegui, então posto este, um tanto trash, but´s ok.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

belas canções

hoje e amanhã, no sesc vila mariana, tem apresentação de celso sim* e diogo poças**, no show 'belas canções'. eles cantam músicas de dolores duran, dorival caymmi, zé keti, ismail silva, entre outros.

e ainda tem participação especial de luiza dvorek (hoje) e da céu (amanhã).

às 20h30, de r$3 a r$12.

*celso sim é compositor e ator do teatro oficina. ganhou o prêmio shell de melhor música (junto com o tom zé e zé miguel wisnik) pelo trabalho realizado em os sertões, de zé celso.

** diogo poças toca piano desde pequeno, estudou regência, canto lírico e parece que se especializou em samba e choro.

vale muito a pena.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

um sábado comum



sábado


[manhã]
oficina (concorridíssima) de projetos culturais na ação educativa [pessoas muito bacanas, quase todas de comunidades periféricas, a maioria negra. pessoal comprometido em contribuir com a sociedade sem nenhuma pretensão de lucro financeiro. a oficina termina em 12 de janeiro]


[tarde]
_queria ver um mp3.
_mp tleis? leva logo um mp quatlo...
_ué, por quê?
_porque é cento cinco e vê video.
_cento cinco? que é isso?
_cento cinco leais.
_ah, é o preço, 105 reais?
_é.
_ah, deixa eu testar então.
(5 tentativas depois de tentar 'vê video'....)
_moço... leva mp tleis mesmo...
_ok, acho que vou comprar só a mochila.


[tarde 2]
sem querer, acabei no meio de uma passeata na avenida paulista. não era a marcha pra jesus, nem parada gay. era a passeata superAção - incluindo diferenças em defesa dos direitos humanos, aproveitando o dia da luta contra a aids e o dia da pessoa com deficiência física. centenas de pessoas com cadeira de rodas cantando, dançando, muito legal. teve até show punk. e vi, pela primeira vez um cachorro sem a patinha detrás, numa espécie de cadeira de rodas canina.


[tarde 3]
_queria ver uma calça tamanho 42.
_pra você?
_anrran
_hmmm, acho que não serve...
_serve sim.
_bom, por precaução vou trazer uma 44 pra você ver, ok?

***
_e aí, sr. l****, ficou boa a calça?
_então... a 44 sim...


[tarde pra noite]
oficina de pintura de capa de livro no sesc avenida paulista. isso mesmo... é um projeto em conjunto dos coletivos eloisa cartoneira, da argentina e dulcinéia catadora, do brasil. eles compram papelão de catadores de lixo e transformam a capa com uma pintura única. vários autores já publicaram seus livros neste sistema, entre eles, xico sá, glauco mattoso e outros. nesta oficina, a gente tinha de desenhar a capa do catálogo da mostra sesc de artes, que acabou ontem. veja minha capa... fala aí, artista, né?! até recebi uma análise da 'obra' por uma artista plástica que estava lá...


minha capa, frente



minha capa, trás


[noite]
lançamento da sétima edição do jornal de poesia o casulo, na casa das rosas. apenas dez minutos lá porque ainda tinha que ver a apresentação da super dançarina e quase psicóloga, vanessa porcino, minha amiga, lá no teatro da dança, no edifício itália.


[noite 2]
meia hora antes do espetáculo e o aviso de que os ingressos estavam esgotados. tudo bem, ainda tem outras apresentações.


[noite 3]
aula de zouk e de samba rock na galeria olido. não. não participei da aula pois não levo o menor jeito pra coisa, mas sempre que passo por lá gosto de parar e ficar observando aquele povo na chamada 'vitrine da dança'. comédia.
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só isso.
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sábado, 1 de dezembro de 2007

cucurrucucu paloma, tomáz mendez - uma das músicas mais tristes e bonitas da face da terra


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"nao é para CONTAR comigo mesmo" *



[estes dias, conversando sobre blogues e orkut com um amigo, o mesmo disse que estas ferramentas são apenas uma vitrine para expôr as coisas boas que acontecem conosco. uma espécie de projeção de vitórias, uma exaltação ao ego. este post mostra o contrário]



* frase recebida pelo msn

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sexta-feira, 30 de novembro de 2007

rumos itaú cultural literatura

a sétima edição do colóquio 'rumos itaú cultural literatura' termina hoje e discute a crítica da literatura contemporânea. platéia cheia de acadêmicos, mestres, doutores, um clima legal.


dos dois encontros que participei, ontem foi o mais acalorado. um dos palestrantes ficou irritadíssimo com todas (as 3) perguntas que lhe foram encaminhadas. disse que foram agressivas. de duas, uma: ou ele é chato mesmo ou está numa fase igual a minha em que acho o mundo mau, as pessoas más e que tudo está contra mim. tadinho, fiquei com dó.


mas também pudera. o primeiro cara da platéia que se pronunciou ficou - sem brincadeira - dez minutos tecendo comentários e citando teóricos e lá lá lá, e conseguiu não fazer a pergunta. um saco!

o segundo, um jovem doutor selecionado para o programa rumos, num tom de ironia e sarcasmo, desprezou uma leitura do preto góes que o palestrante tanto gostou - e eu também - e que tinha sido influência pro cara.

pra quê isso, minha gente? era só um encontro.... achei que foi um comentário gratuito e pretencioso, mas até que ele tinha lá um pouco de razão.


trocaram algumas ofensas do tipo: "isso aqui é falta de respeito". "falta de respeito a que? a hierarquia?"... é sério, só não saiu briga por causa do mediador.


***

findado o momento 'fofocas', digo que participar deste tipo de evento, como já falei uma vez aqui, tem suas vantagens de desvantagens. é bom porque a gente aprende, troca informações, conhece gente, discute. por outro lado, se você é como eu, pode sair se achando um zé-roela, como disse a amiga, por não conhecer o tema, os teóricos citados, os livros...

mas no final acaba sendo sempre um aprendizado e isso nunca é demais.
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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

antes de vitor hugo nascer

[eu hoje joguei tanta coisa fora... é assim aquela música dos paralamas do sucesso, né? se não for, tudo bem, mas resolvi fazer a limpa nos armários. o problema é que não consigo jogar muita coisa. principalmente papel. ainda bem, porque eu achei umas coisas interessantes, redações, anotações, acho isso um barato. o texto abaixo foi um exercício em que tinha de escrever sobre um assunto dramático. eu escrevi e o professor, o jornalista valmir santos, da folha de s. paulo fez umas anotações e conversamos muito sobre a construção da narrativa, do cenário, as personagens]


anotação do valmir


[agora lembrei que foi por isso que me interessei por caio fernando de abreu e li um conto dele chamado aqueles dois, mas essa é outra história]

[e sim, eu sou daqueles alunos que ficam depois da aula discutindo com professores, querendo saber mais e mais e mais de tudo]


[então fizemos uma grande análise do conto e o engraçado que percebemos é que o drama deste texto não está na violência em si, nem na tragédia da garota, mas sim na última frase, que revela algo que ainda está por vir]

[há também alguns erros e alguns 'vícios de estilo', segundo o valmir, como algumas repetições de pronomes, aparentemente desnecessárias, mas reproduzo exatamente da forma como foi escrito]

[14 de abril de 2005]


a vida de daniele nunca mais seria a mesma depois daquela noite. negou a carona que seu chefe lhe oferecera, por achar que ele estava querendo algo mais e foi de ônibus até a estação. durante o dia, algumas de suas falas dirigidas a ela pareciam sutis cantadas. com pressa, preferiu cortar caminho para sua casa. o dia foi tão estressante que ela só queria chegar em casa, tomar banho e dormir. já passava das onze horas e o movimento das ruas era mínimo. ao virar a esquina do beco que dava acesso a sua rua, deu de cara com emerson, seu ex-namorado. fazia três meses que não se viam e sempre que podia, daniele o evitava. não atendia suas ligações, nem retornava as dezenas de recados deixados em sua secretária eletrônica. depois de tantas traições, ela não queria mais saber de dar chances. ele parecia nervoso, porém não falava nada, apenas a acompanhava. ela começou a andar mais rápido, mas ele perseguia seus passos. ela parou e perguntou o que ele queria. sem dizer uma palavra, agarrou-a pelos cabelos e golpeou-a com um murro no rosto. ela caiu enquanto se debatia, mas emerson conseguiu dominá-la, e estuprou-a. aos gritos, ela tentava se livrar do corpo de emerson, mas parecia não adiantar nada. foi quando chegou o sr. álvaro, chefe de daniele, golpeando emerson com chutes e murros. apavorada, daniele começou a correr, enquanto álvaro sacou a arma e disparou mais de dez tiros contra o estuprador. depois desta noite trágica, o contato entre daniele e álvaro se tornou cada vez mais freqüente, sobretudo três meses depois, quando ela descobriu que estava grávida – de emerson. apesar dos traumas e tristezas, álvaro e daniele se casaram antes de vitor hugo nascer.
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terça-feira, 27 de novembro de 2007

cuidado com o que vocês publicam em seus blogues


essa parece apenas mais uma daquelas notícias de absurdos que só acontecem na europa, mas pode servir de aviso para aqueles que utilizam seus blogues de qualquer maneira, pensando que ninguém vai ler, e acabam fazendo bobagem.

locutora do metrô londrino faz piada e perde o emprego

[reuters]

uma locutora oficial do sistema de metrô de londres foi dispensada por ter usado a voz para dizer mensagens ridicularizando os passageiros. a locutora emma clarke, 36, gravou os anúncios no mesmo tom suave com que adverte milhões de passageiros com a mensagem "mind the gap" (cuidado com o vão) no sistema de metrô londrino e os publicou em sua página na internet. entre as mensagens estavam:


"gostaríamos de lembrar nossos amigos, os turistas norte-americanos, que vocês certamente estão falando alto demais."


"por favor, o passageiro de camiseta vermelha que está fingindo ler o jornal mas que na verdade está encarando os seios daquela mulher, por favor pare. você não está enganando ninguém, seu pervertido nojento."


"passageiros que estão fazendo sudoku por favor admitam que eles não passam de palavras cruzadas para gente sem imaginação, e que não impressionam mais só porque contêm números."

"aqui estamos novamente, apertados dentro de um vagão suado do 'tube'... se você for mulher, sorria para o cara perto de você para ele ganhar o dia. ele provavelmente não faz sexo há meses."

clarke disse que eram só umas piadas, mas a transport for london, que opera o metrô, não viu graça nenhuma e dispensou seus serviços, depois de oito anos.

eu, sinceramente, defendo a liberdade em todos os sentidos, sobretudo de expressão. mas pôxa, se você quiser usar um blogue pra fazer este tipo de gracinha - que no caso acima nem achei tão grave assim, mesmo porque a dita cuja já é famosinha em londres por narrar programas de rádio e comerciais e não tem bem um blogue, mas um site - tome mais cuidado, né?

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domingo, 25 de novembro de 2007

a casa de alice

a casa de alice, primeiro longa de chico teixeira, é um drama de época. da nossa época.

à primeira vista , as histórias que se entrelaçam na tal casa podem soar como polêmicas, escandalosas, mas não são. o que acontece lá pode acontecer com qualquer um de nós, queiramos admitir ou não.

incrível.

é a prova de que dá pra fazer cinema brasileiro 'porrada', sem desrespeitar o publico e sem abusar do poder de imagem, como em baixio das bestas, por exemplo.

a história é simples: uma casa, uma mãe, um pai, três filhos e uma avó. pronto. precisa de mais alguma coisa pra montar um enredo cheio de problemas?

ao longo do filme, cada personagem vai se revelando num jogo de verdades e mentiras, amor, hipocrisia, amor, falsidade, amor, paixão, amor, dinheiro, ganância, poder, sexo, segredos... e amor.

isso sem falar da fotografia, dos enquadramentos, das seqüências de câmera...

ok, algumas coisas parecem óbvias, mas nem tudo é perfeito e quase tudo é óbvio.

observações extras:

-as personagens são reais demais pra ser filme.
-elas não lavam as mãos antes das refeições.
-aliás, as mãos também são personagens da trama.
-o coração, também. [coadjuvante, claro]
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sessenta

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sessenta.

sessenta é o número de dias que separam o hoje daquele que tem tudo para ser o início da realização de uma grande conquista. será?


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sexta-feira, 23 de novembro de 2007

comentários no blogue .condussão



pessoas, finalmente consegui reabilitar os comentários deste blogue. vocês não tem noção da minha alegria. não por poder receber comentários, mas isso prova que não sou tão asno assim, no que diz respeito a aspectos tecnológicos. eu sei até o que são tags, sei mesmo... juro.


agora ninguém mais reclama que não tem comentários... uhuuu....


bom, dado o recado, agora retomo a seriedade deste blogue.

e as milhares de pessoas que queriam comentar, por favor, sintam-se à vontade (mentira, foram umas 10 pessoas que pediram...)
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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

súplica, noémia de sousa



eu ia pedir pro marcelino, mas já que ele postou no blogue dele, aproveito pra copiar aqui também essa poesia da moçambicana noémia de sousa, lida pelo ator e escritor rogério manjate na balada literária.

súplica

Tirem-nos tudo, / mas deixem-nos a música! Tirem-nos a terra em que nascemos, / onde crescemos / e onde descobrimos pela primeira vez / que o mundo é assim: / um tabuleiro de xadrez...

Tirem-nos a luz do sol que nos aquece, / a lua lírica do xingombela / nas noites mulatas / da selva moçambicana / (essa lua que nos semeou no coração / a poesia que encontramos na vida) / tirem-nos a palhota - humilde cubata / onde vivemos e amamos, / tirem-nos a machamba que nos dá o pão, / tirem-nos o calor de lume / (que nos é quase tudo) / - mas não nos tirem a música!

Podem desterrar-nos, / levar-nos / para longas terras, / vender-nos como mercadoria / acorrentar-nos / à terra, do sol à lua e da lua ao sol, / mas seremos sempre livres / se nos deixarem a música!

Que onde estiver nossa canção / mesmo escravos, senhores seremos; / e mesmo mortos, viveremos. / E no nosso lamento escravo / estará a terra onde nascemos, / a luz do nosso sol, / a lua dos xingombelas, / o calor do lume, / a palhota onde vivemos, / a machamba que nos dá o pão! E tudo será novamente nosso, / ainda que cadeias nos pés / e azorrague no dorso... / E o nosso queixume / será uma libertação / derramada em nosso canto! / - Por isso pedimos, / de joelhos pedimos: / tirem-nos tudo... / mas não nos tirem a vida, / não nos levem a música!
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domingo, 18 de novembro de 2007

balada literária 2007

foram quatro dias de balada. balada literária.

resumindo estes dias:

.roberto piva doido na abertura.
.fui presenteado com dois livros do glauco mattoso, por ele mesmo.
.dois perdidos numa noite suja em montagem moçambicana, sensacional.
.lançamento de xico sá na mercearia (e acabei esquecendo de pedir o autógrafo, mas ok, não ligo pra isso).
.vi a tal clarah averbuck e não achei tão chata assim como me disseram. aliás, não acho o livro dela...
.marcelino e maria alzira ligados no 220.
.show inesquecível de fabiana cozza, aloísio menezes e marcelino na biblioteca alceu amoroso (preciso falar mais disso depois).
.fim de noite divertidíssimo no ó do borogodó com amigos (antes, uma paradinha no restaurante mexicano... ai ai ai...)
.e vários encontros e desencontros que valeram muito a pena.

que venha a próxima.


em breve, fotos e mais informações de como foi este evento.
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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

eu, careca



não.


a febém não me pegou.


não virei budista.


não peguei piolho.


não fiz quimioterapia.


não fiz promessa.


não sou funcionário novo.


essa hora da manhã (sete e pouco) devo ter visto apenas umas quinze pessoas e todas falaram pelo menos uma das opções acima.


na verdade eu não ligo muito pra isso não. mas acho divertido esse negócio da reação das pessoas quando a gente muda algo na aparência.


foi assim com o piercing, com a tatuagem, com o cabelo azul, loiro... com essa roupa ou com aquela. e olha que já passei daquela fase de ser 'alternativo'.


aliás, a moda agora é ser hype. quer dizer, ser hype é estar na moda, entendeu?

eu gosto dos hypes. e tem hype pra tudo, de estilo de música até literatura.


bom, deixa pra lá.


vou quebrar um pouco o protocolo deste blogue tão sem critérios, que mistura causos pessoais, literatura, cinema, manifestos, dicas culturais, música, teatro, festas, poesia, etc, etc.... e posto algumas fotos com novo layout.





começou a balada




começou a balada literária.

ontem, em pleno feriado, chuva, frio....

e um público interessado em literatura lotava o auditório da livraria da vila em são paulo.

roberto piva, doido como ele só, é o homenageado do ano.

glauco mattoso, o homenageado do ano passado, também estava lá e 'passou a faixa' para piva com um soneto.

ganhei dois livros do glauco.

revi amigos.


e o marcelino todo feliz na organização do evento.

conheci uma dona, amiga do piva, que não saía do meu lado e ainda dividimos meu único pedaço de chocolate (apesar dela ter derramado água na minha blusa e, sem pedir desculpa, disse: "ah, já está derramada, não temos nada a fazer..." e eu ter concordado com ela)

e hoje tem mais. amanhã tem mais. domingo tem mais.

e eu vou.
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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

mutum, de sandra kogut


bonito este filme, mutum (assistido em 13.11.07) o primeiro longa de ficção de sandra kogut (documentários: um passageiro húngaro e passagers d´orsay; curta: lá e cá; tv: brasil legal e parabólic people).

o filme é uma 'adaptação' de campo geral, de guimarães rosa que está no livro 'manuelzão e miguilim'.

bacana também foi o bate-papo com a diretora no final na exibição, que contou detalhes das gravações, da escolha dos meninos (foram mais de mil na seleção), as locações (sertão de minas gerais), o processo de adaptação e tal.

vale a pena.

estréia amanhã, dia 15.11.

para ver fotos da sessão, vá lá no blogue do eduardo









eu, euzinho, quando tinha uns 7 anos...

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terça-feira, 13 de novembro de 2007

os dias e as baratas


risco os dias do calendário como se fossem baratas sendo pisoteadas até o esmagamento total. eu poderia apenas fazer um xis discreto para mostrar que tal dia, o anterior, já passou. mas não. eu risco, risco, risco até fazer furo na folha, que é para ter certeza que nunca mais ele, o dia, volta. assim como a barata. eu poderia apenas pisar naquele inseto e simplesmente ouvir o crack de seu pseudoesqueleto se quebrar. mas não. a estraçalho sem dar tempo para que cheguem as formigas e aproveitem sua asa, sua casca, seu líquido branco-esverdeado e suas antenas.

as formigas e as lagartixas são os únicos seres vivos que tiram proveito das baratas.

algum ser vivo tira proveito dos dias?

.lucas guedes, outubro de dois mil e sete
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

jogo de cena, de eduardo coutinho



jogo de cena, novo filme documentário do eduardo coutinho, assistido em 11.11.07.


demais, demais, demais...


muita coisa pra falar, mas, sem tempo, só digo que:

.é um filme pelo qual eu não dava nada (ainda bem que não me guio por sinopses).
.este eduardo é mesmo um louco, uma mente brilhante, um sedutor.
.a prova de que uma boa idéia vale mais que qualquer técnica ou estética cinematográfica (agora, junte isso tudo.... jogo de cena.....)
.atores são mais que prostitutos (no bom sentido, se houver)
.há várias formas de contar histórias, sejam elas verdadeiras ou não.
.há várias formas de mentir, sendo verdadeiro ou não.

[vou escrever um texto decente sobre o filme, assim que conseguir]






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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

fotos da ocupação da reitoria na puc-sp [8.11.07]

abaixo, algumas fotos que tirei ontem na puc-sp durante manifestação. a reitoria está ocupada desde terça-feira, dia 5 de novembro.









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mais sobre a ocupação da reitoria da puc-sp


participei ontem, com pelo menos 600 alunos, da assembléia geral na puc, para discutir as mudanças que o redesenho institucional propõe. não estou muito por dentro do assunto, pois tenho ido pouco à universidade, mas sei que este tal redesenho vem sendo formulado há mais de um ano.

também foi discutida a falta de diálogo entre a comunidade puquiana e a reitoria e a falta de transparência nos processos de mudança.

antes, teve uma pequena manifestação pelos corredores da universidade. tudo muito calmo. nada de polícia, como alguns do grupo temiam - e talvez desejassem.

o pessoal da puc está bem light ultimamente. a reunião estava marcada em frente ao tuca, o teatro da puc, mas "para não atrapalhar o espetáculo" que estava acontecendo, os alunos preferiram transferir a assembléia para o pátio da cruz.


para saber mais, acesse o blogue da ocupação.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

meu nome não é johnny, de mauro lima





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meu nome não é johnny

quem quiser ver o filme antes da estréia (4.jan.8), pode participar das sessões especiais que estão acontecendo em algumas universidades e escolas de cinema. hoje, por exemplo, tem na anhembi morumbi, às 19h30. amanhã tem na academia internacional de cinema, às 16h30 e na usp, às 19h. na faap é dia 9/11 às 10h. estes encontros são legais porque, após as exibições, tem bate-papo com o diretor e atores.

vi o filme em 27/10 e gostei muito.

é a história do traficante joão estrella (selton mello), um boyzinho do rio de janeiro que teve seu auge no fim dos anos 80 e começo dos 90. apesar de parecer um ´filme de personagem´, vai um pouco mais além, pois mostra como era o tráfico de cocaína naquela época e também da cultura e da sociedade de classe alta do período.

nada daquele sensacionalismo dos filmes nacionais novos. nada de favela, morro, metralhadoras. um filme simples, bem roteirizado, com ótimos cenários, inclusive no exterior.

há algumas cenas emocionantes, mas o que mais me chamou atenção foi a ironia - característica do selton, nos diálogos. e não sei se isso é bom. não conheço o estrella, mas a atuação do protagonista lembra em alguns momentos seu mais recente filme, o cheiro do ralo e até mesmo filmes cômicos como o auto da compadecida e o coronel e o lobisomem.

mas isso não chega a ser um defeito. talvez seja até um ponto positivo do filme, pois há uma linearidade na atuação dos personagens, mesmo nos momentos de mais aventura. assim como a participação da cléo pires. ela não exagera em nada e faz com primor o papel de mulher do traficante.

além disso, para aqueles que acham que cinema tem que gerar alguma discussão que não seja apenas estética, de linguagem ou de técnica, há momentos de reflexão tanto sobre a dependência de drogas [porque o tal estrella não traficava por dinheiro e sim por prazer] quanto do sistema carcerário brasileiro [como nas cenas em que a juíza (cássia kiss) fica em dúvida sobre qual sentença aplicar].

vale lembrar que esta história é verídica. antes foi escrito um livro com o mesmo nome, por guilherme fiúza.

joão estrela foi preso [as cenas da prisão e do julgamento também são ótimas] e hoje é compositor e produtor musical. já tem participado de alguns encontros e programas de tv e tem tudo pra retomar sua notoriedade nos próximos dias... mas desta vez por causa do filme...
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terça-feira, 6 de novembro de 2007

puc-sp ocupada

foi nessa madrugada...

de novo...

veja o
blogue da ocupação.
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amy winehouse







sim, a moça aí em cima é encrenqueira. mas e daí?


eu só torço pra ela se tocar que drogas e álcool em excesso só vão destruir a vida dela...


não tem nada demais em amy winehouse.


e talvez por isso seja tão bacana.


e ela tem a voz estranha e canta mexendo o pescoço.


bom, por hora, só posso dizer que ouço amy winehouse direto...

[juro que quando eu aprender colocar vídeo neste blogue eu coloco um dela]
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este blogue, o fim do ano, confissões e outros porquês


fim de ano chegando.

não gosto desta época, mas isso não importa. não vou ficar aqui me remoendo, nem reclamando porque ninguém vai dar bola e nada vai mudar.

mas é inevitável a reflexão de tudo aquilo que fizemos no decorrer do ano que acaba, das vitórias, derrotas, tristezas, lições aprendidas, pessoas bacanas que conhecemos e outras que seria melhor nem ter conhecido e tal.

e é a época que também fazemos planos. mesmo os mais desencanados fazem planos, querem mudanças, coisas melhores.

eu fiz o balanço do ano agora, em 10 minutos. foi rápido porque o ano passou muito rápido. qualquer dia desses tento publicar aqui ou não, sei lá, mas tem umas coisas que aprendo todo ano porque erro, mas continuo errando sempre.

por exemplo, a oportunidade de ficar quieto.

e também fiquei pensando: por que este blogue existe? por que o que escrevo pode ser importante para alguém? por que precisa ser importante para alguém? por que preciso me preocupar com o que escrevo? por que preciso escrever?

e percebi que preciso escrever por que sim. e por que sim é resposta SIM.

e vou continuar escrevendo mesmo que ninguém leia ou mesmo que reclamem ou mesmo que me peçam só pra escrever coisas pessoais ou, ao contrário, só coisas que não traduzem o que sinto, apenas dicas de filmes e dicas de livros ou de teatro.

na verdade nem sei porque digo isso, talvez por ter vindo de um fim de semana maravilhoso em que pude me ouvir.

ou talvez por voltar de lá e perceber que nessa vida louca que vivemos, o que queremos mesmo é nos promover e que os outros nos elogiem e que gostem do que a gente faça e que falem bem da gente.

é o tal do vício de nós mesmos.

eu não gosto de escrever posts longos, mas se ainda tem alguém aí, desconsidere tudo que eu disse. ou não. considere e repense o motivo que faz você viver.

porque o mundo é muito maior que seu quarto.

e porque você precisa das outras pessoas.

até de mim, você pode precisar um dia.

e eu preciso de você. (de alguns mais, de outros menos...)

e algumas pessoas, simplesmente não podem desaparecer da minha vida. nunca.

porque por mais que eu tente eu não vou conseguir sozinho.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2007

antony and the johnsons



e então houve o show do antony hegarty em são paulo, que não fui. o antony, conheci em 2006, por causa de um amigo que gostava de vozes tristes. foi ele também quem me apresentou o tom waits, nunca esqueço. o antony tem essa aparência meio assim, estranha. mas não é. suas letras são tão lindas e poéticas e talvez por isso pareçam tristes, também pelos arranjos, quase todos no piano. mas basta prestar atenção em algumas letras pra ver que o antony canta a alegria, a vida, que merece ser comemorada sempre, nem que seja com uma dose de melancolia. é por isso que amo o antony.