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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

EU, MESTRANDO!

dificilmente eu falo aqui no blog sobre os cursos que faço. talvez devia ter falado mais sobre a especialização em mídia, informação e cultura lá na usp (concluída em 2009) ou sobre as aulas de jornalismo cultural na cásper (que terminam, infelizmente, em duas semanas). nem lembro se falei da pós em história na puc-sp (incompleta) ou de teatro no macunaíma, muito menos da história do documentário também na usp. provavelmente eu também não contei do curso de crítica de cinema no espaço unibanco ou do de economia no sindicato dos jornalistas. então, já que não falei de nada, nem vou falar sobre o curso de projetos culturais na ação educativa, de roteiro para cinema e de contos da casa das rosas.

isso sem contar os seminários, congressos, oficinas, fóruns, palestras...

mas já que comecei a falar, aproveito pra compartilhar uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido nos últimos tempos:

FUI APROVADO NO MESTRADO DA UNICAMP!

não sei se era um sonho ou então uma meta, mas confesso que já estava perdendo as esperanças. já tinha tentado uma vez lá e o projeto nem sequer passou da primeira fase. antes tinha tentado duas vezes em outra faculdade mas, as usual, eu morria sempre na segunda fase.

desta vez foi diferente. reformulei o projeto, estudei, li, troquei ideias. pedi opinião, entrevistei, concordei, discordei. escrevi, reescrevi, reeeeescrevi. participei de eventos mil e fui desde espectador a debatedor em eventos importantíssimos aqui no brasil. ou seja, não foi fácil.

e então resolvi tentar mais uma vez. e quem já tentou mestrado sabe do trampo que é. projeto pronto, documentação ok, leitura da bibliografia (quase) em dia. correio. a espera no site pra saber se a inscrição foi homologada. foi. milhares de trinta dias até a aprovação na primeira fase. aí vem a esperança e o medo.

dias depois, a divulgação das datas da prova de inglês e da entrevista.

#MEDO

ônibus rumo à campinas.

mochila cheia de livros e a cabeça cheia de questionamentos. será que desta vez vai?

carona gentilíssima até o campus da unicamp e aquele bendito texto de quatro páginas em inglês para interpretar e aquelas cinco perguntas medonhas. quatro horas de prova e a sensação de quase missão cumprida. cochilo nos pufes da biblioteca e decoro tudo que quero falar na entrevista do dia seguinte.

entrevista marcada para às onze. onze, meu número.

_lucas guedes?
_eu.
_pode entrar.

neste momento, tudo que decorei foi pro espaço. a primeira pergunta do entrevistador já me quebrou as pernas pois se referia a um assunto contido no meio do projeto. mas, como o assunto já estava fincado no meu cérebro, tudo fluiu muito bem. mesmo assim, ainda o medo de não passar. será que os outros candidatos eram melhores? será que eu deveria ter falado aquilo ou não ter usado aquela expressão? enfim.

almoço em campinas e volto pra casa. feliz por ter chegado pela primeira vez até o fim de um processo e muito, muito apreensivo. nunca acessei tanto um site quanto o da universidade. a cada minuto eu atualizava a página. poucas pessoas sabiam que eu tinha ido fazer a prova, mas todos torciam por mim. um dia, dois, três. o fim de semana inteiro pensando no resultado. o desânimo batendo à porta novamente.

será que não deu? será que vou ter que esperar MAIS UM ANO?

e eis que veio a resposta!

A-P-R-O-V-A-D-O

impossível descrever a sensação. quando divulguei no twitter, centenas de parabéns e votos de sucesso. em casa, choro sozinho. ligações e mais ligações. só eu sei o quanto foi punk chegar nesse momento.

que venham agora as novas crises, as novas reclamações, os novos desafios, novos erros e acertos. que venham os novos cursos, novas amizades, novo cotidiano, nova grama pra pisar e cama pra dormir. que venham as cobranças, os parabéns, os abraços. que venham as viagens semanais de cometa, as contas de celular, as contas de livros, as contas.

que venha o MESTRADO!

:-D

ps.: meu projeto consiste em analisar as revistas literárias na internet e tem como objeto de estudo principal o portal CRONÓPIOS.

ps.: obrigado a todos que participaram deste processo, pois seria impossível fazer tudo sozinho.

ps.: um beijo pra você que me chamou de incompetente.
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domingo, 24 de outubro de 2010

Maria Bethânia...



aqui, uma cena do filme `quando o carnaval chegar`, de 1972. ainda aparecem antônio pitanga, chico buarque, nara leão e hugo carvana.

SENSACIONAL...

"quando eu amo, eu devoro todo meu coração
eu odeio, eu adoro, numa mesma oração, quando eu canto..."
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.....
aqui, interpreta `carcará`no espetáculo Opinião, de 1965.

"Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará"
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Video novo do Massive Attack - Atlas Air

Este aí é o video novo do Massive Attack, Atlas Air, dirigido por Edouard Salier ( francês que já fez videos pro Air, Orishas e pros nossos Tribalistas, entre outros). Pra quem ainda não sabe, o Massivão vai tocar aqui em SP no dia 16 de novembro. Vamos?

Massive Attack-Atlas Air-directed by Edouard Salier from edouard salier on Vimeo.

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EDITH é...

Criar, produzir, editar.

EDITH é um espaço para a realização de ideias.

Formado por catorze artistas e um interesse em comum: a palavra.

E, além da literatura: audiovisual, artes plásticas, música, performance. Ou tudo junto. Mídias. Suportes. Habilidades somadas. Energias, vontades, voltadas ao fazer. Para não esperar quem faça.

Um grupo autônomo. Elástico. Plástico, poético. Porta de entrada, porta de saída, para projetos pessoais e coletivos.

EDITH chama os filhos pelo nome.

EDITH assinará vários trabalhos. Deixará a sua marca em muitas empreitadas.

Para começar, EDITH vai lançar três livros de poesia e um de prosa (este, o primeiro volume da série QUE VIAGEM) e uma antologia com os participantes do grupo.

Conheça, ABAIXO, algumas das primeiras crias da EDITH:

[1] “A MATADORA DE ORQUÍDEAS”: estreia em livro da poeta paulistana ANALU ANDRIGUETI.

[2] “AS MENORES DISTÂNCIAS PODEM LEVAR UMA VIDA”: estreia em livro do poeta paulistano arrudA.

[3] “CONTRABANDOS”: estreia em livro (manifestos poéticos) do carioca RAPHAEL GANCZ.

[4] “MAMÃE, EU SÓ VIM AQUI FAZER UMA VISITA RÁPIDA”: reunião de textos, dos participantes da EDITH, a partir de uma prática com modelo vivo. Fotografias de FERNANDA GRIGOLIN.

[5] “GISELE WERNECK VAI PARA ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS”: o primeiro volume da série QUE VIAGEM (veja mais detalhes no link LITERATURA abaixo) em que EDITH mandou dez novos escritores fazerem uma viagem a lugares inusitados e trazerem, de lá, um relato da aventura.

AGORA, ATENÇÃO:
EDITH tem o coração grande, mas nem tanto. Trata-se de uma iniciativa autônoma, de artistas que se reuniram para ver seus trabalhos na praça. Já estamos com outras crias programadas até o final de 2011. NÃO ESTAMOS RECEBENDO ORIGINAIS. Por enquanto, EDITH cuidará apenas dos seus filhos legítimos. E não são poucos…

MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ESTE LINDO PROJETO... AQUI!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Então participei da FLAP!

  • Será que as redes sociais com limitações no número de caracteres, como o twitter, vão determinar uma nova estética na literatura?
  • Como é possível haver poesia ou narrativa em 140 caracteres?
    Com a proliferação dos blogs, tem-se criado certa “cultura de leigos”, em que a palavra de especialistas em literatura tem o mesmo valor que a de alguém que nunca leu um cânone, por exemplo. Vocês concordam com isso? Acham isso bom ou ruim para a literatura atual?
  • Muita gente diz que não usa e-books porque não gosta de ler na tela. Por que isso ocorre com tanta frequência? O que muda da relação leitor – impresso para a relação leitor – pixels?
  • A internet tornou obsoleta a lei de direitos autorais?
  • É possível proteger o conteúdo de um site de utilização indevida? É benéfico fazer isso?
Estas foram algumas das perguntas que ajudei a responder (ou a problematizar) na FLAP 2010, que ocorreu entre os dias 7 e 11 de outubro. Fui convidado pela organização do evento (e aceitei, obviamente) para debater virtualmente "Literatura e Novas Mídias" com um pessoal incrível. Durante os dias do evento, os participantes puderam conversar sobre este e outros temas como Literatura em tempos de imagem, barreiras entre leitor e público, os livros importantes que não lemos, crítica, etc. Entre os convidados, Xico Sá, Márcia Tiburi, Rodrigo Capella, Andrea Catropa, Ana Rusche e dezenas de pessoas interessadas em apontar, ou pelo menos tentar saber quais são, os rumos da nova literatura, se é que existe uma nova literatura...

Pra saber mais sobre o que rolou entre lá no Blog da FLAP.

Aqui você pode ler a matéria que saiu na Folha de S. Paulo e uma entrevista com a querida Maiara Gouveia, curadora do evento!

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sábado, 16 de outubro de 2010

Já conhece o Marcelo Jeneci?






Este aí é o Marcelo Jeneci que, neste momento, deve ter acabado de tocar na abertura do festival Natura Nós, em SP. Aguarde porque logo mais sai minha matéria sobre seu disco que está para ser lançado, mas enquanto isso, vejam estas fotos que eu tirei e uma das músicas que ele cantou em sua apresentação no Teatro da Vila, a convite do VilaMundo, mês passado. No video, ele aparece com Laura Lavieri e Estevan Sinkovitz.
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

INHOTIM

Inhotim não é um passeio, é uma experiência. E como ainda não deu tempo de escrever um texto à altura desta experiência fantástica, deixo apenas algumas das fotos de obras (das que podiam ser fotografadas) e aqui o site para mais informações. visita obrigatória para quem vai pra BH (Minas Gerais). faltam as legendas e outras tantas fotos maravilhosas, mas por aqui já dá uma ideia do que foi esta viagem :-)


















(quase todas as) imagens by rafael munduruca.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

fragmentos de um discurso amoroso


[rabiscos que encontrei escritos à caneta dentro do livro FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO, de ROLAND BARTHES, que comprei num sebo há meses, mas que só agora resolvi ler. estes trechos, ao que tudo indica, foram escritos no centro cultural de são paulo, em março de 1985. um achado dentro deste livro maravilhoso]

V.

tiveste um privilégio único: nunca e para ninguém fui tão totalmente repetitivo naquelas mesmas palavras: te quero e te amo. nunca a ninguém me coube escrever tanto e sem qualquer resposta; nunca me declarei e me entreguei tanto e me entreguei tanto a alguém.

(...)

nunca talvez ouças mais e tanto de amor como ouvistes de mim.

(...)

jamais acreditastes no amôr ou nem que aquilo estava acontecendo contigo. foi pena para nós dois e pior para mim que obriguei-me a seguir caminhando sozinho até as lembranças irem se dissipando. no fundo sempre guardo uma esperança. me parece, às vezes, que irás aparecer ou acontecer tudo de novo com outra nova (velha) pessôa ou figura.