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domingo, 30 de agosto de 2009

hino nacional - versão vanusa

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[daí que um amigo meu manda esta notícia que saiu no G1, diz que conhece pessoalmente a cantora e que ela está muito triste com a repercussão do video. então apago meu deboche, mas deixo aí as imagens. quem sou eu pra julgar, mas que este país está cada vez mais uma piada pronta... ah, está....]
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

eu menti pra você



eu sou uma pessoa má
eu menti pra você
você não podia esperar
ouvir uma mentira de mim.
que pena eu não sou o que você quer de mim.

se você tiver que escolher
entre você e o seu amor
você escolhe quem?
você escolhe quem?

se você tiver que escolher
entre você e o seu amor
your love, your love, your love.

talvez o tempo possa me livrar da culpa
que eu não sei se vem de mim
ou da cruz de jesus

mas eu tenho ainda um grande amor pra te dar
quero saber se você aceita ele como for

my love is your love

(karina buhr)
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

paris, te amo

[e neste blog-quase-fotolog-quase-videolog, um texto antigo, escrito num caderno que achei fuçando numas coisas velhas. foi escrito dentro do trem eurostar, debaixo do canal da mancha entre frança e inglaterra, no dia 17 de fevereiro de 2008...]



ninguém iria me acompanhar naquele passeio. "muito chato seu roteiro, lucas", disseram aqueles amigos que eu acabara de conhecer uma noite antes, na estação de trem que nos levaria de londres à paris. "nós queremos andar de taxi, fazer compras, subir na torre eiffel, na igreja de notre dame, conhecer os cabarés parisienses". eu diria ok, me despediria e sairia cedo do hotel após um belo banho de banheira e andaria sem pressa por umas ruas equisitas e estreitas, muito parecidas com aquelas que tinha visto numa mostra de cinema nouvele vague.
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eu aproveitaria a greve do metrô para ir de um canto a outro da cidade sem pagar nada por isso, contemplaria uma garota jovem tocar violino numa praça próxima à champs elisée e pediria aos transeuntes que tirassem fotos minhas com estátuas. eu comeria crepe sentado no chão, observando as pessoas francesas pois não era um fim de semana, então seria fácil ver franceses de verdade pelas ruas, não apenas turistas encantados com la tour eiffel. eu passaria algumas horas no louvre e outras cemitério de montparnasse, onde moram gainsbourg, cortázar, sartre e simone, baudelaire. eu nunca li baudelaire.
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na saída do cemitério, eu seria cantado pelo jovem porteiro que pediria meu telefone e eu diria que não tinha. mais tarde, eu sairia para jantar sozinho e encontraria, por coincidência duas brasileiras num café em frente ao cabaré que meus amigos estavam. eu os veria sairem de lá, mas eles não me veriam, pois eu não queria muito papo com eles. eu passaria num mercado e compraria vinho e duas baguetes.
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eu andaria pelo centro parisiense às 3h da manhã e iria até o trocadero. perceberia que de lá é que são feitas as melhores fotos da torre eiffel e conheceria um ator colombiano que pediria para eu fotografá-lo. ficaríamos colegas e iríamos juntos até o bairro montmartre, frequentado por lautrec, monet, renoir e prostitutas de todos os preços. tiraríamos fotos em frente ao moulain rouge e, depois de visitar sex-shops de quatro andares, conheceríamos pessoas interessantes que dividiriam uma das baguetes sentadas nas escadas no metrô, antes de cada um seguir seu rumo.
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novamente sozinho, eu tiraria fotos de ruas e de teatros e de cinemas e de casas de espetáculos onde edit piaf cantava. eu tomaria um café no café em que edit piaf tomava café e compraria uma heineken no bar em que gainsbourg encontrava brigitte bardot e depois jane birkin. eu passaria pela estação gare du nord, onde buñuel gravou cenas desse obscuro objeto de desejo. eu presenciaria uma briga no metrô em belleville e tiraria fotos de um velho casal que sairia feliz não-sei-porque por de trás do prédio da comédie française. eu sentaria da escadaria da ópera francesa e me lembraria de um fantasma, aquele famoso.
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eu chegaria no hotel à pé, encontraria meus amigos acordados e entediados em seus quartos acessando o orkut. eu dividiria com eles meu pão e meu vinho e eles me contariam que o dia deles foi uma bosta, que não há nada demais lá em cima da torre eiffel além de vento, que no cabaré não havia mulheres nuas dançando kan-kan, que notre dame não tem graça, que o moulain rouge, pra eles, era apenas um musical da broadway e que eles nem sabiam da greve do metrô.
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champs-elysées
montparnasse (sartre e simone)
onde edit piaf tomava café
moulain rouge com desconhecidos
gainsbourg
baguete.

domingo, 23 de agosto de 2009

porque eu gosto de caetano - edição 1145

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roubei daqui
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"Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina"
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

achiropita, massas e maçãs...


e neste fim de semana fui à festa da nossa senhora da achiropita, tradicionalíssissississima em são paulo. além de contemplar crianças nos escorregadores infláveis e ouvir 527 vezes as mesmas músicas italianas, é possível encontrar muita coisa pra comer, entre elas, algumas massas e maçãs, como as das fotos.





preguiça (ou) como seria melhor se não houvesse refrão, mas há...

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preguiça imensa de comentar o caso recordXglobo, a prisão do dr. roger abdelmassih, a crise no senado, o depoimento da lina vieira, o trânsito de são paulo, a volta às aulas, a gripe suína, as eternas guerras no oriente médio, o déficit da bolsa de toquio, o jogo do corinthians com o botafogo, reality shows, o show da lily allen, o novo filme do coutinho, tudo, preguiça de tudo, tudo, tudo que tá nos jornais e que eu, como jornalista, preciso estar atento, mesmo trabalhando numa pequena redação de uma pequena empresa com três jornalistas focadíssimos em assuntos de saúde o dia todo, mas não me arrependo de ter estudado jornalismo e de trabalhar na comunicação interna de uma pequena empresa, apenas liguei o automático e sigo trabalhando de olhos fechados, às vezes pensando que poderia ter estudado qualquer outra coisa, educação física, engenharia ou moda, não importa, talvez eu estaria do mesmo jeito, batendo o cartão, fazendo uma hora de almoço, em frente ao computador com um porta-caneta do tate modern, um telefone, uma tonelada e meia de papéis, capuccino express no copo descartável e este fone de ouvido branco que só funciona de um lado e pelo qual agora ouço um pouquinho de britpop, rock e mpb, dançando mentalmente e com aquela estranha sensação de leveza e felicidade que aparece vezenquando, enquanto penso na pauta do próximo jornal interno, no aumento que pedi e não veio, nas minhas férias, no livro que acabei de ler, no artigo da pós-graduação que acabei de entregar, no projeto de literatura que quero seguir, no apartamento que quero alugar, naquele video do chet baker, na peça que não vi, no show que não vou, no sobrinho que vai nascer e naquele e-mail que recebi e ainda não respondi.
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o jornalismo é a segunda profissão mais antiga*

celso freitas em duas versões. na globo e na record...




roubei daqui.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

condu[ss]ão


não conheço a lógica das ruas, por isso sempre me perco. não me dou bem com placas, sentido obrigatório, obstáculos na pista. não pare, não siga, não nada. tudo é proibido.

não respeito semáforos depois das dez da noite, nem a faixa de pedestre, seja lá o horário que for. não vejo lombadas que brotam do nada embaixo do meu carro e tropeço nas calçadas, mesmo aquelas sem buracos.

não sei ler mapas, nem traçar rotas.
não me guio por bússola, nem gê-pê-ésse.

na contra-mão, dirigo em marcha ré.
engato a primeira e lembro da época em que as buzinas cantavam beep-beep.

abro o caminho e bloqueio os cruzamentos, mas dou passagem aos gentis e sorrio para os que me fecham. prefiro seguir a ser seguido e ando sempre com farol alto e pisca alerta ligado.

dou carona, mas não peço. se tem trânsito, eu agradeço.

triângulo, macaco, step, não tenho mais nada.
procuro o acostamento, sem combustível.
por favor, uma informação:
como faço pra chegar em lugar nenhum?

deixo andar em ponto morto e não ultrapasso pela direita.

e paro em mim,
porque eu sou meu próprio estacionamento.
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terça-feira, 11 de agosto de 2009

ENTER - ANTOLOGIA DIGITAL


e hoje é o lançamento de um dos projetos mais bacanas sobre práticas literárias na internet, o ENTER - ANTOLOGIA DIGITAL, sob curadoria da heloísa buarque de hollanda.

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

eu (também) rio


copacabana
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pra não dizer que não falei do rio, aproveito que recebi as fotos e escrevo algumas linhas sobre esta cidade que visitei mês passado. diferentemente das outras oportunidades em que estive lá, esta foi uma não-viagem, um ode ao rio do morro, sem leblon, sem barra, sem rocinha, sem cristo, mas rio. rio de comida boa, barata e bem servida nos botecos em que funcionários públicos reuniam-se para falar mal do sistema. rio de balada funk a R$2 e monobloco a R$60 no circo voador. rio de lapa, de beco do rato com pessoas queridas e aquele samba no pé, aquele que eu sei e gosto, dos bambas em volta da mesa de plástico.

rio de crenças, velas e prazer. rio de verão em pleno mês de julho, como uma concessão especial a uns paulistas branquelos na praia de copacabana. rio de cinema cult, sebo, garoa e pizza. rio-são-paulo num quarto de hotel com vista para prédios, não praias. rio do hotel com café da manhã tímido cujas frutas não iam para a mesa, mas para os bolsos prevendo matar aquela fome da tarde sem gastar nem mais um tostão. "paulistas pão-duro-trombadinhas-ladrões de geleia e maçã".

rio de livros na casa onde morou machado de assis e anchovas no bairro das laranjeiras que valeram a não-visita ao corcovado. rio de avião, táxi, ônibus e metrô. rio da música de caetano e michael jackson. e pra não alongar mais este post, só digo que foi uma viagem perfeita, que de tão perfeita teve até briga, xingamento no meio da rua e alguma lágrima. mas não tem nada não porque isso é o que acontece àqueles que se entregam demais.

e se às vezes eu choro, eu (também) rio.

e o rio ri pra mim.
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de vermelho na praia vermelha
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cosme velho
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cool e popular... é a lapa...
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dentro de mais um minuto, estaremos no galeão...
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

feelings


[alguém says]
lucas, você quer morrer do coração?
[.lucas guedes says] lógico que não, por que?
[alguém says] dá uma olhada neste video, tou besta, não consigo parar de chorar.
[.lucas guedes says] tá, vou ver.
[alguém says] ok, veja e me diga. são 10 minutos de emoção visceral...
[.lucas guedes says] tá...
[alguém says] lucas!
[alguém says] LUCAAS!
[alguém says] LUUCAAAAAAAAAAS!
[.lucas guedes is offline]
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1234567890


post originalmente escrito numa hora mágica de um dia mágico,

às 12:34:56 do dia 7/8/9

só para constar que o mundo não acabou.

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e vale lembrar que a soma de todos os números é 9.
9 vezes 9 = 81, o ano em que nasci.
8 - 1 = 7, o número da perfeição.
hoje é dia 7.
7 vezes 7 = 49
4 + 9 = 13, ou seja.

se eu acreditasse em numerologia, hoje seria o dia certo pra tomar aquela decisão.

oremos.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

chora, me liga!


a versão buddypoke de um cláaaaaaaassico do sertanejo universitário, seja lá o que este termo signifique...

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terça-feira, 4 de agosto de 2009

L A B I R I N T O

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tempos de paz


dan stulbach ontem, na pré-estreia de tempos de paz, espaço unibanco

um dia eu vou aprender a priorizar o que deve ser priorizado [como por exemplo o artigo final para o curso de pós-graduação lá na usp...], mas eu simplesmente NÃO consigo negar uns convites bacanas como este de ontem, para a pré-estreia do filme tempos de paz, lá no espaço unibanco. o filme é baseado na peça novas diretrizes em tempos de paz, de bosco brasil, que também roteirizou o longa. não vi a peça, mas qualquer um, ao ver este tempos de paz, vai perceber que tanto o texto, como a atuação é excessivamente teatral. diálogos, cenário, expressões, gestos, até o som da voz é alto, como numa peça. e dizer isto não pode soar como um defeito pois, se há um excesso aqui e ali, cenas desnecessários e sem desfecho (como a que aparece o daniel filho) e alguns personagens irrisórios, o que dizer da ótima atuação de dan sutulbach? alguém me explica o que é este cara? e como uma trama pós-guerra (que odeio) fica tão simples e bonita no texto do bosco brasil? ok, o filme é dirigido por daniel filho e aqueles atores do zorra total meio que descredibilizam o clima tenso da história, clima este muitas vezes derrubado também pelo personagem de dan, um ator de teatro que vem da polônia ao brasil (também) por causa da beleza do idioma português. ao chegar, recita drummond de andrade ao oficial de imigração, o que gera suspeita de que ele é um nazista querendo se infiltrar no País (ainda não entendi a relação, mas...)

[update] tony ramos é daqueles atores que fazem qualquer personagem. nas novelas ele foi o italiano, o rico, o bobo, o pobre, o indiano, tudo. e faz muito bem. no filme, entretanto e sinceramente, não acho que convence interpretando um oficial de imigração (ex-torturador) frustrado e traumatizado por problemas na infância. talvez tenha funcionado bem nos palcos, mas na tela há um quê de sentimentalismo falso. prefiro tony ramos vendedor de frutas na novela.

no fim, há que se concordar que é um filme bonito.

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domingo, 2 de agosto de 2009

porque existir é fácil, difícil é viver


ok, venço a preguiça e o cansaço e boto no blog algumas das imagens que representam este último fim de semana (muito bem aproveitado) aqui em são paulo. saí de casa ontem de manhã e volto agora, numa virada cultural fora de época. falta aí aquela pizza, a ong de gente bonita e rica, o ônibus, o restaurante de comida de plástico, a bolha no pé. o livro antigo de presente, a foto (finalmente!) no masp, a não-compra da pasta preta de alça transversal prada e da máquina fotográfica nova no mercado chinês. falta a billie jean e o nescafé, o coquetel, o desencontro no metrô na volta pra casa. mas o melhor e o pior não constam no post, apenas na minha memória e daqueles que toleram minha companhia, que juro, não é tão agradável/fácil como pode, talvez, parecer. ou não.