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terça-feira, 5 de agosto de 2008

praticando mi portuñol en la flap! 2008


domingo estuvo en flap! num bate-papo sobre la dramaturgia en la casa de las rosas. além de praticar mi portuñol (idioma oficial del evento) pudo participar de una bela discussión sobre la utilidad del arte contemporanea. en la mesa, estavam gustavo assano (mediador), reinaldo monteiro (dramaturgo cubano), rodolfo garcia vásquez (satyros) y tiago (poeta de rua, diretor). fueste bien porque tinha personas nuevas com personas experientes y el clima, apesar de la chuvia e del frio, estava muy caliente.
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enquanto yo caminava por la fiesta, encuentro mi amigo y poeta ivan antunes, mas conocido como tatu pelota ou ivanito, dando entrevista para los periodistas del rede gluebo del televisión. yo no sé para que programa, pero eres imperdível mirar el niño hablando portuñol.
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mira las fotos que yo saquei:

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tatu pelota en entrevista para la rede gluebo.

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ana rüsche maravijosa sacando fotos de unos chicos latinos.
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update 07/08/08 - la foto original

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panoramica de los convidados del bate-papo sobre dramaturgia

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la chuvia por la ventana de mi coche

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besos e abrazos a todos ustedes e no percam el evento porque estará hasta semana que viém.
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quinta-feira, 31 de julho de 2008

você conhece o muse?

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então, ontem teve show do muse no rio de janeiro e hoje é aqui em san pablo. conheci a banda há pouco tempo, mas gostei a lot. as letras são bem escritas, a voz é estranha, a qualidade técnica é impecável, são ingleses e a performance ao vivo é incomum. não, nunca os vi e nem vou ver hoje, mas é só fazer uma busca na internet pra comprovar. vale a pena.
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sem nada de tempo pra falar mais, procurem pelo perfil deles no myspace e na last.fm pra saber mais sobre o grupo.
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"this is the end / this is the end / of the world / it´s time we saw a miracle / come on, it´s time for something Biblical / to pull us through"
[apocalypse, please]
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"lose control / increasing pace / warped and bewitched / time to erase / whatever they say / these people are torn / wild and bereft / assassin is born"
[assassin]
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fã do muse, segundo o site g1

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segunda-feira, 28 de julho de 2008

duas garotas divididas em dois

gabrielle é a garota da previsão do tempo. loira, simpática, inteligente e carismática, faz com que os 60 segundos que aparece diariamente na TV se tornem suficientes para que tenha vários admiradores. renata é secretária e não tem lá muitos admiradores, apesar de ser loira e... simpática. em comum, além de não gostarem de literatura, cada uma tem dois namorados e sentem-se divididas entre eles.

gabrielle namora charles sant-denis, um escritor tiozão casado, e paul gaudens, um jovem burguezinho. renata namora andré, um surfista malhadão comprometido, e márcio, bem mais velho, responsável e que odeia baladas. o problema é que gabrielle é apenas uma personagem do filme francês 'uma garota dividida em dois', de claude chabrol e renata, não.

no filme gabrielle pode tudo. ela ama o tiozão casado, realiza suas fantasias, atende aos seus pedidos mais estranhos, como transar na frente dos amigos dele, entre outras coisas. mas é amada pelo boyzinho que, mais tarde, casa com ela. na vida real, renata não ama márcio, mas fica com ele porque 'ele dá segurança'. segurança, pra ela, é ter apartamento, emprego, carro e... amor. mesmo assim, ela é apaixonada pelo surfista que não quer saber de nada e, por isso, fica dividida.

voltando à ficção, este filme do chabrol faz uma crítica à sociedade francesa em vários aspectos, não só no que diz respeito ao comportamento, mas também à política, economia, artes e educação. com humor sarcástico e ótimos atores, as tramas são bem amarradas, apesar de 'esquentar' só depois da metade.

há um quê de comédia e drama, mas nada de romance. tá, até que tem, mas é bem pouco.

o final não é assim tão original, mas também não muito óbvio. bom, pra encurtar a história e ao mesmo tempo sem estragar a surpresa, já vou dizendo que na ficção as coisas não acabam bem. o final da gabrielle já foi escrito, mas com a renata, na vida real, a situação ainda pode mudar. agora, pergunta pra ela se ela quer...


obs.: renata é minha amiga e, obviamente, este não é seu nome verdadeiro...




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segunda-feira, 21 de julho de 2008

ganhe ingressos para o filme 'era uma vez...'


nesta sexta-feira, 25 de julho, estréia o filme 'era uma vez...' de breno silveira. pra quem não se lembra ele é o diretor de 'dois filhos de francisco'.

infelizmente, não pude comparecer à exibição especial para blogueiros, então não posso falar muito, mas deixo aqui alguns links com opiniões diversas e mais uma promoção em parceria com o pessoal da brazucah produções. desta vez, farei sorteio pro pessoal de sp, então todos os que comentarem as expectativas perante o filme, vão concorrer. aos meus amigos mais cults, só digo pra deixarem o preconceito de lado. 'dois filhos de francisco' é um grande filme, mas conheço muitos que ainda não viram, só porque é a vida de uma dupla de sertanojos, ops, sertanejos.

então é isso. agora são 21h25, então você tem até quarta-feira, dia 23 de julho, às 21h25, pra participar. FAVOR DEIXAR NOME COMPLETO E E-MAIL.

o que falaram por aí:

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UPDATE: resultado do sorteio.

eduardo alves
camila marin
camila targino queiroz
denise abramo
milena cunha alves fonseca

cada um tem direito a um ingresso, que será enviado por correio. mandem seus endereços para o email lucaspguedes@hotmail.com

até a próxima.
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quinta-feira, 17 de julho de 2008

vida de casados não é fácil

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aos que perguntaram, respondo. sim, foi o casamento mais bacana que vi. simples, diferente, descontraído, alternativo, organizado, pontual, criativo, bonito, emocionante. e não é porque sou irmão da noiva que digo isso. praticamente todos que estavam lá disseram que nunca tinham visto algo parecido. mas este post não é pra falar da cerimônia. já foi. agora é que começa mesmo o casamento.
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sim, é verdade que entrei tirando foto e tirei algumas enquanto estava no altar e sim, este é o vestido da noiva
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sim, as crianças trouxeram as alianças ao som de 'get along gang'. sim, elas entraram fazendo bolinhas de sabão e não, não há um tapete vermelho.
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sim, o noivo casou de jeans e tênis. sim, ela casou de sandália melissa e sim, eles estavam com cara de bobos, que não coloco aqui pra não envergonhá-los


agora, um breve diálogo com a recém-casada que, enquanto não consegue emprego, se diverte com as tarefas domésticas...
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.lucas diz:
pq tá ocupada, ta fazendo o que?
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tata do david - Agora até sempre! diz:
agora mandando um email pra Viviane
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tata do david - Agora até sempre! diz:
mas em geral fico fazendo as coisas aqui...
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tata do david - Agora até sempre! diz:
arrrumando a casa, lavando louça, daqui a pouco vou passar roupa
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.lucas diz:
ahahahahaha
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.lucas diz:
inacreditável
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.lucas diz:
tem foto?
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tata do david - Agora até sempre! diz:
vai à merda.
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sábado, 12 de julho de 2008

só porque estava mesmo com muita vontade de escrever, mas sei que ninguém vai ler até o fim porque é um post grande e posts grandes são chatos...


desde que comecei a usar o twitter, passei a escrever menos no blogue e a ler mais blogs. conheci novos blogueiros, principalmente jornalistas e tive que dizer a um deles que não gosto de blogs jornalísticos. expliquei: não entendo porque há tanta babação de ovo pra jornalista blogueiro. é só mais uma versão dos fatos. e outra: eles (os blogs) são muito repetitivos. sai uma notícia bomba e pum, todos falando a mesma coisa, cada um do seu jeito. ok, viva a liberdade de expressão (muitas vezes podada nas grandes redações) mas poxa, vamos ser mais criativos, né. o que percebo é que muitos blogueiros estão preocupados excessivamente com esse tal de adsense, em capitalizar o blog, em receber centavos em troca de click em banners publicitários. não colega, não sou contra nada disso, apesar de achar chatos os blogs que têm muito anúncio e sei que tem gente que vive disso. não há nenhum problema ético, só acho feio. hmm, acho melhor explicar melhor porque é que não gosto de blogs jornalísticos, é que alguns são muito chatos, porque só reproduzem o que é publicado na mídia convencional, entende? mas aí vem outro problema: os blogs estão sendo levados cada vez mais a sério. e o que percebo é o mesmo que acontece com a música, com o cinema. quando um blog bacana começa a deixar de ser alternativo e vira 'oficial' vai perdendo a graça. fica mais preocupado com um conteúdo democrático, em agradar a maioria (ou então em criar polêmica) e perde aquela coisa de blog mesmo sabe? bom. chega. já são 3h15 da madruga e só escrevi porque estava com muita vontade de blogar. e tenho tanta coisa pra escrever e estou com tanto pique que ficaria a madrugada toda, mas do mesmo jeito que acho chatos posts enormes, também acho que os outros acham chatos estes posts aqui. pior que não estou com o mesmo ânimo pra escrever aquele ensaio de três páginas sobre humanização, cultura e utopia que, por sinal, preciso entregar terça-feira e até agora só tem um rascunho bem mais ou menos. queria comentar a polêmica do bluebus (que até esses dias era queridinho dos blogueiros, agora o povo tá caindo em cima só porque ele deu sua opinião sobre aquele lance da coca-cola e dos blogs de aluguel), mas deixo isso pra depois. tá vendo? blog não tem que ser democrático coisa nenhuma. esse negócio de igualdade não existe, gente. inclusão digital? ah, fala sério. vai enfiar um monte de computador nos telecentros da periferia e dizer que está incluindo digitalmente a galera que vai lá pra acessar o orkut é brincadeira, né? putz, falar nisso lembrei que não tenho tv paga e meu dvd pifou, ou seja, tv necas, porque o que passa por aí não dá, com exceção da novela dos mutantes e, sem querer dar uma de cult, os programas da cultura (entrelinhas, zoom, metrópolis, vitrine...). mas eis que passou um filme maravilhoso chamado perdas e danos, com a juliette binoche. só que assim, num dos intervalos eu coloquei na globo pra ver o sururu na roda no programa do jô. quando voltei o martyn tinha morrido porque a mãe dele super chorava e eu não sei como ele morreu. sei que o pai dele tinha um caso com a namorada, mas até aí, ok, porque isso todo mundo sabia. mas como o martyn morreu, você sabe? ah, vou nessa mesmo. esta semana terminei de pagar a viagem, ufa, mas ainda tem três parcelas da faculdade (que terminei em 2006) e os juros estão comendo soltos no cheque especial. faz parte. sem falar que este mês não vou pagar os 235 da pós na usp, mas mandei um e-mail pra eles e tá tudo bem. pelo menos isso. no mais, cansado de algumas coisas que tenho vivido, talvez seja hora de dar um giro de 840 graus de novo e mudar algumas coisas. queria falar da lei seca também. queria comentar essa nova lei de crimes 'internéticos' e sobre uns blogs legais de pessoas que escrevem bem, independente dos temas. queria falar do casamento da menina da lua e da morte do igor e da eliana. e da minha preocupação com alguns princípios éticos que tenho quebrado e de outros que mantenho firme. no fim, dá tudo certo, já disseram. queria saber como estão o leandro e a vanessa na amazônia e estou pensando seriamente em trocar a viagem à nova york em janeiro, por são gabriel da cachoeira. esta semana passo a usar uma caneca pra beber água no serviço pra evitar o desperdiço dos copos de plástico. já é alguma coisa. agora, queria estar na frança, mas vou fingir que minha beliche é confortável, me enfiar no ededron (como diz minha mãe) e acordar quem sabe 10, 11 horas, já que não consigo acordar depois do meio-dia. putz, vai dar 4h e não falei do twitter, que era o objetivo do post.
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quinta-feira, 10 de julho de 2008

não tem cultura em são paulo

estes dias vi na tv uma garota reclamando que falta cultura pros jovens em são paulo. não sei se falta cultura, mas opções de eventos culturais não faltam. aliás, falar em opções culturais em são paulo é redundância. tem sempre algo rolando, pra todos os públicos. tá, alguém pode reclamar que na periferia as coisas não vão tão bem assim, mas tem melhorado muito.

mas então, esta semana acabou a flip e fiquei sabendo pelo marcelino, pela michele e outros, que a festa foi um sucesso, apesar do excesso de elitismo.

[[ah, o novo livro do marcelino freire, RASIF - MAR QUE ARREBENTA, vai ser lançado dia 14 de agosto, no barco do virgílio]]

e em agosto vem aí a flap, em sp e no rio. é o terceiro ano que participo. um evento legal, gratuito, com várias conversas com escritores, saraus e tal. não sei se é uma flip dos pobres, acho que não, mas é recomendadíssima. neste domingo, às 20h vai ter mais uma transmissão ao vivo de um programa que eles estão fazendo, vale a pena ver no blogue.

este sábado começa também o festival de inverno de paranapiacaba. pra quem não sabe é uma cidadezinha que pertence à santo andré, abc paulista. tá ótima a programação, que pode ser vista aqui ou no site oficial.

perdi o show hoje em homenagem ao joão donato. nem queria mesmo. o que quero é ver a exposição dos 50 anos da bossa nova na oca.

semana que vem (dias 16 e 17) tem show do conor oberst, do bright eyes, lá no studiosp. brigth eyes é folk, que parece ser a nova onda hype na música. aliás, sabe a mallu magalhães, aquela menina de 15 anos bla bla bla? então, agora tem a stephanie toth, de 16, que canta igual. sério. não acho nenhuma delas prodígio, mas ambas têm lá seu talento.

falar em studiosp (que pros desavisados está na rua augusta, 591), amanhã tem apresentação do 3 na massa, aquele projeto do pupilo e do dengue (nação zumbi) com o rica amabis (instituto), que tem leandra leal, thalma de freitas, céu e mais vozes femininas. bem legal.

cansei.

ah, falar em cansei, o novo disco do css (donkey) tá na net já. eu gostei, mas prefiro o anterior.

putz, começou também o festival de cinema latino-americano. ano passado foi bem legal, mas ainda nem vi direito a programação deste.

tá vendo? será que falta cultura em sampa? não citei nem 10% do que está rolando e já tô sem fôlego.
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quinta-feira, 3 de julho de 2008

o dia em que conheci a menina da lua que casa hoje

parece que foi agora, a primeira vez que a vi. sabia que ela estaria lá, na janela, pronta pra me ver. mas não sabia qual seria minha reação. pensei três vezes antes de ir. três vezes três. três vezes três vezes oitenta e sete vezes. fui.
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uma fanta por favor. uva? não, laranja. lata? não, garrafa. não, lata. não, garrafa. os outros dois caras e a garota que estavam comigo só observavam. a mim e à janela. eles sabiam o momento exato que ela apareceria, mas eu não.
***
o nervosismo fez com que a garrafa de fanta laranja caísse da minha mão e quebrasse. riram de mim. droga. por que eu não pedi lata? por que eu não pedi nada? por que eu vim?
***
ela apareceu. meu deus, como é linda! como é perfeita! como pode existir um ser tão lindo assim? eu não mereço tanta bênção, mereço? ok, deus, eu aceito essa pessoa pra cuidar.
***
chorei e entramos na TL azul metálica.
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e porque a vida é assim, ela passou exatos 21 anos e 4 meses perto de mim.
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e porque a vida é assim, ela vai embora pra uma vida que é dela.
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e porque estes aí embaixo casaram numa quinta... ela casa HOJE!
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feliz casamento!
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quinta-feira, 21 de dezembro de 1978

três anos
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contorcionismo
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não é a minha cara?
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ela gosta de rosa, mas odeia coraçõezinhos
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eu e ela
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eu e ela
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ela e ele
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terça-feira, 1 de julho de 2008

porque




.... .................................................... . . porque




a




a...............................................última



última


...........................................................................................................................impressão






impressão


............é




é



a
......................................a




que


...............................................................................................................................que





fica fica fica fica fica



...........fica.

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......................

........................................

fica...fica...fica...fica...fica...fica...fica...fica...fica...fica...

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

spfw e as dez canções do chico

quer saber? não estou nem aí pro são paulo fashion week. pra mim, é mais um evento que deveria ser abolido do calendário de eventos da cidade (junto com a paradagay, marchaprajesus, etc, como já falei uma vez neste blogue). me diz, pra que serve o spfw? é tudo vazio, tudo imagem. só imagem. tendência de moda? baseado em que? em paris, london, new york? tá, é bonito ver aquela festa, deve ser divertido participar e uns colegas que trabalham lá me disseram que ganham muitos brindes bacanas. gosto de roupa, acho um barato, mas e daí? é só isso? posso estar errado, mas então alguém me explica pra que serve, ok?

não estou nervoso não, na verdade, como disse na primeira linha, não estou nem aí. por isso mudemos de assunto.

fiquei sabendo pela chris mello, no caderno 2 do estadão, que o rodrigo teixeira, um dos caras que idealizou o amores expressos está num novo projeto: chico 10 canções. é assim, ele vai distribuir 10 músicas do chico buarque pra 10 escritores (uma pra cada). com base nas composições, cada um escreve um conto, que será publicado num livro e outros meios, como internet e tal. quem vai coordenar é o ronaldo bressane e os escolhidos para escrever são:

alan pauls - ela faz cinema
andré sant´ana - brejo da cruz
cadão volpato - carioca
carola saavedra - mil perdões
joão gilberto noll - vitrines
luis fernando veríssimo - feijoada completa
mario bellatin - construção
mia couto - olhos nos olhos
rodrigo fresan - outros sonhos
xico sá - folhetim

bom, né?

por falar nisso. cadê o resultado dos amores expressos?
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sexta-feira, 13 de junho de 2008

por mórbida curiosidade

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1 - nem tudo o que escrevo no blogue é verdade. às vezes escrevo contos, microcontos, cenas, diálogos, conversas, idéias, pensamentos, críticas. palavras baseadas ou não na minha vida. baseadas ou não nas minhas experiências particulares ou, ainda, na vida e experiências particulares de pessoas próximas a mim. pessoas que encontro no metrô, no ônibus, na igreja, no bar, na rua, no trabalho, em casa, na internet.
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2 - nem tudo que escrevo é mentira. aliás, quase nada é mentira. nada é mentira. às vezes troco nomes. finjo que o outro sou eu. escrevo cartas pra mim mesmo e respondo. às vezes dou indiretas pra um, mas coloco o nome de outro. às vezes nem cito nomes. às vezes escrevo coisas pra alguém que esse alguém nunca vai saber quem é. e às vezes escrevo pra ninguém.
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3 - nem tudo o que escrevo no blogue tem a ver com você. você tem um lugar dentro de mim que é só seu. às vezes nem eu sei se falo de você ou pra você. às vezes tudo é tão intrínseco, que não posso, nem quero separar. mas às vezes não tem mesmo nada a ver com você. lembre-se que a vida é dialética. é construção. é feita de relações humanas. você é uma delas. talvez a mais importante, mas não a única.
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4 - um post é só um post. o blogue é só o blogue, mas a minha vida transcende a tudo isso. e a sua vida também.
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5 - o que está escrito, está escrito.
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6 - mas eu escrevo à lápis.
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

a tia da lanchonete e meus 1500 pães de queijo

nos últimos cinco anos devo der ganho mais de mil e quinhentos pães de queijo. explico: quando comecei trabalhar nesta empresa, tomava café numa lanchonete aqui ao lado. não é o fran´s café, mas o café da fran. e como a fran tinha problema na coluna, eu a ajudava a subir as portas, aquelas pesadas de ferro, sabe? como pagamento pela minha contribuição, ela me dava um pão de queijo todo dia.

'não conte pra ninguém', ela me alertava. 'o pessoal daqui é muito folgado'.

e eu não contava mesmo. às vezes eu tinha até vergonha de passar lá, porque dava a impressão que eu só a ajudava em troca dos pães. mas ela sabia que não.

de uns tempos pra cá, meu horário mudou e quando eu passava em frente, a porta já estava aberta. mesmo assim, meu pão de queijo estava naquele negócio de vidro, como é mesmo o nome, estufa?

e ela avisava: 'corre que hoje você tá atrasado'. ou então: 'chegou cedo, caiu da cama?' e ainda: 'se prepara, porque seu chefe passou agorinha mesmo por aqui e tá com cara feia'.

era lá também que eu sabia quem tava namorando, quem tinha sido demitido, contratado, morrido, separado, tudo. e não precisava nem perguntar.


ela sempre cobrava a revista interna da empresa, que eu edito. 'e aí, essa revista agora é semestral, anual? eu preciso saber tudo o que acontece, lucas, agiliza lá meu', dizia, sem negar as raízes napolitanas.


agora não tem mais fran. o café, provavelmente vai ser vendido, já fiquei sabendo. tudo bem. algumas coisas precisam mesmo acabar para começarem outras.


e a vida é isso, não é?


nascer e morrer.


e o que você tem feito neste intervalo?
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quinta-feira, 5 de junho de 2008

você sabe o que é blog?

digam o que quiserem, a cada dia gosto mais de blogues. a mim não importam se são eles diarinhos de adolescente, jornalísticos , segmentados, comerciais, blá, não importa, eu gosto de blogues. de ler e de escrever.

gosto tanto, a ponto de me sentir ofendido quando alguém critica os blogues. não que eu chore descontroladamente por causa disso, respeito a opinião de cada um, mas odeio quando alguém diz: 'ah, que me interessa saber o que se passa na cabeça de tal pessoa?', 'que me interessa saber o que ele achou do filme?', 'que me interessa...?'.

bom, a primeira coisa que digo é: 'por que caramba então você acessou o tal blogue, se não quer saber o que tal pessoa pensa? por que não vai procurar um site, um jornal, um programa de tv?

a outra coisa que penso e pergunto é: 'por acaso você não sabe o que significa BLOG?

resumo do resumo:

BLOG vem de WEBLOG.
WEB, é rede ou teia em inglês e você deve saber que vem da WORLD WIDE WEB.
pra simplificar, é o tal do WWW.
aquelas três letrinhas que vêm antes dos endereços e você digita pra entrar num site.
SITE, a grosso modo, é uma página na internet.
INTERNET, pra não te complicar, é uma grande rede de computadores. bem grande. uma teiona.
até aqui você, querido jornalista que critica os 'blogues diarinhos', entedeu?
então vamos lá.
nem vou citar a influência das pesquisas do massachussets institute of technology nos tempos da guerra fria, pra não te confundir, ok? muito menos o centre européen de recherche nucléare.
mas então,
já sabemos bem por cima o que é WEB.
LOG é um diário de bordo (de navio ou de vôo).
então, vamos brincar de soma.
WEB + LOG = WEBLOG
REDE/TEIA + DIÁRIO DE BORDO = DIÁRIO DE BORDO NA REDE (internet)

logo, o blog é um diário de rede e cada um escreve no seu próprio diário de rede o que quiser, certo?

se você quiser escrever sobre cultura, escreva. sobre jornalismo, escreva.
e se quiser escrever o que comeu no almoço, com quem (não) ficou no fim de semana, sobre o filme que assistiu ou sobre qualquer outro assunto, ESCREVA.

você defende tanto os blogues jornalísticos (que eu gosto, sim), mas não percebe que são apenas 'mais uma versão dos fatos' ?

e que os blogues (ou blogs, como você prefere) diarinhos também?
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obs.: não sou expert em sites/internet/blogs, mas pelo menos não saio por aí falando besteira sem saber o mínimo sobre o assunto.
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segunda-feira, 2 de junho de 2008

a semana....

essa é uma daquelas semanas que eu queria me virar em 15 lucas. ah, antes disso, deixa eu falar de dois livros que estou lendo. primeiro, um tal lucas, do cortázar. são vários contos, todos com um tal lucas. muito bom. além do nome, tem algumas coisas parecidas com este tal lucas aqui.


o outro livro é persópolis, da iraniana marjane satrapi. na verdade é um livro de quadrinhos, o que torna a leitura mais legal ainda. os desenhos são muito bem feitos e os diálogos são perfeitos. confesso que não sou muito atento à história do irã, os conflitos do regime xiita e tal, mas o livro é realmente emocionante e engraçado. daqueles livros que você não quer que terminem nunca.




mas na verdade eu ia falar que a semana vai ser corrida, né? pois é.


é nessa semana que estréia o programa de rádio que estou produzindo (quarta-feira, às 18h, na rádio mundial).


também tem o novo blogue que estou fazendo em conjunto com o pessoal da minha turma na usp (http://nagaroapaulistana.blogspot.com).


e finalmente (clap, clap, clap), nesta sexta-feira às 19h, em santos, estréia o documentário 'canção d´além mar - o fado na cidade de santos pela voz de seus protagonistas', que tem direção do meu amigo eduardo de araújo teixeira, edição da minha amiga marcela prado e algumas imagens minhas que fiz lá em lisboa. chiquedemais.


foto tosca tirada da tv (aproveitei pra dar uns palpites, lógico)

no mesmo dia e horário tem casório de um camarada. a namorada dele está grávida da sofia.


também tem duas festas juninas no mesmo dia. uma da 'gotejo' e outra que será o chá bar da minha irmã, que casa em julho. massa esse negócio de fazer chá bar. é menos feminino-machista que o chá de cozinha (sim, porque no chá de cozinha a mulher ganha coisas pra cozinhar, lavar, essas coisas...) e os noivos ganham tudo que precisam pra montar uma casa.


fora isso tem aqueles trabalhos pra revisar, a revista pra terminar, aquele texto de teatro pra escrever, a peça que ganhei convite e não vou, meodeus.


mas confesso... é assim que gosto.


aff, que post mais ego.


(ah, ok... é pra isso que existe blogue, né?)
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segunda-feira, 26 de maio de 2008

no café...

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my blueberry nights (um beijo roubado) - wong kar-wai/lawrence block
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feast of love (banquete do amor) - robert banton/allison burnett, baseado no livro de charles baxter
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apesar dos péssimos nomes em português, estes são dois bons filmes que têm várias coisas em comum, mas vou falar só de duas:
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a primeira é que ambos tem um 'café' como ponto de partida. é no café que os personagens se encontram e desencontram. se apaixonam. terminam o relacionamento. começam outro com outra pessoa. e assim vai.
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e tratam basicamente do mesmo assunto, o amor, sem cair no clichê da comédia romântica. eu gosto de comédia romântica, mas às vezes me canso com aquelas histórias. talvez porque falte identificação com casais cujos relacionamentos sempre dão certo. bom, não vou falar dos filmes, nem incentivar ninguém a assisti-los, mas me chamou muito a atenção a história particular de cada personagem. eles não foram criados, já existiam, cada um com sua história, seus medos, traumas, amores. e tudo isso é expresso de acordo com a evolução das tramas, de forma sutil e ao mesmo tempo forte. a impressão que tenho é que cada um tem sua vida própria, mas parece que essa vida só tem sentido quando encontra o outro.
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sabe aquela coisa do ‘é impossível ser feliz sozinho’? então, é isso.
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e isso não é nada romântico.
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terça-feira, 20 de maio de 2008

nome próprio, de murilo salles



fidelidade só existe no dicionário e no discurso do padre. talvez nem no dicionário já que a ‘palavra’ é por si só infiel. bom, falei isso por causa do filme nome próprio, que assisti sábado, às 0h. não que o filme trate da fidelidade, mesmo porque não há como definir o assunto abordado no filme. blogue, relacionamentos, amizade, paixão, sexo. tudo isso junto.


nome próprio (dirigido por murilo salles, baseado na obra da clarah averbuck, com roteiro de elena soárez) é um filme bom. tem lá suas falhas e exageros (acho que vi um dedo na frente da câmera naquela cena em que camila se afoga no mar... seria do cameraman? ou foi uma visão minha?), mas eu gostei bastante. talvez porque goste bastante de blogues.


explico: camila (leandra leal), a personagem principal do filme é uma blogueira compulsiva. precisa tanto de blogue quanto de sexo (e como precisa!). usa o blogue pra falar de suas experiências, pra reconquistar o namorado traído, pra conseguir lugar pra morar, etc. pra uns isso pode parecer estranho, mas não pra camila, que parece viver em outro mundo.

quer ser escritora, mas nem sabe que já é...




é também por causa do blogue que conhece daniel (gustavo machado), um cara com quem troca e-mails e só vai conhecer pessoalmente quando o filme está acabando. gracias a dios, ela não fica com ele no final porque seria muito clichê.


é fast-food. filme de uma personagem só.


cheio de referências (fante, buckowski, leminski, londres...)


não é uma história real (apesar deste ter sido o primeiro nome do filme) mas tem um monte de camila por aí. inclusive a do filme não tem muito a ver com a do livro. e a minha, é essa: linda, apaixonada, egoísta, visceral e infiel (aos outros, não à ela). não é uma heroína, nem um exemplo, mas muita gente vai se identificar.


é isso. quer dizer, não é só isso, mas é só que tive tempo pra escrever.




ah1: sim, li dois livros da clarah averbuck (vida de gato e máquina de pinball). depois falo sobre.


ah2:encheu esse papo de ‘o filme não é meu, é do diretor’. ok, nós já entendemos, pra quê tanta justificativa?


ah3: assisti ao filme na segunda das nove exibições especiais de pré-estréia, parte da ‘estratégia’ de lançamento. se ficar ligado no blogue dele, vai saber quando é a próxima...


ah4: além do blogue, tem perfil no myspace (também, parte da estratégia....)


ah5: downloudeie o livro máquina de pinball aqui e a primeira versão do roteiro de nome próprio, aqui.


ah6: faça um trailler para o filme clicando aqui.


ah7: a frase que ficou na cabeça: escrever é mais importante que morrer.


fui.
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sexta-feira, 16 de maio de 2008

dieta fracionada

semaninha agitada essa, viu!

mas foi uma semana boa. claro, não estou na china, não fui perseguido por ser cristão, não fui jogado da janela, não estou com dengue, não saí com travesti.

bom. não sei se isso é ser egoísta, mas infelizmente não vou conseguir resolver os problemas do mundo... então... vamos ao diarinho (em tópicos, para não cansar os 70 leitores deste blogue que, devido à falta de atualização, devem ter sobrado uns 2 ou 3)

*"você está com um pé na diabetes", foi o que a médica disse. isso significa que se continuar assim, em menos de 1 ano vou ser um diabético. como não quero, começo então com uma dieta fracionada, seja lá o que isso for.

* em junho começo a fazer produção de um programa de rádio fm. o que ganho com isso? experiência, só.

* meu projeto de mestrado tá quase fechando. sim, porque no começo do ano eu tinha uns 12 temas pra seguir e agora tenho 5. até agosto preciso decidir, procurar um orientador e, se tudo der certo, começar em 2009.

* como disse o carlitos no blogue dele, tem tanta coisa chata acontecendo no mundo, que não dá ânimo nenhum de ficar entrando em blogue e escrever. mas aí penso que essas coisas são 'normais' e sigo. é horrível isso. o mundo tá cada vez pior. e eu faço parte disso tudo.

* vários eventos bacanas acontecendo e, sinceramente, não fico chateado por não poder participar de tudo ao mesmo tempo. não quero. não mesmo. não vou me descabelar pra fazer todos os cursos do mundo, pra ver todas as peças e pra ver todos os filmes, encontrar todos os amigos...

* posso ser 'out' um pouco? posso não comentar sobre o último filme que vi. posso não ir naquela pré-estréia concorrida? posso?

* obs. ser 'out' não é estar estar 'off'

* contraditorium === >>>> a onda agora é twittar. me follow ++++ >>>

* contraditorium II [eu quero ver macy gray, joss stone, sepultura, proveta, voltar pro circo, voltar pro teatro, voltar pro cinema, ver a estréia de nome próprio, ver a peça nova do oficina, fazer outra pós, etc]

* e esse bossa nova na garoa, que acontece domingo, será que é legal?

* e o banquete antropofágico do teatro oficina, será que é legal?

* e o batismo lá na igreja. por que eu não estou animado com isso?

* e o maio de 68?

* aaah, fui criticado porque não vi a entrevista no fantástico com a mãe daquela menina que morreu... quantas meninas morreram na china esta semana? você sabe?

* preciso trabalhar mais.

alguém aí quer me pagar para eu escrever em blogue?
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quarta-feira, 7 de maio de 2008

gracias por sus libros, julio cortázar



não adiantou. nem os amigos, nem os críticos, nem os jornais, os entendidos, as livrarias, a universidade. todos me indicaram julio cortázar. e eu não dei ouvidos. ao contrário de caras como o saramago ou o gabriel garcia marquez (que li por insistência e agora gosto muito), do julio eu preferi manter distância. mas é aquela coisa, quando é pra ser, é. e agora é pra ser. e agora ele é o cara que leio nos intervalos e percursos. mas quando foi mesmo que me interessei por ele? ah, sim, foi lá na frança, no cemitério do montparnasse. entre as dezenas de personalidades famosas enterradas ali, está o julio. difícil de encontrar, o túmulo é simples, de mármore e, diferente dos outros famosos, não tinha bonecos, cartas, fotos... tinha apenas alguns passes de metrô, bilhetes e umas flores vermelhas. o que me chamou atenção foi uma frase escrita no próprio túmulo: gracias por sus libros.


quem escreveu isso não queria apenas elogiá-lo, mas agradecer pela obra. então fico imaginando que livro foi e qual impacto um livro pode causar na vida de alguém, a ponto de agradecer no túmulo. ok, não vamos discutir se é ou não vandalismo pichar um túmulo, nem se o julio vai ler aquilo, já que está morto, mas o fato é que achei isso muito bacana e por isso fui atrás de alguns livros dele.


atualmente leio histórias de cronópios e de famas, que já me disseram que não é lá uma de suas melhores obras. não importa. não sou crítico literário, nem nada. mas digo que estou realmente embasbacado com esta leitura. tardia, é verdade, mas como disse lá em cima: quando é pra ser, é.

deixo aqui um trecho de entrevista que achei no youtube falando deste livro e um comentário de um amigo que tem tudo a ver com este post.






"não concordo com a definição de que literatura é um cânone selecionado por um grupinho de especialistas. literatura é o que fica. literalmente, letra que perdura. não como as fotografias que ficam amarelas, ou os filmes que ficam datados nas roupas, nas falas, nos modos de interpretação e ritmos, tudo se convertendo 'registro do passado'. os livros são atos e pensamentos que permancem vivos e se renovam a cada leitura, enquanto nós, viventes, vamos todos para o esquecimento" eat
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quarta-feira, 30 de abril de 2008

revelação da virada cultural 2008

novo grupo, ainda sem nome, é a mais nova promessa da música brasileira, sendo considerada pelos fãs, os novos beatles



eduardo, lucas, kenan e marcela, descansando após participação no show dos mutantes




fernanda takai? não! orquestra imperial?! também não! jorge ben jor? nem de longe...


o maior sucesso da última edição da virada cultural 2008, que aconteceu em são paulo no último final de semana, ainda não tem nome, mas tem tudo o que um grupo musical precisa para fazer sucesso. integrantes bem-humorados, simpáticos, bonitos e, além de tudo, talentosos.


um dos aspectos que merecem ser destacados é a diversidade etnica do grupo. marcela, única mulher da banda, é de poços de caldas, interior de minas gerais. cresceu ouvindo chico buarque, hanson e música sertaneja, como pena branca e xavantinho. antes da fama, chegou a trabalhar como garçonete numa pastelaria. kenan é alemão, mas mora em são caetano do sul, cidade com o maior idh do estado. sua influência é o pagode. "adorava o katinguelê e o só pra contrariar, é uma pena que estes grupos tenham acabado", relata com lágrimas nos olhos. lucas é da zona leste de são paulo, mas morou muito tempo em paris, lisboa e londres, de onde traz influências de sua amiga amy winehouse, a madrinha do grupo. no decorrer da virada, recebeu uma ligação de londres, informando a nova prisão da amiga. já eduardo é de mauá city e passa 80% de seu tempo dormindo, fato que pode ser comprovado na foto acima. deixou a carreira de pesquisador e professor de cursinho só para se dedicar às composições da banda pois acredita que assim ganhará mais dinheiro e poderá comprar sua televisão de lcd 42" da lg.


casal aborda dois dos integrantes da banda e exigem autógrafos. o terceiro fã (o que tirou a foto) presenteia lucas com um cd do radiohead


agora chega de papo. aumente o som de sua caixa e curta esse cover que um fã gravou, quando o grupo foi convidado a subir no palco e cantar com os mutantes.




segunda-feira, 28 de abril de 2008

virada cultural 2008

como não vou mesmo ter tempo de falar sobre tudo que rolou na virada cultural 2008, faço um resumo só pra não esquecer.

foram 28 horas na virada, duzentas e tantas fotos, dezenas de vídeos gravados, centenas de micos pagos (porque eu não perco a chance de ficar quieto, hein?), uma peça de teatro de rua, um concerto de piano com zé celso, acrobatas voando, gente dançando... apesar de tanta coisa, andei com muita tranqüilidade por são paulo, sem pressa, nem compromisso, nem programação alguma... talvez por isso tenha sido tão bom.

dos shows, digo o seguinte:

gal costa
comportadíssima, mandou até beijo no coração de cada um (pra quem não entendeu, estou ironizando, pois odeio essas falas dos artistas entre as músicas, tipo: obrigado são paulôôô!)


mutantes
muitos erros, inclusive de letra, mas ainda continuo gostando e admirando. acho que eles andam meio desligados.


teatro mágico
mais do mesmo...


arnaldo antunes
cada vez menos louco, o que não é um bom sinal...


lobão
blá blá... blá blá blá blá blá blá...


banda de pífaros de caruaru
inesquecível aquela ciranda... a platéia mais vazia e mais vibrante de todas... inesquecível também meu amigo sendo atropelado na ciranda por não saber acompanhar os passos...


andreas kisser e cia
rock pesado como canção de ninar pra dormir na grama da praça da república...


orquestra imperial
los hermanos em versão 'feliz' numa festinha entre amigos. ótimo. (obs. sou bom de cama, sei fazer café e ninguém reclama do meu cafuné mas...)


fernanda takai
gostei muito da versão que ela fez pra 'there must be an angel', do eurythmics, que tem tudo a ver com nara leão, principalmente o refrão (naranaranaranará... naaaraaa, naaraaaaa...)

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[mas bom mesmo foram os caminhos, as andanças, os detalhes, as frases ouvidas (que merecem um post exclusivo...), os encontros marcados ou não, os cochilos na galeria olido e na praça da república com aquele clima woodstock, ótimas companhias, colegas novos, reencontros, desencontros, amigos por todos os lados (todos mesmo!) e um clima muito bom, daqueles que você passa horas e horas, sem pensar no tempo e sem querer que o tempo acabe]

em breve, as fotos.
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sábado, 26 de abril de 2008

pré-virada cultural 2008

"são nessas horas que eu queria ter o poder de estar em vários lugares ao mesmo tempo. como não tenho, preciso fazer escolhas para tentar aproveitar um pouco da virada cultural..."

essa frase eu escrevi no blogue há um ano, antes da virada cultural 2007. estava animadíssimo pra participar de tudo. e lembro, graças ao blogue, de tudo que aconteceu naqueles dias. lembro que antes da virada fui ver o show da mariana aydar no auditório ibirapuera (e que nem fazia parte da programação). lembro que passei mal de gripe e precisei parar na farmácia pra comprar remédio. encontrei alguns amigos, desencontrei outros e no final, tudo perfeitamente bem. lógico, saí minutos antes da confusão com os racionais e admito, fiz tudo que quis e foi tudo muito bom.

este ano não estou lá muito empolgado. mas sabe quando você acha que vai ser bom pra caramba?! então... é por isso que não quero perder. e poxa, é um evento importantíssimo pra sp. e tem também o lance de encontrar o povo e tal. obviamente estarão todos bêbados, o que é péssimo, porque só eu vou lembrar no dia seguinte como foi a virada.

mas é isso. lá estarei e sei que você também porque me parece que o mundo inteiro vai estar lá.

fui.
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quarta-feira, 23 de abril de 2008

terremoto

há três horas teve um terremoto aqui em sp.
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não senti nada. mas bem que poderia ter sentido. quer dizer, eu vivo sentindo terremotos mentais.
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internos, quero dizer. mas não no estômago, na cabeça. hoje mesmo senti um e foi bem na hora do tal terremoto de verdade. mas pera aí? o que senti não foi de verdade? por que então peguei meus livros, coloquei na mochila e saí correndo daquela usp gelada em direção ao ônibus? por que meus vizinhos estão falando que sentiram o chão tremer? por que eu liguei pra família na hora que soube pra ver se eles estavam bem? por que minha irmã me ligou preocupada? por que eu pensei nos exames chatíssimos que tenho fazer essa semana e que estão me preocupando bastante. por que eu lembrei dos meus amigos? bom, eu queria saber mesmo é porque meu terremoto interno ainda não passou.
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terremoto II

tremeu aí?
aqui tremeu e aí?
aqui não...
hmmm...
se tremer de novo, me chama.
pra quê ? se tremer de novo a gente pode morrer.
ué, me chama pra eu morrer junto com você.
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terremoto III

precisou acontecer um terremoto pra esquecerem um pouco a isabela.
será que agora haverá espaço na tv e nos jornais pra outra coisa, que não seja a isabela?
será que agora aparecerão centenas de casos de rachaduras em prédios, dizendo que foi por causa do terremoto?
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terremoto IV

será que jesus está voltando?
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

no meio do mundo



lembra aquela aula de geografia sobre latitude e longitude? eu não me lembro muito bem porque, em vez de prestar atenção e decorar todas aquelas linhas e graus e distâncias, eu ficava me imaginando lá. eu ouvia falar da linha do equador e queria atravessar a linha. lembro também que uma vez, quando criança e passava minhas férias no paraná, adorava passar pelo trópico de capricórnio, mesmo sendo apenas uma linha imaginária...


e foi do trópico de capricórnio (e das aulas de geografia) que me lembrei quando estive no observatório real, em greenwich (londres), onde 'passa' o famoso meridiano, que marca o meio do mundo!


como não é sempre que cruzo o mundo, fiz daquele dia uma experiência marcante. peguei o mapa e, apesar de saber chegar, não perdia a oportunidade de perguntar às pessoas: 'please, how can i get in the middle of the world?' não surpreendente, os ingleses respondiam com a maior gentileza e boa vontade. (aliás, tenho tudo isso gravado em vídeo, mas ainda não sei o que faço com o material...)


cheguei ao parque e corri para o topo. depois de uma boa caminhada encontrei umas dezenas de pessoas pulando de um lado pro outro.


eles estavam viajando entre os dois lados do planeta.

e porque eu faria diferente? fui pro lado leste e oeste do mundo umas quinze vezes...


depois das brincadeiras e fotos (que não podiam faltar, lógico) sentei no meio do parque e fiquei pensando: nunca tinha estado tão longe do brasil e mesmo assim era só o meio do mundo... ainda tem a outra metade inteira pra conhecer.


e são nesses momentos que percebo o quão pequeno sou (somos) perante este universo tão grande. o quanto ainda há pra descobrir, conhecer, experimentar. o tanto de tempo que a gente perde com coisas irrelevantes. o tanto de tempo desperdiçado.


e penso que meu mundinho não é minha casa, meu bairro, minha cidade, meu país, minha família, meus amigos. há muito, muito mais por aí.
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de um lado do mundo
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do outro lado do mundo
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no meio do mundo

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segunda-feira, 14 de abril de 2008

esta semana meu blogue completa um ano. tinha pensado em fazer uma retrospectiva, mas não vai rolar. pensei em dar uma festa, mas mudei de idéia. então pensei: o que acontece quando você completa um ano de empresa? FÉRIAS! isso mesmo.

sendo assim, pensei em ficar um mês sem blogar.


mas... não consegui. isso aqui vicia. fiquei uma semana sem postar nada e já estava entrando em crise de abstinência.

por isso voltei... e não volto sozinho. depois explico, mas agora tenho outros blogues. não vou deixar o meu .condussão, mas, ainda este mês (assim espero) começo a escrever em mais 2 ou 3 blogues por aí.


e ainda não estou com 'aquela' vontade de escrever, então vou postando umas fotos atrasadas, comentando um pouco e tá bom, né?!

enquanto isso, algumas dicas inderetas naquele estilo que gosto muito: o que fiz por estes dias...

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fabiana cozza no show 'quando o céu clarear'
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mawaca no show 'inquilinos do mundo'
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auditório ibirapuera, um dos melhores lugares pra assistir a shows
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exposição tokiogaqui, no sesc avenida paulista
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família savage: um bom filme triste
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exposição 'a alma gráfica', de brennand, na caixa cultural da avenida paulista
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terça-feira, 8 de abril de 2008

less is more


tinha escrito um post enorme falando das milhares de coisas que fiz nos últimos dias, dos shows, das peças, dos filmes, mas apaguei porque ficou um saco, há quem interessa? estou em crise com este blogue [mas animadíssimo com todo o resto] talvez porque esteja prestes a completar um ano. será que vou conseguir ficar um ano com um blogue? a verdade é que as coisas comigo nunca duram muito tempo mesmo, desde um simples curso até relacionamentos, tudo muda muito e muito rápido e isso tem me irritado, talvez pela idade, sim, i´m getting old, maybe it´s this, maybe tom waits could answer all this questions, maybe, maybe god.

por falar em curso, comecei ontem [mais uma] pós lá na eca/usp, e estou empolgado porque tem tudo a ver com o que quero, pelo menos a curto prazo, como se fosse um rito de passagem e pretendo não abandonar no meio do caminho, como fiz com o de história, o de teatro, o de cinema, o de violão, o de circo, o de economia, o de percussão...

por falar em música, a trilha do momento é a do filme juno, que assisti por estes dias. a preguiça e a falta de tempo não me deixam escrever sobre, mas vale a pena, eu acho, a trilha é ridícula, por isso gostei tanto, me lembra londres, me lembra o povo moderninho da augusta, me lembra as amizades que eu tinha na infância e que, quanto mais o tempo passa, percebo que nada muda e que isso, o fato de nada mudar, nem sempre é tão ruim.

e pra acabar, fica aí a cena inicial de juno, com a música 'all i want is you' que de alguma forma resume, nem tanto pela letra, mas pelo ritmo, pela harmonia, pela simplicidade do filme, da trilha e da música, o que quero no momento, menos, bem menos, porque como alguém já disse por aí, less is more...

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

sai orkut, entra celular

cinco. já tive cinco perfis no orkut. ah... porque cansa, né?! vicia, é uma coisa do outro mundo. então, toda vez que enjoava, excluia o perfil. aí era aquela coisa, convidar todo mundo de novo, o povo perguntando 'mas por que você saiu?', outros perguntando 'outro perfil?', e blá, blá, blá.

mas não tem jeito, sempre volto. acho tão interessante o orkut, que até escrevi um livro que tinha o site como objeto de estudo. inclusive é este que está ao lado (downloudeie, se quiser...)

eis que desta vez, cansei de novo mas não quis excluir. apenas não acessei. sim, foram 20 dias sem vontade alguma de ler scraps, ver fotos, nem fuçar a vida alheia. mas aí vem a marcela e fica me tentando... entrei! e... nada mudou. nada.

está lá a vitrine. todo mundo feliz, marcando encontros, mostrando que é bom, que tem milhares de amigos...

ok, não vou ficar criticando o site porque no fundo gosto. tive umas boas surpresas com ele, outras nem tanto, mas ele está lá pra quem quiser usar, não é verdade?




o engraçado é que nesse mesmo período adquiri um celular. agora não preciso mais ouvir 'nossa! você não tem celular!?'. e, apesar de acompanhar as novidades tecnológicas, fico embasbacado com as possibilidades deste aparelhinho.


com ele eu posso mandar e-mail, acessar a net, blogar (sim, vou tentar fazer isso no próximo post), mandar mensagem de voz, de vídeo, ouvir rádio, ouvir mp3, assistir a filmes, trocar arquivos via bluetooth ou infravermelho, gravar vídeos, tirar fotos, gravar voz, ler noticiário, mandar arquivo direto pra impressão... dá até pra dar uma festa porque tem som estéreo e equalizador.


não falo disso pra me aparecer, mesmo porque sou um atrasado que ficou 2 anos sem celular, mas porque este negócio todo de comunicação é muito intrigante e com vários desdobramentos.

por exemplo, se você está atrasado para um encontro e a pessoa que te espera não acredita que você está no trânsito, é só gravar um vídeo no celular mostrando a situação e mandar pra ela: 'olha só, como você pode ver, estou no trânsito, chego daqui a pouco...'

e pros jornalistas, então? o cara pode fotografar, gravar uma entrevista de voz ou vídeo e mandar pra redação, tudo com um único aparelhinho. é claro que existem outros mais modernos, como o iphone mas, ainda assim, fico impressionado...


ah, vale lembrar que com o celular é possível fazer e receber ligações.
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quarta-feira, 2 de abril de 2008

marceliniando

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e então, viram ontem a reprise do show da fabiana cozza, na tv cultura? não? perderam! mas não se matem. quem quiser ver o show ao vivo é só ir ao teatro joão caetano (borges lagoa, 650). ela fará uma série de apresentações nos próximos dois fins de semana.

e hoje começa o ciclo de encontros com 'grandes' escritores lá na oficina do marcelino, no b_arco. eu, que participei de quase todos, garanto que é muito bom.



por falar em marcelino, sabiam que vários contos dele estão sendo adaptados para teatro? sim. e também para curtas-metragem? sim. e está sendo estudado por pesquisadores em universidades? anrran! e sabiam que meu amigo eduardo está fazendo um ensaio sobre uma de suas obras? é...! quê mais?

ah, ele ministra duas oficinas no b_arco, é juri de alguns prêmios, palestrante, debatedor, figura carimbada em tudo quanto é lançamento, em tudo quanto é evento literário, sócio da mercearia, revisor, ator (é sim), blogueiro, às vezes ministra umas oficinas por aí, etc, etc. etc.

como diria alguém, que não me recordo, ele é praticamente um mário de andrade, um baita dum agitador cultural. falar nisso, ele concorreu ano passado nessa categoria numa enquete que a folha de sp promoveu. ou foi o estadão?

além disso, vezenquando arruma tempo pra sair com amigos...

fica a dica para ver, em taboão da serra, a peça hospital da gente. clique aqui para saber mais. e quando eu tiver mais informações sobre seus trabalhos, é claro que divulgo aqui.
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