Páginas

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

a trilha de 2007, o último post do ano

vi que este negócio de 'lista dos melhores' é bom só pra ver. sempre leio listas, gosto de saber o que estão ouvindo, vendo ou lendo por aí. só que, desta vez, não consegui fazer a minha própria lista. pensei, pensei, mas não consegui eleger os melhores.


mas calma, nem tudo está perdido.


neste último post do ano (aahhhh....) selecionei os discos que mais marcaram 2007. não são os melhores, mas os que mais ouvi durante o ano.


tem uns
nomes bem consagrados que reouço a cada ano, como chico buarque e nara leão, tem uns novos de mpb, como edu krieger e ceu, tem uns mais hypes (cibelle, klaxons), de rock (velvet), uns que não gosto muito (maria rita), uns que gosto demais (bjork), uns trash (victor e leo), uns que são maravilhosos e não muito conhecidos (forro in the dark), etc, etc, etc...



não é a trilha da minha vida, mas, com certeza, de 2007.



e prestem atenção nas capas... não são ótimas?



então é isso, beijo nas crianças, apareçam mais vezes, comentem caso achem que devam comentar e aguardem a seleção das peças de teatro, filmes, livros e fotos pessoais que vou postar no começo ano.



see you later.


[agora lembrei que faltaram alguns, como roberta sá, as chicas, lenine, vanessa da mata, ani difranco.... mas depois vou incluindo aqui, porque agora estou com preguiça]




bjork, volta



nara leão, elenco








no longer music, primordial



feist, the rimender



mutantes, jardim elétrico



chico buarque, meus caros amigos



fabiana cozza, quando o céu clarear



mombojó, homem-espuma



cansei de ser sexy


klaxons, myths of the near future



jorge mautner, revirão



itamar assunção, intercontinental



cibelle, the shine of dried eletric leaves



belle and sebastian, the life pursuit



céu




the white stripes, icky thump



hillsong united, look to you



forro in the dark, bonfires of são joão




victor e leo, ao vivo em uberlândia



velvet underground and nico


teresa cristina e grupo semente, ao vivo



artic monkeys, whatever people say i am, that´s what i´m not



edu krieger



massive attack, collected




amy winehouse, back to black



ana cañas, amor e caos




pato fu, daqui pro futuro



maria rita, samba meu



caetano veloso, transa



caetano veloso, cê



cordel do fogo encantado, transfiguração




radiohead, in rainbows



marina de la riva



ani di franco, not a pretty girl

.

.

.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

um cd, uma frase e um destaque (ou mais)


não é retrospectiva. também não são necessariamente dicas. são apenas alguns cds que ouvi nestes últimos dias e acho que são ótimos. antes que me peçam emprestado já vou dizendo. não tenho todos. uns comprei, outros ganhei, outros baixei, alguns eu só ouvi (pela net ou em livrarias por aí) e alguns foram prometidos e até agora, nada. mas fique aí com minha seleção de músicas que estou ouvindo, mas não leve muito a sério, pois eu mudo de gosto muito rapidamente. normalmente gosto do disco inteiro, mas sempre tem aquela que não sai da cabeça, então vou citar como destaque, ok?

orquestra imperial - carnaval só ano que vem



nina becker, thalma de freitas, nelson jacobina, cesar farias bodão, leo monteiro, wilson das neves, max sette, felipe pinaud, mauro zacharias, bidu cordeiro, moreno velloso e rodrigo amarante numa grande bagunça musical organizada. gostei desde a primeira vez que ouvi, mas só agora tem em cd.

destaques: supermercado do amor, de jorge mautner e ereção, de composição coletiva e rue de mes souvenirs, cantada por thalma.


***

maria bethânia - dentro do mar tem rio (duplo - ao vivo)



acreditem, é meu primeiro disco de bethânia (sentiu o sotaque? 'de bethânia...')
ganhei ontem e é o que estou ouvindo agora. as músicas deliciosas, mas o que me chamou atenção, por enquanto, foram os textos que ela recita.


destaques: a música debaixo d´água´, de arnaldo antunes e os textos: poesia, de antonio vieira, ultimatum, de alvaro de campos e as frases de guimarães rosa.




***


fernanda takai - onde brilhem os olhos teus





sempre gostei do pato fu. cheguei a montar um grupo para trocar correspondência sobre a banda, isso, quando eles tinham apenas um cd e eu, uns 14 anos. saí até na revista showbizz, é verdade... bom este cd tem fernanda cantando nara leão, então não há muito o que dizer. é de uma sensibilidade que assusta. é introspectivo. chega a ser triste, às vezes, mas muito bom.


destaque: diz que fui por aí, de zé ketti


***


nação zumbi - fome de tudo




me disseram que não, mas ainda acho o disco mais 'pesado' do grupo. gosto de todos os outros, pela mistura de ritmos nordestinos com o eletrônico e as guitarras e tal. e não é só barulho, tem muito conteúdo. é um tanto sombrio também, um lance meio mangue, meio sertão com letras mais reflexivas e menos panfletárias. prestenção nestes títulos: inferno, infeste, assustado, a culpa, no olimpo... viu? assustador...

destaques: inferno, fome de tudo e toda surdez será castigada



***


tem muitos outros, mas agora preciso realmente sair e não vai dar pra comentar, mas acho que dá pra postar umas fotos, quer dizer, acho que não, então se quiser saber mais, fuce na internet ou venha aqui mais tarde ou não ligue pra nada, mas tenho que ir, mas não quero ir, droga. fui.
.
.
.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

post de auto-engrandecimento para este blogue continuar existindo (ok, continuaria existindo mesmo que ninguém falasse bem dele, mas já que falam....)


tem gente que adora este blogue:

"Vou [tentar] imitar o blog do meu amigo Lucas (porque quando eu crescer, quero ser igual a ele)"
v.p, bailarina, atualmente curtindo férias na europa, enquanto se prepara para testes em n.y.


tem gente que acha meu blogue por aí, sem querer, e começa a gostar:

"Gosto muito do estilo do teu blog, dizendo de tudo um pouco, seus escritos, acontecimentos do dia, etc... como uma libertação diária... eu ainda tenho meus pudores para me expor assim...quem sabe um dia me venço!"
s.m, poeta, chegou a este blogue por causa de outro blogue.



tem gente que se emociona com este blogue:


"acabei de ler teu blog, fiquei com o coração pequeno"
d.m, ser pulsante de blumenau, um pingo no i.


tem gente que fala mal do blogue, mas lê:

"seu blogue tá ficando chato, tá virando diarinho, mas eu te leio. paro e leio o condussão"
e.a, crítico - no sentido mais crítico da palavra, roteirista e um dos principais culpados por este blogue existir.



tem gente que lê, sem eu saber:

"muito bacanas as incursões virtuais e afins. moves mundo. espio o blog e vais que vais. aquele abraço"
v.s, repórter da ilustrada, folha de s.p


tem gente que se inspira no blogue e faz um também:

"Pessoas! Criei vergonha na cara e criei um blog: Lucas, valeu pela força!"
m.p, jornalista e escritora


tem gente que comenta sempre:

"Que pessoa inteligente! Conseguiu habilitar o campo de comentários do seu próprio blog. Agora trate de postar muitas coisas. Quero comentar!"
l.s., administradora frustrada, futura socióloga, fiel leitora e blogueira de primeira



e por aí vai.

sei que tem gente que não gosta mesmo do blogue, mas que posso eu fazer? cada um com seu blogue, certo?

o meu é assim e quando eu quiser mudar, mudo, quando quiser habilitar comentário, habilito, quando quiser postar, posto e a blogosfera segue feliz e contente.

.
.
.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

a via láctea, de lina chamie



é verdade. saí do cinema ontem falando mal do filme. disse que não tinha gostado e tal. cheguei a dizer que a melhor cena foi a do atropelamento de um cachorro, que, diga-se de passagem, teve uma ótima atuação.

maaaaaaas.

no caminho de volta pra casa, fazendo praticamente o mesmo percurso do filme (avenida paulista e proximidades) fiquei pensando na confusão da trama. até sonhei com o filme.

a história é a seguinte: um casal termina o relacionamento pelo telefone. ele (marco ricca), um chato professor de literatura [porque será que todos os professores de literatura são chatos?]. ela (alice braga), uma atriz formada que preferiu ser veterinária.

depois da briga (daquelas de casal, em que um fala que quer sair, o outro não quer, um diz que o outro não gosta mais do um, que diz que o outro tem outro e por aí vai), ele sai correndo ao encontro dela.

este 'caminho' até chegar à ela é o filme.

então fiquei pensando nas poesias que o filme mostra, nas cenas teatrais de 'as bacantes', do zé celso, nas briguinhas de amor, nas falas do marco ricca enquanto está no carro, na cidade de são paulo, tão caótica, nas relações, no que vale a pena e o que não vale, na morte...

nossa! talvez por isso eu não tenha gostado do filme logo de primeira. há muita confusão ali e num filme destes não tem como dizer apenas se gostou ou não. ou talvez porque 'a via láctea' destoa um pouco destes novos filmes brasileiros, que tendem a trabalhar com 'não-atores' e que se baseiam na naturalidade para dar impressão de uma coisa mais real.

outra coisa que pensei é o lance de são paulo não ser o cenário e sim uma personagem. ela fala por meio de seus faróis, das buzinas, do trânsito, das ruas.

e tem as citações literárias de dante, drummond, bandeira.

ok, parece que há um excesso de referências, o que acaba deixando o filme poluído, com aqueles cortes secos, a trilha sonora de música clássica entrando toda a hora, a musiquinha do tom e jerry...

tudo isso gera um certo transtorno, mas não desqüalifica o filme.

e se há confusão na trama é porque há também confusão existencial das personagens (o professor-escritor que cita teóricos e não consegue escrever, a atriz que foi ser veterinária, o menino que gosta da atriz e se declara à ela com textos shakespeareanos...)

pra finalizar este comentário caótico: me perguntaram se eu classificaria 'a via láctea' como um 'filme de arte' e eu disse que não.

mudei de idéia.

.

.

domingo, 23 de dezembro de 2007

maria bethânia - pedrinha de aruanda, andrucha waddington



assistido no cinesesc em 22/12/07.

apenas um rascunho e algumas observações:

* foi a própria maria bethânia quem chamou andrucha para filmar o documentário;
* ela conduziu as filmagens;
* dona canô maravilhosa cantando com os filhos;
* caetano dirigindo o carro na estrada de santo amaro e conversando com a irmã...
* público cantando parabéns à bethânia no show de salvador;
* missa de aniversário;

o filme é bom. lembra aquelas filmagens antigas que a gente tem da família, sabe?

eu li que o filme custou 400 mil reais. ok, não entendo muito de cinema e sei que os equipamentos são caros, tem o lance da produção e pós-produção, divulgação, recursos humanos... e um amigo me disse que 400 paus não são nada em se tratando de cinema.

mas é tão simples, que acho que com metade dessa grana dava pra ter feito.

quem é fã da cantora [o que não é meu caso, ainda] vai adorar: a cena que ela canta com a mãe e o irmão é uma delícia. quando ela vai ao circo, idem. e na cachoeira, então...? muito legal.

pra quem quiser ver, já está em dvd.
.
.
.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

a bala de coca



acabei de ganhar esta bala de uma amiga recém-chegada do peru.


[meu deus, que idiotice. não acredito que postei uma foto de uma bala que ganhei de presente.]


mas já que postei e, na falta de algo mais importante para escrever, vou descrever a sensação de chupar uma bala de coca.


após ouvir uma piada engraçadíssima ["você já cheirou coca? não! não?, tem o mesmo cheiro da pepsi" (dã)], fui pegar a câmera para tirar a foto acima. depois, desembalei a bala (desem/balei) e a coloquei na boca. joguei o papel fora, porque guardar papel de bala é coisa de menina. postar foto no blogue, não.

ainda estou com a bala na boca e nada de mais aconteceu.

volto em alguns minutos para ver se haverá alguma reação, ok?

[enquanto isso, dou uma olhada no guia do estadão. fiquei com vontade de ver este filme do lynch, império dos sonhos. e amor nos tempos de cólera, também. percebo que não saiu nenhum destaque no teatro. deve ser porque ator também tira férias, né?]

agora percebo uma certa dormência na garganta. fico com medo e penso: "será que estou me drogando?" bom, já tinha feito isso de manhã, tomando um remédio, então não seria novidade.

sinto então um gosto de doce de leite misturado à uma refrescância agradável. a garganta está anestesiada, eu acho.

por ser uma bala mastigável e, na pressa de sentir (ou não) os efeitos do doce, não consigo esperar e começo a mastigá-la. esta ação faz com que o pequeno alimento importado grude no piercing que mantenho na lingua há três anos.

coloquei o piercing de súbito, sem pensar, apenas pela vontade e acabei deixando até hoje.

bom, agora que já consegui vencer a luta para desgrudar a bala de meu adorno lingual e a engulo, sinto o coração palpitar um pouco e penso que vou morrer.

meu deus, é véspera de natal. se morrer agora, meus entes queridos nunca mais vão comemorar a data. vão ficar pensando em mim e o natal deles nunca mais será o mesmo, não terá o brilho de minha companhia, não lerão mais meus posts neste blogue, não, não, não, não posso morrer agora.

pronto, o susto passou e tomo dois copos de água, mesmo sem ter sede, que é para passar o efeito.

na verdade não sei se tudo isso aconteceu ou se foi viagem de minha imaginação, mas preciso interromper a postagem, pois o interfone toca.

é um amigo que, sabendo do meu ódio por frutas cristalizadas, veio me trazer um chocotone.
.
.
.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

soneto para um detalhe natalino, glauco mattoso



a credibilidade do natal,
àquele que criança já não é
mas prende-se a fetiches, tem na tal
da meia pendurada a maior fé...


se desce ou não por uma chaminé,
se chega num trenó, se é gordo e mal
escala esses telhados de chalé,
detalhes são, mas não o principal...


a sua bota preta, sim! pedia
só isso, eu, de presente e, nesse dia,
não via a hora... e o sino? não repica?


agora só desejo mesmo a meia,
que é fácil de roubar, enquanto à ceia
vão todos, e ela dando sopa fica...


do glauco, por e-mail
.
.
.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

feliz natal (parte 1)

decidido.

não vou falar que não comemoro o natal (para evitar a fadiga)
não vou falar que não gosto desta época do ano (virou clichê cult)
não vou falar mal da decoração da avenida paulista, cheia de luzes e papais-noéis estrangeiros, com bonecos-robôs-americanos dançando (afinal, são só bonecos)
não vou falar mal das pessoas que babam e aplaudem esses bonecos (afinal, são só bonecos)
não vou passar a véspera de natal e o dia do natal dormindo (como no ano passado)

vou aceitar de coração os desejos sinceros de feliz natal (ah, são sinceros, eu acho)
vou desejar feliz natal (juro, vou tentar, já estou ensaiando)
vou participar de amigos secretos (sem questionar)
vou fingir que gostei daquele isopor no shopping imitando neve (afinal, estamos no braZil)
vou abraçar a família, os amigos, o motorista do ônibus, todo mundo que vir pela frente (afinal, é natal)

acho que é isso. agindo assim, creio que entro pro rol dos bons meninos e ganho, finalmente, um presente do papai-noel.
.
.
.

the smiths, ask


"because if it's not love, then it's the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb that will bring us together"

.

.

.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

rasif - mar que arrebenta, de marcelino freire

o autor



e ontem fui um dos quatro privilegiados, sortudos e felizardos a ouvir, em primeira mão, a leitura do novo livro do marcelino freire, lá na casa da escritora ivana arruda leite. os outros três eram a própria ivana, obviamente, a adrienne myrtes e andrea del fuego.


para ver as fotos (divertidíssimas) entre no blogue da ivana.


pode parecer bobo, mas foi um momento especialíssimo pra mim. estar ali com aquelas pessoas tão bacanas e tão talentosas, ouvindo um dos melhores escritores do brasil lendo originais de seu livro (ainda em fase de finalização) foi um presente.


[daqueles momentos simples com pessoas simples que te fazem sentir bem e a gente guarda para sempre]


sensacional.


bom, mas o que interessa é o livro, então fiz alguns comentários meio desconexos... mas está valendo.


RASIF - mar que arrebenta, deve sair em abril de dois mil e oito.


ao que me parece, é bem diferente dos anteriores. dá pra perceber o trabalho que marcelino tem para juntar as palavras e escrever um conto. quando digo 'trabalho' não falo necessariamente de sofrimento em criar as melhores frases, mas sim, da lapidação do conto até chegar onde ele quer.


os contos são completos em si mesmos, mas há também uma conexão entre cada um. nenhuma idéia fica solta, largada.


as palavras dele FALAM, não estão ali por acaso, para preencher a página. tem algo a mais.


tem poesia, música, ritmo.


tem ironia inteligente, não gratuita.


tem personagens belíssimos.


o que são aqueles atores? e o papai-noel? o leco? a laurinha, o felipe? o que é aquela mulher da lavanderia?


quem é aquele velho do álibi-pedófilo? e o júnior? meu deus, quem é o júnior?


uma coisa que não falei na reunião, talvez para não parecer ridículo, mas achei que rasif é mesmo um livro de amor. não sobre o amor, mas de amor, sabe?


bom, ainda tem muito o que dizer, mas por enquanto, é isso.


só faltou o cachê que o marcelino disse que ia pagar pra gente falar bem do livro...



adrienne myrtes, ivana e yo.



ivana, o autor e andrea del fuego, que me deu um alfajor argentino

todo mundo
.
.
.

domingo, 16 de dezembro de 2007

narrativas breves, outras nem tanto



turma da oficina de 'narrativas breves (e outras nem tanto)' realizada na casa das rosas com o marcelino freire, que aparece em estado de oração pelo grupo, no centro da foto.
.
.
.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

vencedores do prêmio da apca 2007

saiu ontem a lista dos vencedores do prêmio da associação paulista de críticos de arte. eu amo listas, em breve coloco a minha aqui... por enquanto coloco a deles e comento bem superficialmente sobre as poucas coisas que vi. para ver os ganhadores de outras categorias clique aqui.


Cinema


Filme: Jogo de Cena (sensacional, um dos melhores documentários que assisti)
Diretor: José Padilha/Tropa de Elite (ok)
Fotografia: Baixio das Bestas/Walter Carvalho (a única coisa boa do filme)
Roteiro: Cão Sem Dono/Beto Brant-Renato Ciasca/Marçal Aquino (nota dez)
Montagem: Tropa de Elite/Daniel Rezende (boa)
Ator: Selton Mello/O Cheiro do Ralo (caricato, mas bom)
Atriz: Carla Ribas/A Casa de Alice (sem comentários, a melhor)



Literatura

Ficção: O Filho Eterno/Cristóvão Tezza
Não-Ficção: O Príncipe Maldito/Mary del Priore
Contos: A Copista de Kafka/Wilson Bueno
Memórias: Conspiração de Nuvens/Lygia Fagundes Telles
Reportagem: O Chão de Graciliano/Audálio Dantas e Tiago Santana
Poesia: Belvedere/Chacal (ótimo)


Música Popular


Disco: Onde Brilhem os Olhos Seus/Fernanda Takai (S E N S A C I O N A L, fernanda e nara leão... o que posso dizer mais?)
Cantora: Roberta Sá (quem lê este blogue sabe que gosto muito)
Cantor: Paulinho da Viola (estou com o dvd em casa, ainda não vi, mas o cd é bom demais)
Grupo: Orquestra Imperial (S E N S A C I O N A L, vocês precisam ouvir)
Revelação Feminina: Marina de La Riva (muito boa mesmo)
Revelação Masculina: Edu Krieger (gosto dele cantando, mas prefiro as composições)
Grupo Revelação: Fino Coletivo



Teatro

Espetáculo: My Fair Lady (não vi, mas gostei da amanda acosta em outras peças)
Diretor: Gabriel Villela/Salmo 91 (preciso ver)
Atriz: Renata Zhaneta/A Grande Imprecação Diante dos Muros da Cidade e Macbeth - A Peça Escocesa
Ator: Guilherme Weber/Educação Sentimental do Vampiro (o cara é bom mesmo. a peça nem tanto, mas gostei)
Autor: Fauzi Arap/Chorinho (caio blat na praça roosevelt)
Prêmio Especial da Crítica: Satyrianas (ivam cabral, o louco do teatro)
Prêmio da Crítica: Bibi Ferreira
.
.
.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

quarenta e cinco

.
.
.
este é o número de dias que separam passos e pegadas nas ruas sujas da américa do sul de passos e pegadas nas ruas sujas do velho continente. porque é tudo igual.

e tudo diferente.
.
.
.

sábado, 8 de dezembro de 2007

fabiana cozza

a primeira vez que vi fabiana cozza foi no bem brasil, quando ainda era gravado no sesc interlagos. para minha surpresa, lá estava meu professor de percussão, tocando com ela. ao vivo mesmo, só em julho de 2006, no prêmio visa, lá no sesc vila mariana. na verdade só fui lá pra ver um colega, o celso sim, que também ia interpretar algumas canções concorrentes do compositor mário sève. neste dia ela cantou uma música do leandro medina, que confesso, me deixou dividido na hora de votar. ela cantou tão bem, tão emocionada, com tanta técnica. e a música é tão fina, deliciosa. se eu não me engano, ela dividiu uma música com a ceumar. sim, acho que foi isso. bom, a tal música do leandro medina chama-se xangô te xinga e ficou martelando na cabeça por muito tempo, mas nunca tinha achado nada, nem na internet. [na verdade não sei se foi esta música, mas se não foi, tudo bem]

pra encurtar a história, a música não ganhou o prêmio, mas ouvi o cd (o samba é meu dom) e fiquei fã de fabiana.

outro colega, o marcelino, chamou pra vê-la num shopping ao lado de casa e fui. inesquecível show com joão bosco.

depois teve o lançamento dos cantos negreiros no meio do ano e recentemente, a balada literária e a roda de samba no ó do borogodó.

suficiente para gostar cada vez mais.

.

fabiana cozza, xangô te xinga

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

poema-não-poema


um dos poemas mais bonitos que li.
tão simples que nem parece poema.
tão complexo que nem parece simples.
tão sonoro que parece música.
e foi feito pra mim.


[antes de mais nada, isto não é um poema, é um rol emotivo de alguém que evita derramamentos]


esse menino

fantasiando de ser adulto triste
e com algum talento real para amargura

(que eu espero sinceramente que não desenvolva)


meu ouvinte silencioso
meu cometa
meu eclipse
meu interregno
meu animal de estimaçao não domesticado


pessoa sem fórmula
e que se lança no mundo com falsa indiferença
e querendo viver mais
(sem saber que a vida é precária, tao aquém das nossas carências)
que me espera com o perdão da minha vida cheia de atrasos
(por que eu sofro de angustia e as exatidões me desconsertam)
que tolera essas minhas ausências terminais


e me faz feliz

(quase sempre)
porque desconfio das alegrias instantâneas
é uma foto polaroide
uma nova e ansiada aquisição que nos faz feliz
e mente com delicadeza que eu acabo acreditando
mas leva a sério mais do que deveria o que sou ou desejo ser


no fim das contas,
um ganho enorme nesta minha vida provisória
e desconfio

que deveria ter chegado antes

.

.

.

amy winehouse no grammy


.


não sei quão legítima uma indicação ao grammy possa ser ou representar.


mas que eu falei que ela era boa, falei.


e ela recebeu seis indicações para o prêmio, é mole?


ok, se entender um pouquinho de inglês (ou pegar a tradução desta música), vai ver que a letra não é tão agradável quanto o som. ela fala de drogas, reabilitação e tal. tem gente que diz que é marketing. será?


mas o que acho interessante, sendo marketing ou não, é que ela transforma os problemas em música. e música boa!


tentei postar o clipezinho mais comercial dela, mas não consegui, então posto este, um tanto trash, but´s ok.
.
.
.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

belas canções

hoje e amanhã, no sesc vila mariana, tem apresentação de celso sim* e diogo poças**, no show 'belas canções'. eles cantam músicas de dolores duran, dorival caymmi, zé keti, ismail silva, entre outros.

e ainda tem participação especial de luiza dvorek (hoje) e da céu (amanhã).

às 20h30, de r$3 a r$12.

*celso sim é compositor e ator do teatro oficina. ganhou o prêmio shell de melhor música (junto com o tom zé e zé miguel wisnik) pelo trabalho realizado em os sertões, de zé celso.

** diogo poças toca piano desde pequeno, estudou regência, canto lírico e parece que se especializou em samba e choro.

vale muito a pena.
.
.
.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

um sábado comum



sábado


[manhã]
oficina (concorridíssima) de projetos culturais na ação educativa [pessoas muito bacanas, quase todas de comunidades periféricas, a maioria negra. pessoal comprometido em contribuir com a sociedade sem nenhuma pretensão de lucro financeiro. a oficina termina em 12 de janeiro]


[tarde]
_queria ver um mp3.
_mp tleis? leva logo um mp quatlo...
_ué, por quê?
_porque é cento cinco e vê video.
_cento cinco? que é isso?
_cento cinco leais.
_ah, é o preço, 105 reais?
_é.
_ah, deixa eu testar então.
(5 tentativas depois de tentar 'vê video'....)
_moço... leva mp tleis mesmo...
_ok, acho que vou comprar só a mochila.


[tarde 2]
sem querer, acabei no meio de uma passeata na avenida paulista. não era a marcha pra jesus, nem parada gay. era a passeata superAção - incluindo diferenças em defesa dos direitos humanos, aproveitando o dia da luta contra a aids e o dia da pessoa com deficiência física. centenas de pessoas com cadeira de rodas cantando, dançando, muito legal. teve até show punk. e vi, pela primeira vez um cachorro sem a patinha detrás, numa espécie de cadeira de rodas canina.


[tarde 3]
_queria ver uma calça tamanho 42.
_pra você?
_anrran
_hmmm, acho que não serve...
_serve sim.
_bom, por precaução vou trazer uma 44 pra você ver, ok?

***
_e aí, sr. l****, ficou boa a calça?
_então... a 44 sim...


[tarde pra noite]
oficina de pintura de capa de livro no sesc avenida paulista. isso mesmo... é um projeto em conjunto dos coletivos eloisa cartoneira, da argentina e dulcinéia catadora, do brasil. eles compram papelão de catadores de lixo e transformam a capa com uma pintura única. vários autores já publicaram seus livros neste sistema, entre eles, xico sá, glauco mattoso e outros. nesta oficina, a gente tinha de desenhar a capa do catálogo da mostra sesc de artes, que acabou ontem. veja minha capa... fala aí, artista, né?! até recebi uma análise da 'obra' por uma artista plástica que estava lá...


minha capa, frente



minha capa, trás


[noite]
lançamento da sétima edição do jornal de poesia o casulo, na casa das rosas. apenas dez minutos lá porque ainda tinha que ver a apresentação da super dançarina e quase psicóloga, vanessa porcino, minha amiga, lá no teatro da dança, no edifício itália.


[noite 2]
meia hora antes do espetáculo e o aviso de que os ingressos estavam esgotados. tudo bem, ainda tem outras apresentações.


[noite 3]
aula de zouk e de samba rock na galeria olido. não. não participei da aula pois não levo o menor jeito pra coisa, mas sempre que passo por lá gosto de parar e ficar observando aquele povo na chamada 'vitrine da dança'. comédia.
.
.
só isso.
.
.
.

sábado, 1 de dezembro de 2007

cucurrucucu paloma, tomáz mendez - uma das músicas mais tristes e bonitas da face da terra


.



"nao é para CONTAR comigo mesmo" *



[estes dias, conversando sobre blogues e orkut com um amigo, o mesmo disse que estas ferramentas são apenas uma vitrine para expôr as coisas boas que acontecem conosco. uma espécie de projeção de vitórias, uma exaltação ao ego. este post mostra o contrário]



* frase recebida pelo msn

.

.

.