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sábado, 29 de setembro de 2007

post sem título para um dia confuso


e o que era pra ser apenas uma festa de despedida ao som de rock and roll dos anos 50 terminou num poste de sinalização amassado, tarde em hospital com direito a raios-x cranianos e dipirona na veia, arranhões aqui e ali, ponto na cabeça da amiga, prejuízo financeiro para o amigo e outras coisas que não precisam ser ditas porque não tenho vocação para jornalismo do tipo datena.

só tenho mais uma coisa a dizer pois saio dessa com uma certeza.

tenho muita coisa pra fazer neste mundo e agora, mais do nunca, é que não paro.

coisas magníficas vão acontecer, mas tudo a seu devido tempo.

é ver pra crer.
ou
vice-versa.
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e sim, meus caros amigos ateus, deus existe.
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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

roberta sá





"todo santo dia, ela ia, ela ia lá me chamar...."
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que belo estranho dia pra se ter alegria

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este é o título do novo cd da roberta sá, lançado ontem.

enquanto não chegam as fotos - que não podiam ser tiradas - e os vídeos - que não podiam ser gravados - digo apenas que foi um show bonito demais.

porque ela, a roberta, canta bonito demais.
e ela é bonita demais.
e só canta música boa.
samba e bossa.

e aquele teatro, o fecap, tem uma acústica surpreendente.
e dá pra ver e ouvir bem de qualquer lugar.

e porque meu amigo eduardo, quem me apresentou a roberta, também estava lá (e tirou as fotos proibidas que ainda não chegaram e não gravou minha música preferida - 'ah, se eu vou', do lula queiroga - porque acabou a bateria).

e porque eu ouvi roberta, com aquele sotaque potiguar-carioca, cantando 'pelas tabelas', do chico, 'a vizinha do lado', do caymmi, 'casa pré-fabricada', do camelo, 'no braseiro', do pedro luís (sem a parede) e a novíssima 'belo estranho dia de amanhã', também do queiroga, que posto aqui.
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notícias perderão todo controle dos fatos
celebridades cairão no anonimato
palavras deformadas
fotos desfocadas
vão atravessar o atlântico
jornais sairão em branco
e as telas planas de plasma vão se dissolver
o argumento ficou sem assunto

vai ter mais tempo pra gente ficar junto
vai ter mais tempo pra enlouquecer com você
vai ter mais tempo pra gente ficar junto
vai ter mais tempo pra enloquecer

os políticos amanhecerão sem voz
o outdoor com as letras trocadas
dentro do banco central
o pessoal vai esquecer como é que assina
a própria assinatura

e os taxistas já não sabem que rua pegar
que belo estranho dia pra se ter alegria

eu respondo e pergunto

é só o tempo pra gente ficar junto
é só o tempo de eu enloquecer com você
é só o tempo pra gente ficar junto
é só o tempo de eu enlouquecer
alarmes já pararam de apitar
o telefone celular descarregou
o aeroporto tá sem teto
e a moça da tv prevê
silêncios e nuvens
a firma que eu trabalho faliu
e o governo decretou feriado amanhã no brasil

será que é pedir muito?

é só um jeito da gente ficar junto
é só um jeito de enlouquecer com você
é só um jeito da gente ficar junto
é só um jeito de enlouquecer com você

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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

mudanças na língua portuguesa


esta semana rolou um evento para discutir o acordo de mudanças na nossa língua. na real este acordo começou lá atrás, em 1945. mudaram algumas coisas, outras ficaram para os anos 1970 e, desde 2004 está um tremenda enrolação. tudo porque para que ocorram as mudanças é necessário que os países lusófonos concordem.

eis que nosso querido país explorador, quer dizer, descobridor, não concorda. eles não querem deixar de escrever facto, por exemplo, em vez de fato....

maaaas os outros concordaram e realmente as mudanças virão. isso em 2008, com dois anos de adaptação.

este evento, que reuniu mais de 500 pessoas em plena segunda-feira de manhã, foi engraçada. tinha um monte de gente interessada em saber das conseqüências (a partir de 2008 escreverei 'consequências' sem o trema...) de tal mudança. alguns acadêmicos metendo o pau na linguagem da internet, nos blogues, no orkut. outros dizendo que será um enorme prejuízo porque será necessária a reedição de livros didáticos e dicionários, etc, etc...

eu acho o seguinte. se o cara vai fazer uma cirurgia e tem que abrir a barriga, por exemplo, por que não aproveita para mexer em tudo que está podre, para aproveitar o corte e a anestesia?

por exemplo: já que vai mudar mesmo, por que não se unificam os porquês? podia ser tudo porque ou por que. e não porquê, por que, porque e por quê...... que saco!

veja as principais mudanças...


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hífen


não se usará mais:

1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom". exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"

2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada"

trema

deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados

acento diferencial

não se usará mais para diferenciar:

1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)

2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)

3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo")

4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo)

5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica)

alfabeto

Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y"

acento circunflexo


não se usará mais:

1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. a grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"

2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo"

acento agudo

não se usará mais:

1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia"

2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca"

3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i". com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem

grafia

no português lusitano:

1. desaparecerão o "c" e o "p" de palavras em que essas letras não são pronunciadas, como "acção", "acto", "adopção", "óptimo" -que se tornam "ação", "ato", "adoção" e "ótimo"

2. será eliminado o "h" de palavras como "herva" e "húmido", que serão grafadas como no Brasil -"erva" e "úmido"
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[ ah, podiam tirar também AS LETRAS MAIÚSCULAS......]
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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

exclusão social


ouço muito falar de inclusão social.

será que sou incluído socialmente só porque tenho emprego e um computador com acesso à internet?

ou porque estudei?

se eu der um computador a um favelado ele será um incluído socialmente?

será que é tão bom assim ser incluído nesta sociedade?

bom...

alguém me explica como faço pra me excluir?

obrigado.
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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

t.s. eliot, quatro quartetos


abaixo, o primeiro trecho de east cocker, que faz parte dos quatro quartetos de t. s. eliot.

eliot é o cara.

apesar de ter nascido nos estados unidos, é britânico e sua poesia é o que há de melhor na literatura inglesa. (ok, não conheço tudo da poesia inglesa, nem européia, mesmo assim ele continua sendo o cara)

mais abaixo, o poema em inglês que é tão quase mais bonito que em português...

mais abaixo ainda, em espanhol (sim. há diferenças de idioma pra idioma e isto é o máximo, quando se trata de poesia...)
...
...

em meu princípio está meu fim. em sucessão
as casas se levantam e tombam, desmoronam, são ampliadas,
removidas, destruídas, restauradas, ou em seu lugar
irrompe um campo aberto, uma usina, um atalho.
velhas pedras para novas construções, velhos lenhos
para novas chamas,
velhas chamas em cinzas convertidas, e cinzas sobre
a terra semeadas,
terra agora feita carne, pele e fezes,
ossos de homens e bestas, trigais e folhas.
as casas vivem e morrem: há um tempo para
construir
e um tempo para viver e conceber
e um tempo para o vento estilhaçar as trêmulas
vidraças
e sacudir o lambril onde vagueia o rato silvestre
e sacudir as tapeçarias em farrapos tecidas com a
silente legenda

em meu princípio está meu fim.
agora a luz declina
sobre o campo aberto, abandonando a recôndita
vereda cerrada pelos ramos, sombra na tarde,
ali, onde te encolher junto ao barranco enquanto
passa um caminhão, e a recôndita vereda insiste
rumo à aldeia, ao aquecimento elétrico
hipnotizada. na tépida neblina, a luz abafada
é absorvida, irrefratada, pela rocha grisalha.
as dálias dormem no silêncio vazio.
aguarda a coruja prematura.

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in my beginning is my end. in succession
houses rise and fall, crumble, are extended,
are removed, destroyed, restored, or in their place
is an open field, or a factory, or a by-pass.
old stone to new building, old timber to new fires,
old fires to ashes, and ashes to the earth
which is already flesh, fur and faeces,
bone of man and beast, cornstalk and leaf.
houses live and die: there is a time for building
and a time for living and for generation
and a time for the wind to break the loosened pane
and to shake the wainscot where the field-mouse
trots and to shake the tattered arras woven with a silent motto.

in my beginning is my end.
now the light falls
across the open field, leaving the deep lane
shuttered with branches, dark in the afternoon,
where you lean against a bank while a van passes,
and the deep lane insists on the direction
into the village, in the electric heat
hypnotised. In a warm haze the sultry light
is absorbed, not refracted, by grey stone.
the dahlias sleep in the empty silence.
wait for the early owl.

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en mi comienzo está mi fin, en sucesión
se levantan y caen casas, se desmoronan, se extienden,
se las retira, se las destruye, se las restaura,
o en su lugar hay un campo abierto, o una fábrica, o una circunvalación.
vieja piedra para edificio nuevo, vieja madera para hogueras nuevas,
viejas hogueras para cenizas, y cenizas para la tierra, que ya es carne,
piel y heces, hueso de hombre y animal, tallo y hoja de maíz.
las casas viven y mueren, hay un tiempo para construir
y un tiempo para vivir y engendrar,
y un tiempo para que el viento rompa el cristal desprendido
y agite las tablas del suelo donde trota el ratón de campo,
y agite el tapiz hecho jirones con un lema silencioso.

en mi comienzo está mi fin.
ahora cae la luz a través del campo abierto,
dejando la hundida vereda tapada con ramas, oscura en la tarde,
donde uno se apoya contra un lado cuando pasa un carro,
y la vereda hundida insiste en la dirección hacia la aldea,
hipnotizada en el calor eléctrico.
en cálida neblina, la sofocante luz es absorbida, no refractada,
por piedra gris, las dalias duermen en el silencio vacío,
esperad el búho tempranero.
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t.s. eliot


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

que a chama não tem pavio



por que se chamava moço
também se chamava estrada
viagem de ventania
nem lembra se olhou pra trás
ao primeiro passo, aço, aço....


por que se chamava homem
também se chamava sonhos
e sonhos não envelhecem
em meio a tantos gases
lacrimogênios
ficam calmos, calmos


e lá se vai mais um dia...


e basta contar compasso e basta contar consigo
que a chama não tem pavio
de tudo se faz canção
e o coração
na curva de um rio, rio...


e o Rio de asfalto e gente
entorna pelas ladeiras
entope o meio fio
esquina mais de um milhão
quero ver então a gente, gente, gente...




[uma amiga mandou trecho desta música, do milton nascimento e irmãos borges, ontem e conversamos bastante sobre o lance de muitas pessoas quererem mudar, sair, fugir, partir... por que será que a maioria das pessoas não está contente com sua própria vida? digo, muitos estão contentes, mas se lhes fossem oferecidas chances de mudar eles mudariam... por que será?]
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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

tudo isso pra quê?








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e tem gente que ainda acredita que votar é um direito e que, com isso, estaremos contribuindo com um futuro melhor
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quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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ele a questionou sobre o porquê das relações modernas estarem tão superficiais, sobre a vida em comunidade retratada na bíblia, no livro de atos, sobre o desperdício de energia na torre eifel, em paris, sobre os ovos de chocolate vendidos na páscoa e a ilusão hereditária das crianças em acreditar nos coelhinhos e no papai-noel, e de tanto dinheiro gasto com presentes de aniversário, presentes de natal, presentes do dia dos namorados, presentes do dia dos pais e das mães, quando na verdade o que ele queria era um abraço e que ela o olhasse nos olhos, que ela o beijasse e esquecesse por um minuto da escova progressiva que faria no dia seguinte, do sapato alto de cor rosa igual da prostituta da novela e da promessa que ela tinha de pagar em aparecida do norte porque conseguira emagrecer quinze quilos em quinze dias, seguindo o conselho da revista e parasse de criticá-lo por criticar tanto os prazeres proporcionados pelos presentes, pela vontade de ficar bela e por acreditar nos coelhinhos ou na aparecida, mas sabia que na verdade, tudo o que ela fazia era para ele e, para ele, nada disso importava, nem mesmo o beijo, o olho no olho ou os presentes de natal porque o que ele queria era a outra.
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domingo, 9 de setembro de 2007

feriado cinematográfico

há milhares de maneiras de se aproveitar um feriadão. a minha foi esta:



a malvada, 1950, joseph l. mankiewicz


ninotchka, 1939, ernst lubitsch

viridiana, 1961, luis buñuel



a regra do jogo, 1939, jean renoir


repulsa ao sexo, 1964, roman polanski


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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

quando é preciso voltar




"fui à floresta porque queria viver livre. eu queria viver profundamente, e sugar a própria essência da vida... expurgar tudo o que não fosse vida; e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido"


este verso de henry david thoreau ficou famoso no filme 'sociedade dos poetas mortos'.


mas,


às vezes é preciso questionar a floresta.
às vezes é preciso saber se a floresta liberta ou aprisiona.
às vezes é preciso saber o momento certo de voltar da floresta...
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terça-feira, 4 de setembro de 2007

posso segurar sua mochila?


o bom de pegar o mesmo ônibus no mesmo horário e no mesmo ponto todos os dias é que você acaba conhecendo pessoas e a viagem para o trabalho que é tão estressante se torna mais light. quem vai sentado senta no mesmo lugar. quem vai de pé escolhe sempre o mesmo lado. é incrível. aí rolam uns acenos daqui, uns 'bom dia' dali, um 'posso segurar sua mochila?' ali...

eu quase não peço para segurar bolsas porque tenho trauma. uma vez eu pedi à uma senhora se ela queria que eu segurasse suas sacolas e ela respondeu um 'não' tão enfático que parecia que eu a estava assaltando. fiquei com medo, mas acho que já sei qual a melhor tática para evitar constrangimentos.

confira:

se você estiver sentado e alguém com bolsa estiver perto de você faça o seguinte: primeiro olhe pra ela até ela olhar pra você. então olhe pra bolsa, volte o olhar pra pessoa e disfarce. repita a operação e se na segunda vez que voltar o olhar pra pessoa, ela estiver olhando pra você, é batata. pode pedir pra segurar que ela quer.

agora, se você estiver em pé e quer que o sentado peça para segurar sua bolsa faça o seguinte. olhe para o sentado com cara de cansaço. mexa na bolsa, como que se estivesse o incomodando. olhe novamente para o sentado até ele olhar para você. quando ele olhar, mexa na bolsa de novo. também é batata. ele vai pedir pra segurar.

só não tente forçar as coisas, jogando o mochila na cara do sentado. nem tente pegar a força a bolsa do de pé.

deixe rolar e boa viagem.
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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

parabéns pra mim


mais uma semana que se inicia com mais perguntas que respostas. semana da pátria, dia da independência. todas essas coisas me deixam irritado. calma pessoas, juro que não sou tão chato assim.


ultimamente só tenho criticado e já estou me tornando repetitivo. mas como não criticar? tá tudo tão péssimo. como vou comemorar a independência do brazil? nosso país, desde a data do achamento, que dizem ter acontecido em 1500 d.c., nunca foi independente, sempre teve donos.

tá vendo? me empolguei e já ia começar meter o pau em tudo de novo. mas não vou.


hoje é um dia especial e eu devia estar feliz e comemorando. e estou. pena que é um motivo individual e não posso compartilhar com mais ninguém. queria que todos tivessem o mesmo motivo pra comemorar, mas...

então, parabéns pra mim.
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