Páginas

sábado, 12 de setembro de 2009

dinossauros / @nfíbios - encontro virtual


logo mais, às 18h, vou participar de um evento muito bacana (muito mesmo). não sei até que ponto é novidade, mas será um encontro internacional virtual de literatura com chats, debates, videos, fóruns, leituras, arquivo de textos acadêmicos, poesias, second life, enfim, uma experiência que une novas tecnologias de informação e literatura.

além do chat, às 18h, eu participo do 'núcleo de literatura e educação' com um artigo que escrevi como trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em mídia, informação e cultura, que terminei este mês lá na usp.

para participar do evento, basta se cadastrar no site dinosanfibios.ning.com e explorar os espaços por lá.
.
.
.

PROGRAMAÇÃO

CHAT ABERTO: dias 12 e 13 de setembro, sábado e domingo

Debate público

Horário GMT: 18h (duração de 2 horas)

Algumas conversões: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio

em que se discutirá o seguinte:

.TEMAS

i. A formação e deformação de um leitor − por Rodrigo Petronio - leia aqui (DIA 13); ii. Da literatura à educação − por Emanuelle Santos (DIA 12); iii. A didática pelos quanta − por Márcio-André - leia aqui (DIA 13); iv. Novas formas de ler, escrever e interagir − por Lucas Guedes - leia aqui (DIA 12)

POSTAGEM
de fragmentos e textos diversos relacionados ao tema
Fábio Brazil - [aqui]; Galeno Amorim [participação por meio do chat - no dia 13]; Josca Ailine Baroukh; Luiza Christov [participação por meio do chat - no dia 13]; Marta Pinto Ferraz
e também das outras atividades:

*Importante: verificar sempre o horário de tu ciudad!

Dia 12: temas de Emanuelle Santos e Lucas Guedes
Dia 13: temas de Márcio-André e Rodrigo Petronio. Participação especial de Galeno Amorim.
Para participar do chat e das demais discussões: é preciso registrar-se, com o e-mail, em http://dinosanfibios.ning.com


Leituras e participaciones por Video: (intercaladas na programação)
Poetas confirmados: Alan Mills (Guatemala), Eduardo Jorge (Brasil), Elena Medel (Espanha), Fabio Weintraub (Brasil), Héber Sales (Brasil), Jessica Freudenthal (Bolivia), Lorena Saucedo (México), Maiara Gouveia (Brasil), Marcelo Sahea (Brasil), Marília Garcia (Brasil), Nurit Kasztelan (Argentina), Pádua Fernandes (Brasil), Reynaldo Jimenez (Argentina), Rodolfo Häsler (Espanha), Valeria Meiller (Argentina) e Yaxkin Melchy (México).

Transmissões ao Vivo: Ana Rüsche, Felipe Sentelhas, Maurício Schuartz e Rafael Daud.


SÁBADO | 12 de septiembre

Núcleo Second Life | Coordenação: Alejandro Méndez e Fabio Aristimunho
Convidados: Timo Berger, Mariano Mayer, Joaquín Valenzuela, Natalia Fortuny, Gael Policano Rossi, Cecilia Pavón, Marina Mariasch, Noelia Vera.
Local: The Wastelands - The Great Fissure
Leitura: 17h GMT (duração de 1 hora) Algumas conversões*: 11h em Guatemala City, 14h em Buenos Aires e Brasília; 18h em Lisboa e Luanda, 19h em Berlim, 01h em Tóquio

Núcleo Novas Fronteiras do Poético | Coordenação: Andréa Catropa, Erica Zingano e Renan Nuernberger
CHAT - 17h GMT (duração de 1hora) Algumas conversões*: 13h em Guatemala City, 16h em Buenos Aires e Brasília; 22h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 3h em Tóquio

Núcleo Educação e Leitura | Coordenação: Emanuelle Santos, Lucas Guedes, Maiara Gouveia, Márcio-André e Rodrigo Petronio
Convidados: Fábio Brazil, Galeno Amorim, Josca Ailine Baroukh, Luiza Christov (a confirmar) e Marta Pinto Ferraz
CHAT - 21h GMT (duração de 2 horas) Algumas conversões*: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio


DOMINGO | 13 de septiembre

Cânone y Critica | Coordenação: Dirceu Villa e Ricardo Domeneck
CHAT - 14h GMT (duração de 1hora) Algumas conversões*: 8h em Guatemala City, 11h em Buenos Aires e Brasília; 15h em Lisboa e Luanda, 16h em Berlim, 22h em Tóquio

Meu Corazón no tiene Copyrights | Coordenação: Guilherme Almeida e Renata Ávila
CHAT - 16h GMT: 16h (duração de 1hora) Algumas conversões*: 10h em Guatemala City, 13h em Buenos Aires e Brasília; 17h em Lisboa e Luanda, 18h em Berlim, 0h em Tóquio

Núcleo Second Life | Coordenação: Alejandro Méndez e Fabio Aristimunho
Convidados: Timo Berger, Mariano Mayer, Joaquín Valenzuela, Natalia Fortuny, Gael Policano Rossi, Cecilia Pavón, Marina Mariasch, Noelia Vera.
Local: The Wastelands - The Great Fissure
LEITURA: 17h GMT (duração de 1 hora) Algumas conversões*: 11h em Guatemala City, 14h em Buenos Aires e Brasília; 18h em Lisboa e Luanda, 19h em Berlim, 01h em Tóquio

Núcleo Educação e Leitura | Coordenação: Emanuelle Santos, Lucas Guedes, Maiara Gouveia, Márcio-André e Rodrigo Petronio Convidados: Fábio Brazil, Galeno Amorim, Josca Ailine Baroukh, Luiza Christov (a confirmar) e Marta Pinto Ferraz
CHAT: 21h GMT (duração de 2 horas) Algumas conversões*: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio

.
.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

bobagens, meu filho, bobagens

senti no seu olhar tanto prazer
posso esperar tudo com você
e olha que te vi de passagem
mas pensei: forte broto na cidade

só sei que estava pronto pra te encontrar
passei do ponto de querer voltar
dessa bárbara viagem
bateu paixão radical sem margem

então vem
sorri porque nós dois
estamos só de passagem
pelas cidades desse mundo
então vem
vem e me ama
por uns momentos profundos

e o resto?
bobagens, meu filho, bobagens

bobagens, meu filho, bobagens
tolices, criancices

[antonio cícero e marina lima]

caetano veloso, disco 'uns', 1983

.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

a arte do chá

a arte do chá

ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silêncio
comigo

ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo

paulo leminski


[curitiba, 2006 - relógio das flores]

domingo, 6 de setembro de 2009

um outro dia

porque a vida é assim mesmo. um dia a gente bebe demais ou se droga demais e sai falando, fazendo besteira e trocando as letras das músicas e hinos nacionais. a gente diz que ama, mas não ama. a gente tá de mal com o mundo e desconta em quem não tem nada a ver com o pato. a gente fica bravo e magoa quem mais nos quer bem e valoriza quem nos quer apenas por interesse. a gente é atraído por um desejo e trai quem está do nosso lado. a gente expulsa de casa, da vida, pede distância.

mas aí, no outro dia a gente já esqueceu tudo. a gente finge que nada aconteceu e quer cantar, falar, escrever coisas boas. a gente quer beijar e sair e deitar, dançar. a gente fala que ama e ama mesmo. a gente abraça e não larga por nada. a gente não deixa sair no meio da noite fria e pede pra ficar daquele jeito, no encaixe perfeito. o problema é que às vezes o outro cansa. aí, pode ser tarde demais e a gente se f*.
.



.
.
.
taí a vanusa neste show pouco antigo, com seu mesmo vestido azul, num outro dia, pra provar isso tudo. e eu só posso desejar uma bela manhã de setembro a todos, mesmo que chuvosa, mas ainda assim, uma bela manhã.
.
.
.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

cursinho pré-vida


rio tejo, fevereiro de 2008

nunca fiz cursinho pré-vestibular porque nunca quis estudar numa universidade pública. hoje não penso mais assim, lógico, mas na época em que meus amigos se preparavam para entrar na usp, eu era influenciado a trabalhar, trabalhar, trabalhar, então fui fazer cursos técnicos (processamento de dados, administração, contabilidade). e com minha mentalidade voltada ao trabalho eu pensava que era idiotice atravessar a cidade de ônibus durante duas horas e meia para estudar na usp, enquanto eu podia estar na unicsul em 10 minutos. mas agora já foi e eu estava falando sobre cursinho.

falo disso porque estes dias fui trabalhar no sesi sorocaba, na gravação da peça 'o pássaro azul' e tem uma cena em que as personagens principais vão parar num lugar onde os bebês ficam antes de nascer, uma espécie de cursinho pré-vida. e fiquei imaginando se existisse mesmo algum curso que nos ensinasse a viver. seria bom? haveria menos problemas? cometeríamos menos erros? saberíamos escolher a profissão ideal, o relacionamento ideal, a casa ideal? escolheríamos o país ideal pra nascer?

aí percebo que tudo isso é bobagem. acredito que todo mundo é insatisfeito com alguma coisa, não é possível que alguém seja plenamente feliz e realizado o tempo todo. ou talvez seja, sei lá, mas nestes quase trinta anos de vida, ainda não conheci ninguém assim. por um lado, creio eu, esta insatisfação pode ser boa à medida que buscamos sempre mais. por outro, vira aquela coisa chata, reclamona, que ninguém aguenta e olha que eu sou o melhor exemplo disso, pois estou sempre insatisfeito com tudo.

e então fico pensando como teria sido melhor não ter ido àquela festa, não ter respondido aquela mensagem ou não ter conhecido aquela pessoa. como seria melhor ter se dedicado mais àquele projeto ou ter se mudado de vez para o outro país, ter juntado alguma grana... mas a realidade é esta, não há cursinho pré-vida. a gente vive, erra, acerta, sofre, aprende, ri e vai quebrando algumas regras básicas aprendidas na escola em que, na matemática dois mais dois não são quatro, na física dois corpos podem muito bem ocupar o mesmo lugar no espaço e na gramática, um ponto final pode ser apenas uma virgula,

ou vice-versa
.
.
.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

gatos

trotsky

bjork, mais conhecida como 'vaca'

estes dias eu recebi a seguinte mensagem: "o trotsky morreu". trotsky era um gato que eu dei de presente num dia dos namorados. lembro bem o trabalho que deu pra achar aquele bicho meio amarelo, meio laranja, um filhote de tigre. mas valeu a pena, apesar d´eu nem gostar de gato naquela época. mas ele, infelizmente se foi. viveu até a sétima vida, imagino. enfim...

agora eu tava no quarto, cansado, depois de um dia punk como todos têm sido, e entra a bjork. ela chegou, abriu a porta do guarda-roupa, apoiou-se na gaveta e deitou em cima de uma blusa minha. dormiu e dorme em paz ali, esta gata tão briguenta, que tanto me arranhou e mordeu, mas responsável por despertar em mim, um amor por todos os bichanos do mundo.

e lembro bem do dia em que a trouxe pra casa. fui procurar um bicho pra minha mãe e soube de uma mulher que estava doando. quando cheguei na casa dela, havia uns seis filhotes e ela pulou no meu colo assim que cheguei. na verdade foi ela quem me escolheu. como estou sem máquina pra registrar este momento de agora, resgato uma foto dela toda encolhida no sofá de casa. é assim que ela dorme, como eu, exatamente como eu vou fazer assim que publicar este post.
.
.
.

domingo, 30 de agosto de 2009

hino nacional - versão vanusa

.
.


[daí que um amigo meu manda esta notícia que saiu no G1, diz que conhece pessoalmente a cantora e que ela está muito triste com a repercussão do video. então apago meu deboche, mas deixo aí as imagens. quem sou eu pra julgar, mas que este país está cada vez mais uma piada pronta... ah, está....]
.
.
.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

eu menti pra você



eu sou uma pessoa má
eu menti pra você
você não podia esperar
ouvir uma mentira de mim.
que pena eu não sou o que você quer de mim.

se você tiver que escolher
entre você e o seu amor
você escolhe quem?
você escolhe quem?

se você tiver que escolher
entre você e o seu amor
your love, your love, your love.

talvez o tempo possa me livrar da culpa
que eu não sei se vem de mim
ou da cruz de jesus

mas eu tenho ainda um grande amor pra te dar
quero saber se você aceita ele como for

my love is your love

(karina buhr)
.
.
.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

paris, te amo

[e neste blog-quase-fotolog-quase-videolog, um texto antigo, escrito num caderno que achei fuçando numas coisas velhas. foi escrito dentro do trem eurostar, debaixo do canal da mancha entre frança e inglaterra, no dia 17 de fevereiro de 2008...]



ninguém iria me acompanhar naquele passeio. "muito chato seu roteiro, lucas", disseram aqueles amigos que eu acabara de conhecer uma noite antes, na estação de trem que nos levaria de londres à paris. "nós queremos andar de taxi, fazer compras, subir na torre eiffel, na igreja de notre dame, conhecer os cabarés parisienses". eu diria ok, me despediria e sairia cedo do hotel após um belo banho de banheira e andaria sem pressa por umas ruas equisitas e estreitas, muito parecidas com aquelas que tinha visto numa mostra de cinema nouvele vague.
*
eu aproveitaria a greve do metrô para ir de um canto a outro da cidade sem pagar nada por isso, contemplaria uma garota jovem tocar violino numa praça próxima à champs elisée e pediria aos transeuntes que tirassem fotos minhas com estátuas. eu comeria crepe sentado no chão, observando as pessoas francesas pois não era um fim de semana, então seria fácil ver franceses de verdade pelas ruas, não apenas turistas encantados com la tour eiffel. eu passaria algumas horas no louvre e outras cemitério de montparnasse, onde moram gainsbourg, cortázar, sartre e simone, baudelaire. eu nunca li baudelaire.
*
na saída do cemitério, eu seria cantado pelo jovem porteiro que pediria meu telefone e eu diria que não tinha. mais tarde, eu sairia para jantar sozinho e encontraria, por coincidência duas brasileiras num café em frente ao cabaré que meus amigos estavam. eu os veria sairem de lá, mas eles não me veriam, pois eu não queria muito papo com eles. eu passaria num mercado e compraria vinho e duas baguetes.
*
eu andaria pelo centro parisiense às 3h da manhã e iria até o trocadero. perceberia que de lá é que são feitas as melhores fotos da torre eiffel e conheceria um ator colombiano que pediria para eu fotografá-lo. ficaríamos colegas e iríamos juntos até o bairro montmartre, frequentado por lautrec, monet, renoir e prostitutas de todos os preços. tiraríamos fotos em frente ao moulain rouge e, depois de visitar sex-shops de quatro andares, conheceríamos pessoas interessantes que dividiriam uma das baguetes sentadas nas escadas no metrô, antes de cada um seguir seu rumo.
*
novamente sozinho, eu tiraria fotos de ruas e de teatros e de cinemas e de casas de espetáculos onde edit piaf cantava. eu tomaria um café no café em que edit piaf tomava café e compraria uma heineken no bar em que gainsbourg encontrava brigitte bardot e depois jane birkin. eu passaria pela estação gare du nord, onde buñuel gravou cenas desse obscuro objeto de desejo. eu presenciaria uma briga no metrô em belleville e tiraria fotos de um velho casal que sairia feliz não-sei-porque por de trás do prédio da comédie française. eu sentaria da escadaria da ópera francesa e me lembraria de um fantasma, aquele famoso.
*
eu chegaria no hotel à pé, encontraria meus amigos acordados e entediados em seus quartos acessando o orkut. eu dividiria com eles meu pão e meu vinho e eles me contariam que o dia deles foi uma bosta, que não há nada demais lá em cima da torre eiffel além de vento, que no cabaré não havia mulheres nuas dançando kan-kan, que notre dame não tem graça, que o moulain rouge, pra eles, era apenas um musical da broadway e que eles nem sabiam da greve do metrô.
.
.
.

champs-elysées
montparnasse (sartre e simone)
onde edit piaf tomava café
moulain rouge com desconhecidos
gainsbourg
baguete.

domingo, 23 de agosto de 2009

porque eu gosto de caetano - edição 1145

.


.
roubei daqui
.

"Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina"
.
.
.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

achiropita, massas e maçãs...


e neste fim de semana fui à festa da nossa senhora da achiropita, tradicionalíssissississima em são paulo. além de contemplar crianças nos escorregadores infláveis e ouvir 527 vezes as mesmas músicas italianas, é possível encontrar muita coisa pra comer, entre elas, algumas massas e maçãs, como as das fotos.





preguiça (ou) como seria melhor se não houvesse refrão, mas há...

.


preguiça imensa de comentar o caso recordXglobo, a prisão do dr. roger abdelmassih, a crise no senado, o depoimento da lina vieira, o trânsito de são paulo, a volta às aulas, a gripe suína, as eternas guerras no oriente médio, o déficit da bolsa de toquio, o jogo do corinthians com o botafogo, reality shows, o show da lily allen, o novo filme do coutinho, tudo, preguiça de tudo, tudo, tudo que tá nos jornais e que eu, como jornalista, preciso estar atento, mesmo trabalhando numa pequena redação de uma pequena empresa com três jornalistas focadíssimos em assuntos de saúde o dia todo, mas não me arrependo de ter estudado jornalismo e de trabalhar na comunicação interna de uma pequena empresa, apenas liguei o automático e sigo trabalhando de olhos fechados, às vezes pensando que poderia ter estudado qualquer outra coisa, educação física, engenharia ou moda, não importa, talvez eu estaria do mesmo jeito, batendo o cartão, fazendo uma hora de almoço, em frente ao computador com um porta-caneta do tate modern, um telefone, uma tonelada e meia de papéis, capuccino express no copo descartável e este fone de ouvido branco que só funciona de um lado e pelo qual agora ouço um pouquinho de britpop, rock e mpb, dançando mentalmente e com aquela estranha sensação de leveza e felicidade que aparece vezenquando, enquanto penso na pauta do próximo jornal interno, no aumento que pedi e não veio, nas minhas férias, no livro que acabei de ler, no artigo da pós-graduação que acabei de entregar, no projeto de literatura que quero seguir, no apartamento que quero alugar, naquele video do chet baker, na peça que não vi, no show que não vou, no sobrinho que vai nascer e naquele e-mail que recebi e ainda não respondi.
.
.
.

o jornalismo é a segunda profissão mais antiga*

celso freitas em duas versões. na globo e na record...




roubei daqui.
.
.
.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

condu[ss]ão


não conheço a lógica das ruas, por isso sempre me perco. não me dou bem com placas, sentido obrigatório, obstáculos na pista. não pare, não siga, não nada. tudo é proibido.

não respeito semáforos depois das dez da noite, nem a faixa de pedestre, seja lá o horário que for. não vejo lombadas que brotam do nada embaixo do meu carro e tropeço nas calçadas, mesmo aquelas sem buracos.

não sei ler mapas, nem traçar rotas.
não me guio por bússola, nem gê-pê-ésse.

na contra-mão, dirigo em marcha ré.
engato a primeira e lembro da época em que as buzinas cantavam beep-beep.

abro o caminho e bloqueio os cruzamentos, mas dou passagem aos gentis e sorrio para os que me fecham. prefiro seguir a ser seguido e ando sempre com farol alto e pisca alerta ligado.

dou carona, mas não peço. se tem trânsito, eu agradeço.

triângulo, macaco, step, não tenho mais nada.
procuro o acostamento, sem combustível.
por favor, uma informação:
como faço pra chegar em lugar nenhum?

deixo andar em ponto morto e não ultrapasso pela direita.

e paro em mim,
porque eu sou meu próprio estacionamento.
.
.
.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ENTER - ANTOLOGIA DIGITAL


e hoje é o lançamento de um dos projetos mais bacanas sobre práticas literárias na internet, o ENTER - ANTOLOGIA DIGITAL, sob curadoria da heloísa buarque de hollanda.

.
.
.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

eu (também) rio


copacabana
.
.
pra não dizer que não falei do rio, aproveito que recebi as fotos e escrevo algumas linhas sobre esta cidade que visitei mês passado. diferentemente das outras oportunidades em que estive lá, esta foi uma não-viagem, um ode ao rio do morro, sem leblon, sem barra, sem rocinha, sem cristo, mas rio. rio de comida boa, barata e bem servida nos botecos em que funcionários públicos reuniam-se para falar mal do sistema. rio de balada funk a R$2 e monobloco a R$60 no circo voador. rio de lapa, de beco do rato com pessoas queridas e aquele samba no pé, aquele que eu sei e gosto, dos bambas em volta da mesa de plástico.

rio de crenças, velas e prazer. rio de verão em pleno mês de julho, como uma concessão especial a uns paulistas branquelos na praia de copacabana. rio de cinema cult, sebo, garoa e pizza. rio-são-paulo num quarto de hotel com vista para prédios, não praias. rio do hotel com café da manhã tímido cujas frutas não iam para a mesa, mas para os bolsos prevendo matar aquela fome da tarde sem gastar nem mais um tostão. "paulistas pão-duro-trombadinhas-ladrões de geleia e maçã".

rio de livros na casa onde morou machado de assis e anchovas no bairro das laranjeiras que valeram a não-visita ao corcovado. rio de avião, táxi, ônibus e metrô. rio da música de caetano e michael jackson. e pra não alongar mais este post, só digo que foi uma viagem perfeita, que de tão perfeita teve até briga, xingamento no meio da rua e alguma lágrima. mas não tem nada não porque isso é o que acontece àqueles que se entregam demais.

e se às vezes eu choro, eu (também) rio.

e o rio ri pra mim.
...
...
de vermelho na praia vermelha
.
cosme velho
.
cool e popular... é a lapa...
.

dentro de mais um minuto, estaremos no galeão...
.
.
.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

feelings


[alguém says]
lucas, você quer morrer do coração?
[.lucas guedes says] lógico que não, por que?
[alguém says] dá uma olhada neste video, tou besta, não consigo parar de chorar.
[.lucas guedes says] tá, vou ver.
[alguém says] ok, veja e me diga. são 10 minutos de emoção visceral...
[.lucas guedes says] tá...
[alguém says] lucas!
[alguém says] LUCAAS!
[alguém says] LUUCAAAAAAAAAAS!
[.lucas guedes is offline]
.
.
.

.
.
.

1234567890


post originalmente escrito numa hora mágica de um dia mágico,

às 12:34:56 do dia 7/8/9

só para constar que o mundo não acabou.

.
.
.

e vale lembrar que a soma de todos os números é 9.
9 vezes 9 = 81, o ano em que nasci.
8 - 1 = 7, o número da perfeição.
hoje é dia 7.
7 vezes 7 = 49
4 + 9 = 13, ou seja.

se eu acreditasse em numerologia, hoje seria o dia certo pra tomar aquela decisão.

oremos.
.
.
.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

chora, me liga!


a versão buddypoke de um cláaaaaaaassico do sertanejo universitário, seja lá o que este termo signifique...

.
.
.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

L A B I R I N T O

.
.
.

tempos de paz


dan stulbach ontem, na pré-estreia de tempos de paz, espaço unibanco

um dia eu vou aprender a priorizar o que deve ser priorizado [como por exemplo o artigo final para o curso de pós-graduação lá na usp...], mas eu simplesmente NÃO consigo negar uns convites bacanas como este de ontem, para a pré-estreia do filme tempos de paz, lá no espaço unibanco. o filme é baseado na peça novas diretrizes em tempos de paz, de bosco brasil, que também roteirizou o longa. não vi a peça, mas qualquer um, ao ver este tempos de paz, vai perceber que tanto o texto, como a atuação é excessivamente teatral. diálogos, cenário, expressões, gestos, até o som da voz é alto, como numa peça. e dizer isto não pode soar como um defeito pois, se há um excesso aqui e ali, cenas desnecessários e sem desfecho (como a que aparece o daniel filho) e alguns personagens irrisórios, o que dizer da ótima atuação de dan sutulbach? alguém me explica o que é este cara? e como uma trama pós-guerra (que odeio) fica tão simples e bonita no texto do bosco brasil? ok, o filme é dirigido por daniel filho e aqueles atores do zorra total meio que descredibilizam o clima tenso da história, clima este muitas vezes derrubado também pelo personagem de dan, um ator de teatro que vem da polônia ao brasil (também) por causa da beleza do idioma português. ao chegar, recita drummond de andrade ao oficial de imigração, o que gera suspeita de que ele é um nazista querendo se infiltrar no País (ainda não entendi a relação, mas...)

[update] tony ramos é daqueles atores que fazem qualquer personagem. nas novelas ele foi o italiano, o rico, o bobo, o pobre, o indiano, tudo. e faz muito bem. no filme, entretanto e sinceramente, não acho que convence interpretando um oficial de imigração (ex-torturador) frustrado e traumatizado por problemas na infância. talvez tenha funcionado bem nos palcos, mas na tela há um quê de sentimentalismo falso. prefiro tony ramos vendedor de frutas na novela.

no fim, há que se concordar que é um filme bonito.

.

domingo, 2 de agosto de 2009

porque existir é fácil, difícil é viver


ok, venço a preguiça e o cansaço e boto no blog algumas das imagens que representam este último fim de semana (muito bem aproveitado) aqui em são paulo. saí de casa ontem de manhã e volto agora, numa virada cultural fora de época. falta aí aquela pizza, a ong de gente bonita e rica, o ônibus, o restaurante de comida de plástico, a bolha no pé. o livro antigo de presente, a foto (finalmente!) no masp, a não-compra da pasta preta de alça transversal prada e da máquina fotográfica nova no mercado chinês. falta a billie jean e o nescafé, o coquetel, o desencontro no metrô na volta pra casa. mas o melhor e o pior não constam no post, apenas na minha memória e daqueles que toleram minha companhia, que juro, não é tão agradável/fácil como pode, talvez, parecer. ou não.






























































sexta-feira, 31 de julho de 2009

enfim


enquanto isso, no msn...


[.lucas guedes says] ué, então pra quê vc escreve no blog?

[alguém aí says] eu escrevo pra lembrar.

[alguém aí says] e vc?

[.lucas guedes says] eu escrevo pra esquecer.
.
.
.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

o filho da mãe do bernardo carvalho


"as histórias de amor podem não ter futuro, mas têm sempre passado. é por isso que as pessoas se agarram a tudo o que as remete de volta ao que perderam. os livros que elas leem sempre dizem respeito ao passado. romances históricos, memórias, biografias, tudo tem que ser escrito em retrospectiva, senão não faz sentido"
bernardo carvalho


eu comprei este livro na flip sem ler sinopse, orelha, crítica, nada, sem ao menos ter lido nada do autor, bernardo carvalho. eu comprei este livro porque ele é da coleção amores expressos, um projeto que, apesar de polêmico (procure no google o porquê da polêmica) é muito bacana. o primeiro lançado foi cordilheiras, do daniel galera e este é o segundo, lançado pela cia das letras. o que eu achei do livro? sabe aqueles livros prontos pra virarem filme? então, é este filho da mãe. apesar do cenário ser a rússia (o livro foi escrito em são petesburgo) em período de guerras e todo aquele lance que odeio, o autor consegue transformar tudo isso numa trama muito bem amarrada e que obviamente trata do amor (procure no google pra saber o porquê de ser óbvio o tema amor). não saberia ainda fazer uma crítica consistente a não ser dizer que estou adorando. ainda faltam algumas páginas para acabar, mas por uma coincidência daquelas inexplicáveis eu preciso falar deste livro exatamente hoje. pronto, falei.
.

terça-feira, 28 de julho de 2009

resignação


o tempo frio lá fora [cuja neblina é vista pela fresta pequena da janela do banheiro] só reflete o que está por dentro, no coração daquele menino, que escolhe sua blusa mais quente, aquela azul, buscando todos os tipos de proteção. a noite de ontem foi demais pra ele e ele acha que não merecia ser desprezado. ele acha que não está fazendo nada de errado e não gostou de ser chamado de anormal. a-n-o-r-m-a-l. ele chorou a noite toda e só parou porque um sonho bom interrompeu. ou talvez porque não havia mais o que chorar. ele já não tem mais certeza de nada, não confia em ninguém, não ouve ninguém. ele acha que porque nenhum de seus relacionamentos deram certo, nenhum outro dará. ele acha que porque foi traído e enganado em todos os relacionamentos, passados e presentes, amores e amigos, o mesmo acontecerá nos futuros e pensa que este é, talvez, o motivo de todo sentimentalismo e ciúme que tem dos alguéns que na sua vida aparecem. ele acha que não acredita mais em deus e que deus não acredita mais nele. ele acha que não fez nada de bom, não construiu nada de bom, não é exemplo de nada de bom. ele já fugiu várias vezes e se cansou. ele está ferido e pensou, pela primeira vez num ato covarde, o qual tem vergonha de pronunciar. comparado a outros, ele nunca achou que tinha problemas, mesmo sabendo de um passado sujo daqueles que estiveram mais próximos. ele lembra de coisas terríveis que queria não lembrar, mas também lembra das inúmeras demonstrações de amor que já presenciou e sente um alívio por isso. ele acha que sente amor. ele acha que faz sempre as escolhas erradas.

hoje, este menino vai continuar a ser o amigo, o bonzinho, o inteligente, o viajado. ele vai continuar a ouvir que sua boca é bonita, que sua letra é bonita, que ele escreve bem. hoje seu chefe vai cobrar aqueles artigos atrasados e seu professor vai perguntar quando é que ele vai aparecer na faculdade. hoje ele vai evitar falar ao telefone. mas hoje, como sempre, este menino não vai acreditar em nada disso e vai continuar não acreditando em nada, pois a única certeza que tem é a de que mais uma vez errou, desta vez, na escolha da blusa, aquela azul, diante de um dia de sol, cuja luz acaba de despontar forte pela fresta de uma janela maior.
.
.
.

sábado, 25 de julho de 2009

avenida paulista, 25 de julho de 2009

14h

meu pai dá uma demonstração de amor por mim que me deixa atônito.

15h01

uma ligação importante, que eu não esperava, me fez sorrir.

17h17
expresso mais pão de café recheado com chocolate no último andar do sesc.

17h22

uma ligação importante, que eu não esperava, me fez sorrir.

18h36
chuva,

a chuva forte que parecia vir debaixo do asfalto [tamanha a rapidez com que minhas meias se encharcaram] e o falso desejo de que alguém estivesse ao meu lado para compartilhar dos meus pensamentos [e também da proteção do meu guarda-chuva preto] fez com que eu parasse num bar qualquer e escrevesse um poema tosco num papel velho encontrado dentro de um livro novo.

18h44
as torres de tv embaçadas pela neblina, os casais heterossexuais cada vez mais em extinção, os três reais mais bem investidos da minha vida em troca de um pote de milho verde transbordante, cujo vendedor invejei após ouvir 'não vejo a hora de ir embora, chegar em casa e abraçar meus dois filhos e minha esposa' que, não muito longe, vendia salgadinhos fofura e outras guloseimas em outra avenida tão famosa quanto aquela onde estávamos.

19h
os carros seguiam, a mulher velha com seu sobretudo beje seguia, e minha vontade de chorar frente a incapacidade de tomar uma decisão adiada durante meses, talvez anos, só fazia com que eu andasse cada vez mais devagar a fim de tornar o caminho mais longo e por consequência adiar um pouco mais [ainda que pouco] mas um pouco mais, o fato de dizer simplesmente sim ou não àquela velha pergunta, e a consciência plena em saber que o sim pra uma coisa é o não pra tantas outras.

20h17
a preguiça de sacar o celular do bolso para tirar uma foto deixará este post sem imagens, mas o que vejo esta noite é mesmo infotografável [como aquela música de chet baker].

20h30
do lado esquerdo, aquela lanchonete em que recebi a notícia do fim.

2oh31
do lado direito, o masp.

20h40
e é ali, na rua augusta, esquina com a rua antonio carlos, que percebo que os carros param, a chuva para e eu continuo. antes, passo em frente aquele cinema e lembro do que um dia [ali mesmo] me disseram: lucas, independentemente do que aconteça daqui pra frente, tenho certeza que não é a toa que você escreve seu nome começando por um ponto

final.

.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

coração vagabundo

eu, que nem gostava dele, tenho como preferidas quase todas as suas músicas nos últimos tempos (leia-se nos últimos dias, horas ou minutos, porque aqui é assim, tudo muda e muda rápido, a fila anda, aquela coisa toda). bom, hoje estreia oficialmente seu filme que dizem ser polêmico. imprensazinha ruim esta que diz ser polêmico um filme só porque mostra um cantor nu em uma cena, dizendo ser 'o filme sobre a intimidade do cantor'. façameofavor, né? espero que seja muito mais que isso e pouco importa saber se ele está ou não comendo o diretor, convenhamos.

bom, estava eu pensando em algumas músicas marcantes como, por exemplo, esta que ganhei no começo de um possível relacionamento e esta que recebi no fim dele e acabei revidando com este post. também tem esta que me acompanhou numa viagem e esta que recebi por e-mail de alguém que nem conheço pessoalmente.

atualmente minha preferida é sem cais, do último disco. enfim, tem outras e outras e outras que lembram lugares, pessoas, sentidos e sentimentos bons, felizes e tristes e que me fogem à memória agora, mas a tradução perfeita do dia de hoje, 24 de julho de 2009, é esta que dá título ao post e ao filme.



.
.
.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

hoje mamãe morreu...



é assim o começo do livro do albert camus que acabo de ler agora, no ônibus, minutos atrás. e, se não fosse emprestado, o livro do albert camus que acabo de ler agora, no ônibus, minutos atrás iria direto praquela prateleira dos melhores livros que já li faz tempo. e estes livros estão lá, tanto o livro do albert camus que acabo de ler agora, no ônibus, minutos atrás, como os que já li faz tempo, porque são bons, seja pelas palavras neles impressas ou pelo momento especial que eu vivia quando li ou por tudo isso junto. ontem eu terminei um outro livro que chama-se sexo, escrito por andré santana e comprado numa livraria que foi a casa de machado de assis, no rio de janeiro. eu gostei de sexo, do andré santanna, livro que terminei ontem, comprado na livraria que foi a casa de machado de assis, no rio de janeiro, mas outro dia falo dele porque o livro do albert camus que acabo de ler agora, no ônibus, minutos atrás, não é sexo, escrito por andré santanna, comprado na livraria que foi a casa de machado de assis, no rio de janeiro porque sexo não começa com 'hoje mamãe morreu'. o livro do albert camus que acabo de ler agora, no ônibus, minutos atrás chama-se o estrangeiro e tem um parágrafo que é a síntese de um livro bom, só pra você ter uma ideia dos livros que vão praquela prateleira dos melhores livros que já li faz tempo:

"e desta vez, sem levantar, o árabe tirou a faca, que ele me exibiu ao sol. a luz brilhou no aço e era como se uma longa lâmina fulgurante me atingisse na testa. no mesmo momento, o suor acumulado nas sobrancelhas correu de repente pelas pálpebras, recobrindo-as com um véu morno e espesso. meus olhos ficaram cegos por trás desta cortina de lágrimas e sal. sentia apenas os címbalos do sol na testa e, de modo difuso, a lâmina brilhante da faca sempre diante de mim. esta espada incandescente corroía as pestanas e penetrava meus olhos doloridos. foi então que tudo vacilou. o mar trouxe um sopro espesso e ardente. pareceu-me que o céu se abria em toda a sua extensão deixando chover fogo. todo o meu ser se retesou e crispei a mão sobre o revólver. o gatilho cedeu, toquei o ventre polido da coronha e foi aí, no barulho ao mesmo tempo seco e ensurdecedor, que tudo começou. sacudi o suor e o sol. compreendi que destruíra o equilíbrio do dia, o silêncio excepcional de uma praia onde havia sido feliz. então atirei quatro vezes ainda num corpo inerte em que as balas se enterravam sem que se desse por isso. e era com se desse quatro batidas secas na porta da desgraça."

.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

a ema gemeu


faltam fotos para registrar este domingo nordestino em são paulo, uma homenagem ao LUIZ GONZAGA, mas enquanto as aguardo, digo que foi um dia ótimo com velhos e novos amigos. uma tarde com comidas típicas e dança (sim, eu que não sei nada de remelexo, arrisquei uns passos de forró em pleno vale do anhagabaú e, parafraseando um tal chico "forrozeando na lama e causando frisson..."). pífanos de caruaru, antonio nóbrega, trio virgulino e alceu valença. x-calabresa. telefones trocados. um óculos azul. uma pausa para o café no shopping. o aniversário de amiga no fim do mundo regado a chandon. caronas bacanésimas. enfim, tudo como uma desculpa para alegria de uma tarde fria e feliz, daquelas que a gente não se arrepende de ter saído de casa. e entre forrós e maracatus, capoeira e acarajés, a música mais tocada em todos os cantos [por todos os grupos] e que, apesar desta sensação de que estou bem, feliz comigo e com as coisas simples que têm acontecido, a letra de forró que mais ouvi hoje e que me acompanha nesta noite quente e sem sono é:

"Que falta eu sinto de um bem
Que falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só
Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó pra mim
Do meu jeito assim
Que alegre o meu viver"
.
.
.


os mano pow: anybool e yo

as mina pá: neo e michele



.