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se tem uma coisa que evito, é briga. acho chato, desagradável, triste. lembro que minha única advertência na escola foi na terceira série, por ter empurrado (de forma um pouco brusca) um garoto no armário da classe. isso porque ele jogou um papel amassado em mim. coitado, fez galo na cabeça e tudo. além da suspensão, fiquei de recuperação como castigo (logo eu, o melhor aluno da turma...). o menino chorava tanto, tanto, que eu quase pedi pra ser expulso da escola. me senti culpado, oras. mas então. briga é uma coisa que evito. lembro das brigas em casa. com pai e mãe nem conta, isso é normal. teve uma vez que joguei minha irmã pela escada. felizmente nada de grave aconteceu com ela. comigo sim, porque quando corri pra não apanhar da minha mãe, derrubei um vaso e pisei nele. tenho a cicatriz até hoje no canto do pé esquerdo. é, brigar é chato demais. estes dias eu quase briguei no ônibus. tinha uma senhora tão grande (em todos os sentidos) que ocupava o corredor inteiro. pedi licença e na tentativa de alcançar o outro lado dela (que me parecia muito longe), fiquei entalado. aí ficou aquela situação chata né. vai, não vai, vai, não vai... até que consegui passar. o problema é que ela reclamou. aí eu disse: sua vaca, porque não pega um taxi que te caiba, em vez deste ônibus? bom, obviamente eu disse isso mentalmente porque a vejo quase todos os dias e ficaria uma situação horrível. outra coisa que disse mentalmente foi que ela devia era agradecer por eu ter a encochado, porque nenhum homem em sã consciência teria coragem de fazer isso. mas fiquei quieto. como sabem, evito brigas. se bem que sábado briguei com aquela anta, que se diz médica e que destratou minha mãe no hospital. acabei de mandar um e-mail gigantesco para a direção que, entre outras coisas, diz: (...) se possível, informem-na que, se não está satisfeita com o trabalho, há vagas para médicos em várias regiões de são paulo. ouvi dizer, ainda, que faltam médicos na região norte do brasil. por que não ir pra lá? e outra, caso ela não esteja feliz atendendo seres humanos, peçam que troque de profissão. quem sabe veterinária, para que ela possa anteder a mãe dela, aquela anta? ok, esta última frase que fala da mãe eu não escrevi, mas é o que quis dizer.
é, odeio brigas.
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