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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

julian casablancas



"don’t be sad, wont ever happen like this anymore
so when’s it coming? this life is great movement that I can enjoy
your warning here. Your faith has got to be greater than your fear"
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monsters of folk

monsters of folk: conor oberst e mike mogis (bright eyes), m. ward e jim james (my morning jacket).



"dear god, I'm trying hard to reach you
dear god, I see your face in all I do
sometimes it’s so hard to believe in
good god I know you have your reasons"
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

i´m fine [between the lines]


_ mano, tá muito frio aqui, tipo muito. eu nunca vi nada igual. vamos todos sair voando.
_ tipo aquele filme da década de 50?
_ super!

***

_ ligo ou não?
_ não.
_ tou pensando em ligar. sou uma besta mesmo.
_ ...
_ me bate?
_ pow!

***

_ me manda uma vaquinha da farmville?
_ mando, mas vaquinhas só servem pra enfeitar, não dão lucro.
_ mas eu me identifico. ahahaha.

***

_ pensei que você não ia lembrar de mim. bebeu tanto!
_ e tem como esquecer aquela pegada?
_ depois de tanto álcool no sangue, sei lá.
_ não. NÃO tem cachaça que apague.

***

_ nossa, você tem o dom de me irritar, né.
_ eu? olha, faz assim... sabe aquela música da lily allen?
_ qual?

***

_ pensei em vc o dia todo hoje.
_ ah, mentira.
_ sério. às vezes soltava um sorriso no ar. e o povo todo perguntando o que eu tinha.
_ e você dizia o quê?
_ que tava longe, longe.
_ então a gente tava junto porque eu também tava longe.

***
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sábado, 26 de setembro de 2009

hoje é dia de ARTHUR



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sim, o ARTHUR nasceu.

26/09/2009

12h

48cm

3.110 kg

arthur,

eita que depois de tanto tempo te esperando (pelo menos 9 meses), você nasceu, meu sobrinho. incrível, né? ontem mesmo, enquanto sua vó fazia pizzas em sua homenagem, eu toquei a barriga de sua mãe e você estava tão protegido. e olhe que tava um frio. daí hoje, lá no hospital eis que você me aparece no colo daquela moça de branco, berrando feito sei lá o quê e eu do outro lado de vidro chorando, chorando. eu e sua tia fomos os primeiros a te ver (depois dos seus pais e das pessoas que ajudaram você sair do lugar aconchegante em que estava) ah, e saiba que sua primeira imagem em video fui eu que fiz (espero que não fique bravo por isso...)

já vai sabendo que eu não sou ninguém assim importante. não tenho grana pra te encher de presente, uma casa com quintal grande pra você brincar... nem filho eu tenho pra ser seu primo, arthurzinho. mas eu tenho um blog, este condussão que não conduz nada.

aí tava pensando, sei lá, eu poderia escrever um belo post pra você ou então criar um blog, só seu, heim? ou então uma comunidade no orkut, uma rede social, o que acha? mas sabe arthur, eu poderia criar uma blogosfera inteira pra você e ainda assim não seria suficiente pra demonstrar o que sinto. por isso acho que o melhor mesmo é abraça-lo, estar presente sempre que possível e fazer de um tudo para que essa pessoa nova seja feliz.

por isso, o que posso te desejar arthur - a você que não tem ainda nem um dia completo - é apenas todo amor que há neste mundo. é, meu querido, em menos de 24 horas você já deve ter ouvido um monte de gente te apertando e desejando sorte, saúde, e tal, mas eu desejo mesmo é amor. um dia você vai entender o por quê, mas por enquanto apenas sorria enquanto falam que você é fofo e lindo, combinado?

e oh, não fique convencido, mas saiba que você, meu sobrinho, veio pra me mostrar que ainda é possível ser feliz nesta vida.

[espero que goste do berço]

seu tio,

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

é...

[porque de repente a gente vai parar no hospital e tem que ouvir isso]

arritmia cardíaca
é um problema na velocidade ou ritmo do batimento cardíaco. durante uma arritmia o coração pode bater muito rápido, muito devagar, ou com ritmo irregular. batimento cardíaco muito rápido é chamado de taquicardia, enquanto muito devagar chama-se bradicardia. a maioria das arritmias não causa danos, porém algumas podem ser sérias ou até ameaçar a vida. com arritmia cardíaca o coração pode não ser capaz de bombear sangue suficiente para o corpo, o que pode danificar o cérebro, coração e outros órgãos.

[daí a gente liga o mp3 e é surpreendido por isso]

deu meu coração de ficar dolorido
arrasado num profundo pranto
deu meu coração de falar esperanto
na esperança de ser compreendido

deu meu coração equivocado
deu de desbotar o colorido
deu de sentir-se apagado
desiluminado
desacontecido

deu meu coração de ficar abatido
de bater sem sentido
meu coração surrado
deu de arrancar o curativo
deu de cutucar o machucado

deu de inventar palavra
pra curar de significado
o escuro aço denso do silêncio
no coração trespassado

[tata fernandes e kleber albuquerque]

[e pra acabar de vez com o dia, a gente procura um video na internet e acha isso]





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"confia em mim. tudo vai ficar bem"
"você me conheceu num momento muito estranho da minha vida"*

*cena final do clube da luta
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

eu e eu



é um processo meio louco, mas é isso mesmo: estou namorando comigo. lógico que começamos há muito tempo (eu e eu), mas sabe como é, relação esquisita esta nossa. quase nunca entramos num acordo, brigamos, discutimos, mas acabamos sempre voltando. não consigo desgrudar de mim, apesar de já ter tentado. já disse que me odiava, que não me queria mais e fui embora de mim. mas voltei, sempre volto. no fundo eu gosto de mim, mas ultimamente não tenho me dedicado muito.

aí já viu, a relação esfria e aparece outro alguém, a quem a gente se entrega e quando vê, já era, está vivendo só pro outro, amando só o outro. e, poxa, tá lá na biblia né, ame ao seu próximo como a si mesmo... como vou amar o próximo se nem me amo? ok, confesso que estamos pensando numa terceira pessoa pra esquentar a relação porque às vezes nos sentimos um pouco sozinhos. mas é aquela coisa, eu quero mas eu não quero, aí a gente entra em crise.

por isso digo que agora estamos (eu e eu) quaaaase numa boa. hoje vamos sair, já combinamos. iremos ao cinema, só nós dois. pra não ter briga veremos dois filmes, já que eu quero ver um e eu quero ver outro. de lá, vamos comer alguma coisa, sei lá, num lugar bacana e depois andar comigo mesmo pela rua e conversar até esgotarmos o assunto. ah, também vou me dar um presente que eu tou pedindo faz tempo (eu pra mim). estava pensando num iPod bem moderno porque aquele mp3 de 512 Mb (que eu morro de vergonha quando vejo eu usando) já está ultrapassado.

então, ao chegar em casa vamos tirar nossa roupa e tomar banho juntos. vamos, como de costume, deitar em nossa cama e terminar de ler um livro que compramos semana passada. se eu me conheço bem, vamos acabar dormindo com a luz acesa e o notebook ligado. daí vamos acordar amanhã e continuar a viver, já que decidimos fazer algo muito mais importante do que simplesmente existir.

e seguiremos.

eu e eu.
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sábado, 19 de setembro de 2009

cibelle


só pra dizer que quinta-feira, dia 17, fui ver cibelle no sesc vila mariana e foi bom demais. estou com preguiça de escrever, depois a gente se fala pessoalmente e eu conto tudo, ok? aí eu falo da homenagem que ela fez ao patrick suêize, do #porn cover da xuxa, do funk pancadão irado no bis e de uma música linda que conheci lá, do daniel johnston (true love will find you in the end). e ela fazendo aqueles samplers e tocando milhares de instrumentos e tal, bom, mals aí, mas tou mesmo com muita preguiça, até mais. um beijo, tchau.
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

eu quero menos


conta, cobrança, briga, dívida, dúvida, trânsito, multidão, pó, remédio, compromisso, prova, exame, ruído, confusão, internet, calor, spam, justificativa, discurso, partido, vaidade, vazio, asfalto, terno, sapato, tevê e fandangos.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

e choveu

[daí choveu como há muito tempo não chovia. abriu os olhos e a janela, mas logo voltou para cama, pedindo a deus que voltasse a sonhar naquela mesma cena em que parou, antes de ser interrompido pelo barulho do vento. e voltou a sonhar. e choveu. como há muito tempo não chovia]



"mas agora eu desisto deste jogo eterno"
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ELT em alerta!

quem me conhece sabe o quanto fui participante ativo de muitas manifestações por aí, muitas delas vãs. entretanto, esta é totalmente plausível e por mais que eu não estivesse lá na ESCOLA LIVRE DE TEATRO, no ato público, apoio totalmente a manutenção do projeto que está ameaçado. para mais informações, clique aqui.

A CARTA ENTREGUE, na íntegra

Exmo. Sr. Prefeito
Sr. Aidan Ravin
Exmo. Sr. Secretário de Cultura
Sr. Edson Salvo Melo

Nós, abaixo assinados, da comunidade Escola Livre de Teatro – centenas de mestres e aprendizes, cidadãos e cidadãs de Santo André, de outras cidades de São Paulo e do Brasil, atualmente abrigados na ELT - respeitosamente manifestamos, através deste documento, nossa profunda insatisfação com os rumos que foram tomados quanto ao que consideramos o mais essencial e precioso no projeto artístico e pedagógico da Escola.

Trata-se, como é de amplo conhecimento, de um projeto que vem sendo construído há vinte anos, e adotado como referência Brasil afora, sem distinção partidária – justamente porque há o entendimento de que o que nele interessa não interessa a um partido em particular, mas aos cidadãos em geral, estejam eles nesta ou naquela agremiação. Quando saímos agora às ruas, senhores, estamos imbuídos antes de tudo do espírito de defesa de um projeto e sua História, construído nestas duas décadas sob o trabalho árduo e a invenção radical - que colocou a ELT como um dos mais importantes laboratórios para o teatro paulista – como pode atestar o próprio painel teatral, onde os mais importantes expoentes, ARTISTAS, são ou estiveram ligados à Escola.

Queremos deixar claro e firmado neste documento (e esta é a palavra final da coletividade – amplamente discutida entre mestres e aprendizes) que nossa motivação ao protesto neste momento não se dá em função da predileção por este ou aquele nome, por esta ou aquela cor partidária. Pensamos à frente e consideramos que preservar o projeto dinâmico e complexo da Escola é um trabalho para o presente, mas também para as gerações futuras da cidade e do país. Nossa tentativa e pedido de reavaliação da Gestão quanto a isso tem estas bases e deve ser compreendida nestes termos.

Ressalvamos que, sempre que solicitado, o Senhor Secretário nunca se furtou ao diálogo conosco, e em vários episódios esforçou-se por elucidar os equívocos de comunicação. E ao contrário do que foi divulgado, o seu mais evidente interlocutor e defensor dentro da Escola foi justamente o mestre Edgar Castro, recentemente demitido. Contradição que não nos cabe elucidar, mas que talvez interesse.

Escrevemos esta carta repletos da certeza de que seremos compreendidos, uma vez que a intenção de ambas as partes tem sido sempre a de criar as melhores condições para que a Escola funcione bem e sirva – como deve ser – aos interesses públicos e coletivos. Pois se esse é o desejo, concordamos e pactuamos com ele.

Tendo em vista os já decorridos oito meses da nova gestão, e evidenciando nossa ampla tolerância e tentativas de diálogo com relação a práticas administrativas em tudo distantes do que se afirmou nestes anos como o essencial ao projeto, chegamos a um ponto em que as contradições têm que vir a público, sob o risco de acabarmos nos acomodando em uma estrutura que desfigura tudo o que há de mais caro na nossa identidade artística, pedagógica e política. Elencamos abaixo algumas ações e práticas que consideramos incompatíveis e nocivas ao andamento sempre complexo, mas amplamente democrático e inventivo que vem marcando nossa vida escolar.
Da palavra "Livre" - presente no nome da Escola - emerge um campo pedagógico próprio, que pressupõe o conceito de deliberação coletiva, derivado do contínuo diálogo entre mestres, aprendizes e funcionários (constituintes legítimos da comunidade ELT), num processo de não-hierarquização, radicalmente contrário a imposições, especialmente quando elas surgem sem alicerces que justifiquem sua concretização.

Neste capítulo, evidenciou-se de maneira flagrante e muitas vezes constrangedora que a chegada da funcionária Eliana Gonçalves – certamente alguém da confiança do Executivo, o que nos parece uma operação legítima na governança - representou uma ruptura no processo de autonomia na pesquisa artístico-pedagógica e, sobretudo, política – naquele sentido do exercício DEMOCRÁTICO radical, do qual não abrimos mão. Mas chegamos, enfim, ao impasse. A constatação coletiva é a de que não podemos mais permitir continuidade à desestruturação diária dos pressupostos de trabalho criados e fortalecidos através de décadas. E de que a ingerência pouco esclarecida deve ser alterada – porque a convivência cotidiana deste confronto de idéias e de maneiras de ver a Formação na ELT vem desestruturando e desqualificando o que foi construído até aqui.
Basta observar a seqüência de fatos concretos, para que se perceba claramente que a atual administração não conseguiu nestes oito meses compreender o que é e o que significam do ponto de vista formativo as dinâmicas de convivência, trabalho e criação conjuntas característicos da Escola:

01. O desconhecimento total a respeito do mais elementar nas linguagens do teatro – conhecimento técnico e artístico – e dos profissionais ali presentes que, em sua maioria, não são de fato referências midiáticas, mas são todos referências na cena teatral nacional. E o desinteresse em conhecer verdadeiramente o processo do fazer teatral fundamentado neste equipamento. Muito diferente do que se tem argumentado, a competência técnica e o repertório até aqui apresentado restringem-se ao ensino formal e, ainda assim, permitam-nos, em coordenadas que nem mesmo as escolas mais antiquadas adotam mais. Da área de trabalho específica e urgente a este projeto até este momento não pudemos contar com nenhuma colaboração relevante.
02. A sua ausência no período noturno de funcionamento dos trabalhos, horário em que há o maior fluxo de aprendizes e mestres e, conseqüentemente, de demandas, impossibilitando um mínimo de aproximação afetiva e de diálogo.
03. O deliberado desprezo em relação aos momentos cruciais de tomada de decisões coletivas; sua reiterada falta de disposição para o debate, somada à quebra dos acordos feitos em reuniões com funcionários (nas quais participaram mestres e aprendizes), além das alterações no espaço funcional (alguns feitos sem prévia consulta à comunidade em período de recesso forçado), afetando diretamente o cotidiano dos aprendizes, tais como:
- Pintura das paredes da escola, certamente desejada, mas que foi realizada em período letivo, prejudicando a utilização do espaço durante as aulas, devido ao forte cheiro de tinta.
- Criação de duas copas separadas, eliminando o espaço de manufatura de adereços de cena e figurinos, alocando a copa de “alunos” numa área em condições não adequadas, onde transitam pombas e ratos. A “copa de funcionários” foi transferida para uma sala onde circulam fios elétricos de alta tensão, constituindo também um perigo a quem transita no local. Como se não bastasse, tal atitude é completamente contrária à criação do conceito de coletividade, trabalhada com muito apreço nesses quase 20 anos de ELT. Aqui há a substituição por atitudes e práticas com raiz na hierarquia surda e na separação anti-democrática de um campo COMUM da experiência formativa – que é central e inegociável para nós.
- Por fim, a sala de reuniões, materialização e símbolo do constante diálogo entre mestres, coordenação e aprendizes, foi alterada, transformada em sala de uso pessoal, eliminando concretamente o espaço de diálogo.
Obviamente, a intenção de limpeza e organização em que se baseiam os argumentos para essas mudanças certamente é bem vinda, mas o que ocorre neste caso são atitudes arbitrárias e pessoalizadas, calcadas em princípios de uso próprio e anti-democrático, não partilhados pelo coletivo ELT, ferindo nossos princípios pedagógicos.
04. A assustadora não-resposta às solicitações de diálogo feitas por todos os membros da Comunidade ELT (especialmente aprendizes e mestres), além de postura autoritária, omissa e por vezes agressiva nas poucas assembléias e reuniões em que esteve presente.
05. Atitudes inadequadas em relação às especificidades de cada um dos projetos criativos (materiais de cena que foram jogados fora sem nenhuma justificativa anterior; horários que foram desrespeitados; aprendizes que foram dispensados de aula sem prévia consulta ao mestre etc). O que significa, por um lado, o ignorar o uso prático e sensível de materiais da criação que, de fato, sob o olhar de alguém que não reconhece os processos teatrais nem a sua construção, podem parecer imprestáveis, mas que são fundamentais para os processos criativos.
06. A proposta de separação física e administrativa da ELT e do Teatro Conchita de Moraes, cujo espaço de extensão pedagógica foi pensado e estruturado desde sua reforma, em 1992. Esta idéia descabida foi, ao que parece, abandonada – devido ao seu total despropósito - sob a deliberação atenta do Senhor Secretário, que em tempo observou a necessidade e a pertinência das atividades da Escola em relação às do teatro.
07. A exigência de graduação superior aos professores, proposta que caminha em sentido radicalmente oposto à diversidade necessária ao projeto artístico-pedagógico da ELT, procurando deslegitimar este espaço como um lugar de experimentação artística, no qual mestres compartilham seus saberes baseados em suas pesquisas e experiências, na ativa e comprovada vivência teatral. Note-se que nos quadros há pesquisadores com extensa atividade artística, embora sem a graduação formal (ainda que premiados, inclusive internacionalmente), assim como há doutores e mestres formados nas melhores universidades do Brasil e que ministram aulas nas mais reconhecidas escolas de teatro do país (públicas e privadas).
08. A proposta de "re-adequação" da grade de horários e espaços físicos feita sem justificativa que contribua para o processo de formação artística e sem ouvir (sequer perguntar) sobre as necessidades de aprendizes, mestres e funcionários.
09. O equívoco na abordagem sobre a abertura de novas portarias e a possibilidade de transferência de encarregaturas, gerando especulações entre a equipe e abalando a relação desta, até então harmoniosa.
10. A renitente convicção de que a Escola necessitaria se adequar a um padrão inapropriado, trazido de fora para dentro, estranho à sua identidade arduamente constituída, e que mais se assemelha a uma antiquada imagem de anacrônico ensino formal e do serviço público em seu imaginário de antigas repartições, referências das quais a Escola Livre se compraz por ter superado.
Diante desses fatos, está instaurado um incômodo geral - notem, amplamente difundido na comunidade escolar, mestres e centenas de aprendizes - o que é muito negativo para o bom andamento de nossos trabalhos, transtornando o ambiente e atrapalhando o que de fato necessitamos fazer nesta escola: Teatro.
A Escola Livre de Teatro tem raiz na comunidade – seja no próprio processo de formação artística que a atende, seja nos espetáculos de seus aprendizes, que permanecem meses em cartaz, com ampla adesão do bairro, da cidade e de platéias vindas de outros lugares. Isso o Secretário pôde verificar pessoalmente. Mas esta relação se dá em bases de exigências artísticas rigorosas, que não barateiam os seus processos e tem respeito pelo cidadão, esteja ele na condição de aprendiz - no palco - ou espectador - na platéia.
Por todos estes aspectos acima expostos, solicitamos ao Executivo a reavaliação da demissão do coordenador e mestre Edgar Castro, que ajuda a construir a História da ELT há 11 anos de forma íntegra, inovadora e constante. Solicitamos também a transferência da funcionária Eliana Gonçalves para outro setor da municipalidade a que ela possa emprestar o seu conhecimento profissional de maneira efetivamente útil, segundo o seu perfil. Importante destacar que a Escola tem sim necessidade de funcionários que tornem ideal o seu funcionamento, porém devem estar afinados com os processos criativos e dinâmicas originais inerentes à formação crítica e poética do ator-criador da Escola Livre – que desde sempre foi um ponto distintivo de sua pedagogia.

Somos abertos à chegada do novo e nunca nos encastelamos em nossa diferença, mas desde que o novo esteja aberto ao diálogo e respeite nossa História, que não é apenas nossa, cidadãos, artistas e aprendizes que estão na ELT neste momento – mas a História de uma geração de artistas que dali saíram e continuarão saindo para ganhar os palcos brasileiros.

Comunidade ELT
Santo André, setembro/2009

sábado, 12 de setembro de 2009

dinossauros / @nfíbios - encontro virtual


logo mais, às 18h, vou participar de um evento muito bacana (muito mesmo). não sei até que ponto é novidade, mas será um encontro internacional virtual de literatura com chats, debates, videos, fóruns, leituras, arquivo de textos acadêmicos, poesias, second life, enfim, uma experiência que une novas tecnologias de informação e literatura.

além do chat, às 18h, eu participo do 'núcleo de literatura e educação' com um artigo que escrevi como trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em mídia, informação e cultura, que terminei este mês lá na usp.

para participar do evento, basta se cadastrar no site dinosanfibios.ning.com e explorar os espaços por lá.
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PROGRAMAÇÃO

CHAT ABERTO: dias 12 e 13 de setembro, sábado e domingo

Debate público

Horário GMT: 18h (duração de 2 horas)

Algumas conversões: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio

em que se discutirá o seguinte:

.TEMAS

i. A formação e deformação de um leitor − por Rodrigo Petronio - leia aqui (DIA 13); ii. Da literatura à educação − por Emanuelle Santos (DIA 12); iii. A didática pelos quanta − por Márcio-André - leia aqui (DIA 13); iv. Novas formas de ler, escrever e interagir − por Lucas Guedes - leia aqui (DIA 12)

POSTAGEM
de fragmentos e textos diversos relacionados ao tema
Fábio Brazil - [aqui]; Galeno Amorim [participação por meio do chat - no dia 13]; Josca Ailine Baroukh; Luiza Christov [participação por meio do chat - no dia 13]; Marta Pinto Ferraz
e também das outras atividades:

*Importante: verificar sempre o horário de tu ciudad!

Dia 12: temas de Emanuelle Santos e Lucas Guedes
Dia 13: temas de Márcio-André e Rodrigo Petronio. Participação especial de Galeno Amorim.
Para participar do chat e das demais discussões: é preciso registrar-se, com o e-mail, em http://dinosanfibios.ning.com


Leituras e participaciones por Video: (intercaladas na programação)
Poetas confirmados: Alan Mills (Guatemala), Eduardo Jorge (Brasil), Elena Medel (Espanha), Fabio Weintraub (Brasil), Héber Sales (Brasil), Jessica Freudenthal (Bolivia), Lorena Saucedo (México), Maiara Gouveia (Brasil), Marcelo Sahea (Brasil), Marília Garcia (Brasil), Nurit Kasztelan (Argentina), Pádua Fernandes (Brasil), Reynaldo Jimenez (Argentina), Rodolfo Häsler (Espanha), Valeria Meiller (Argentina) e Yaxkin Melchy (México).

Transmissões ao Vivo: Ana Rüsche, Felipe Sentelhas, Maurício Schuartz e Rafael Daud.


SÁBADO | 12 de septiembre

Núcleo Second Life | Coordenação: Alejandro Méndez e Fabio Aristimunho
Convidados: Timo Berger, Mariano Mayer, Joaquín Valenzuela, Natalia Fortuny, Gael Policano Rossi, Cecilia Pavón, Marina Mariasch, Noelia Vera.
Local: The Wastelands - The Great Fissure
Leitura: 17h GMT (duração de 1 hora) Algumas conversões*: 11h em Guatemala City, 14h em Buenos Aires e Brasília; 18h em Lisboa e Luanda, 19h em Berlim, 01h em Tóquio

Núcleo Novas Fronteiras do Poético | Coordenação: Andréa Catropa, Erica Zingano e Renan Nuernberger
CHAT - 17h GMT (duração de 1hora) Algumas conversões*: 13h em Guatemala City, 16h em Buenos Aires e Brasília; 22h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 3h em Tóquio

Núcleo Educação e Leitura | Coordenação: Emanuelle Santos, Lucas Guedes, Maiara Gouveia, Márcio-André e Rodrigo Petronio
Convidados: Fábio Brazil, Galeno Amorim, Josca Ailine Baroukh, Luiza Christov (a confirmar) e Marta Pinto Ferraz
CHAT - 21h GMT (duração de 2 horas) Algumas conversões*: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio


DOMINGO | 13 de septiembre

Cânone y Critica | Coordenação: Dirceu Villa e Ricardo Domeneck
CHAT - 14h GMT (duração de 1hora) Algumas conversões*: 8h em Guatemala City, 11h em Buenos Aires e Brasília; 15h em Lisboa e Luanda, 16h em Berlim, 22h em Tóquio

Meu Corazón no tiene Copyrights | Coordenação: Guilherme Almeida e Renata Ávila
CHAT - 16h GMT: 16h (duração de 1hora) Algumas conversões*: 10h em Guatemala City, 13h em Buenos Aires e Brasília; 17h em Lisboa e Luanda, 18h em Berlim, 0h em Tóquio

Núcleo Second Life | Coordenação: Alejandro Méndez e Fabio Aristimunho
Convidados: Timo Berger, Mariano Mayer, Joaquín Valenzuela, Natalia Fortuny, Gael Policano Rossi, Cecilia Pavón, Marina Mariasch, Noelia Vera.
Local: The Wastelands - The Great Fissure
LEITURA: 17h GMT (duração de 1 hora) Algumas conversões*: 11h em Guatemala City, 14h em Buenos Aires e Brasília; 18h em Lisboa e Luanda, 19h em Berlim, 01h em Tóquio

Núcleo Educação e Leitura | Coordenação: Emanuelle Santos, Lucas Guedes, Maiara Gouveia, Márcio-André e Rodrigo Petronio Convidados: Fábio Brazil, Galeno Amorim, Josca Ailine Baroukh, Luiza Christov (a confirmar) e Marta Pinto Ferraz
CHAT: 21h GMT (duração de 2 horas) Algumas conversões*: 15h em Guatemala City, 18h em Buenos Aires e Brasília; 21h em Lisboa e Luanda, 23h em Berlim, 05h em Tóquio

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

bobagens, meu filho, bobagens

senti no seu olhar tanto prazer
posso esperar tudo com você
e olha que te vi de passagem
mas pensei: forte broto na cidade

só sei que estava pronto pra te encontrar
passei do ponto de querer voltar
dessa bárbara viagem
bateu paixão radical sem margem

então vem
sorri porque nós dois
estamos só de passagem
pelas cidades desse mundo
então vem
vem e me ama
por uns momentos profundos

e o resto?
bobagens, meu filho, bobagens

bobagens, meu filho, bobagens
tolices, criancices

[antonio cícero e marina lima]

caetano veloso, disco 'uns', 1983

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

a arte do chá

a arte do chá

ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silêncio
comigo

ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo

paulo leminski


[curitiba, 2006 - relógio das flores]

domingo, 6 de setembro de 2009

um outro dia

porque a vida é assim mesmo. um dia a gente bebe demais ou se droga demais e sai falando, fazendo besteira e trocando as letras das músicas e hinos nacionais. a gente diz que ama, mas não ama. a gente tá de mal com o mundo e desconta em quem não tem nada a ver com o pato. a gente fica bravo e magoa quem mais nos quer bem e valoriza quem nos quer apenas por interesse. a gente é atraído por um desejo e trai quem está do nosso lado. a gente expulsa de casa, da vida, pede distância.

mas aí, no outro dia a gente já esqueceu tudo. a gente finge que nada aconteceu e quer cantar, falar, escrever coisas boas. a gente quer beijar e sair e deitar, dançar. a gente fala que ama e ama mesmo. a gente abraça e não larga por nada. a gente não deixa sair no meio da noite fria e pede pra ficar daquele jeito, no encaixe perfeito. o problema é que às vezes o outro cansa. aí, pode ser tarde demais e a gente se f*.
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taí a vanusa neste show pouco antigo, com seu mesmo vestido azul, num outro dia, pra provar isso tudo. e eu só posso desejar uma bela manhã de setembro a todos, mesmo que chuvosa, mas ainda assim, uma bela manhã.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

cursinho pré-vida


rio tejo, fevereiro de 2008

nunca fiz cursinho pré-vestibular porque nunca quis estudar numa universidade pública. hoje não penso mais assim, lógico, mas na época em que meus amigos se preparavam para entrar na usp, eu era influenciado a trabalhar, trabalhar, trabalhar, então fui fazer cursos técnicos (processamento de dados, administração, contabilidade). e com minha mentalidade voltada ao trabalho eu pensava que era idiotice atravessar a cidade de ônibus durante duas horas e meia para estudar na usp, enquanto eu podia estar na unicsul em 10 minutos. mas agora já foi e eu estava falando sobre cursinho.

falo disso porque estes dias fui trabalhar no sesi sorocaba, na gravação da peça 'o pássaro azul' e tem uma cena em que as personagens principais vão parar num lugar onde os bebês ficam antes de nascer, uma espécie de cursinho pré-vida. e fiquei imaginando se existisse mesmo algum curso que nos ensinasse a viver. seria bom? haveria menos problemas? cometeríamos menos erros? saberíamos escolher a profissão ideal, o relacionamento ideal, a casa ideal? escolheríamos o país ideal pra nascer?

aí percebo que tudo isso é bobagem. acredito que todo mundo é insatisfeito com alguma coisa, não é possível que alguém seja plenamente feliz e realizado o tempo todo. ou talvez seja, sei lá, mas nestes quase trinta anos de vida, ainda não conheci ninguém assim. por um lado, creio eu, esta insatisfação pode ser boa à medida que buscamos sempre mais. por outro, vira aquela coisa chata, reclamona, que ninguém aguenta e olha que eu sou o melhor exemplo disso, pois estou sempre insatisfeito com tudo.

e então fico pensando como teria sido melhor não ter ido àquela festa, não ter respondido aquela mensagem ou não ter conhecido aquela pessoa. como seria melhor ter se dedicado mais àquele projeto ou ter se mudado de vez para o outro país, ter juntado alguma grana... mas a realidade é esta, não há cursinho pré-vida. a gente vive, erra, acerta, sofre, aprende, ri e vai quebrando algumas regras básicas aprendidas na escola em que, na matemática dois mais dois não são quatro, na física dois corpos podem muito bem ocupar o mesmo lugar no espaço e na gramática, um ponto final pode ser apenas uma virgula,

ou vice-versa
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

gatos

trotsky

bjork, mais conhecida como 'vaca'

estes dias eu recebi a seguinte mensagem: "o trotsky morreu". trotsky era um gato que eu dei de presente num dia dos namorados. lembro bem o trabalho que deu pra achar aquele bicho meio amarelo, meio laranja, um filhote de tigre. mas valeu a pena, apesar d´eu nem gostar de gato naquela época. mas ele, infelizmente se foi. viveu até a sétima vida, imagino. enfim...

agora eu tava no quarto, cansado, depois de um dia punk como todos têm sido, e entra a bjork. ela chegou, abriu a porta do guarda-roupa, apoiou-se na gaveta e deitou em cima de uma blusa minha. dormiu e dorme em paz ali, esta gata tão briguenta, que tanto me arranhou e mordeu, mas responsável por despertar em mim, um amor por todos os bichanos do mundo.

e lembro bem do dia em que a trouxe pra casa. fui procurar um bicho pra minha mãe e soube de uma mulher que estava doando. quando cheguei na casa dela, havia uns seis filhotes e ela pulou no meu colo assim que cheguei. na verdade foi ela quem me escolheu. como estou sem máquina pra registrar este momento de agora, resgato uma foto dela toda encolhida no sofá de casa. é assim que ela dorme, como eu, exatamente como eu vou fazer assim que publicar este post.
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