[rabiscos que encontrei escritos à caneta dentro do livro FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO, de ROLAND BARTHES, que comprei num sebo há meses, mas que só agora resolvi ler. estes trechos, ao que tudo indica, foram escritos no centro cultural de são paulo, em março de 1985. um achado dentro deste livro maravilhoso]
tiveste um privilégio único: nunca e para ninguém fui tão totalmente repetitivo naquelas mesmas palavras: te quero e te amo. nunca a ninguém me coube escrever tanto e sem qualquer resposta; nunca me declarei e me entreguei tanto e me entreguei tanto a alguém.
(...)
nunca talvez ouças mais e tanto de amor como ouvistes de mim.
(...)
jamais acreditastes no amôr ou nem que aquilo estava acontecendo contigo. foi pena para nós dois e pior para mim que obriguei-me a seguir caminhando sozinho até as lembranças irem se dissipando. no fundo sempre guardo uma esperança. me parece, às vezes, que irás aparecer ou acontecer tudo de novo com outra nova (velha) pessôa ou figura.
2 comentários:
Que lindo, realmente comovente o texto. Parabéns por seu bom gosto e sensibilidade. Linda semana. Abraços.
Tá aqui o link do meu Fragmentos de um discurso amoroso:
http://revide.blogspot.com/search?q=fragmentos
que li feito louco, entendendo tudo, quando ainda nestes tempos fui brutalmente chutado e o coração ficou na boca.
E maldição, o novo disco da vanessa é inteiro para me cutucar/magoar, acredita que tem uma canção chamada "Aniversário".
Abço e esteja feliz.
Postar um comentário