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quarta-feira, 31 de março de 2010

Lulina e Bruno Morais no Auditório Ibirapuera


Corações partidos,
sigam-me.
Corações partidos,
sigam-me.
Não vamos chorar,
não vamos olhar pra trás
e nem vamos fugir.
Corações partidos,
sigam-me.
(Bruno Morais/Tomás Falqueiro)


E no último domingo, 28 de março, foi dia de espantar o "dragão da preguiça dominical" e ver o show do paranaense Bruno Morais com a recifense Lulina no Auditório Ibirapuera. A citação que remete ao dragão da preguiça não é minha, mas foi uma ótima sacada músicos e dos realizadores (Merde! Produções Artísticas/YB Music) em parceria com o Auditório, atualmente (ao lado do Teatro Fecap) um dos melhores lugares pra ver apresentações musicais de qualidade em São Paulo. Marcado para às 19h, o nome do show não poderia ser melhor, mas apesar da chuva e do pouco público, foi bem agitado e tecnicamente bom.

Lulina tem um disco bacana, Cristalina, lançado ano passado, assim como Bruno que gravou "A vontade Superstar". Ambos são jovens e fazem parte dessa leva de músicos contemporâneos que aposta na criação de projetos e coletivos. Tanto que neste show, além dos dois, havia mais 18 músicos no palco, entre eles Karina Buhr, Guizado, Romulo Fróes, Maurício Pereira, Mauricio Tagliari e Luiz Chagas.

O que definiu o ritmo das apresentações foi a direção musical, que acertou ao intercalar repertórios e participações especiais. Quem abriu foi Bruno, com "Hino dos Corações Partidos F.C.". A primeira vez que ouvi o disco (baixado da internet) achei um pouco estranho. Apesar de sua voz doce e masculina, alguma coisa me incomodava ali. Incômodo este que foi minado no show. Bruno é simpático, tem gingado e conquista o público já nos primeiros minutos da apresentação. Não resisti e comprei o disco ao fim do show...

Já Lulina é mais tímida e retraída no palco, diferente do disco com suas letras lúdicas que mesclam poesia e ironia. Quase não se movimenta (aliás, achei ótimo o Maurício Pereira a tirando pra dançar), mas a falta de presença no palco não diminui a força de suas canções, pelo contrário, só condiz com a voz suave e letras instrospectivas, que parecem terem sido escritas antes num diário ou coisa assim.

Sobre as participações especiais, destaco o cara da vez, Romulo Fróes que dividiu música com ambos e Karina Buhr, que interpretou com Bruno sua música "O pé" (quase que num transe emocional, olhando sempre pra baixo e mesmo assim, digna de palmas e gritos no final da música) e com Lulina cantou "Meu príncipe" que segue aquele estilo venenoso da cantora de inserir um arranjo "romântico" numa composição cheia de ironia. Já entre as músicas que Bruno e Lulina interpretaram juntos, gostei muito de "Mi gostar musga" e da inédita "Cores num guardanapo", escrita pelos dois.

Sem perder tempo (desnecessário) entre o fim do show e o bis, a dupla fez uma grande festa chamando todos os músicos e mandou muito bem cantando e tocando o hit de Lulina "Balada de Paulista", música que a tornou mais conhecida. E eu saí com mais um setlist de show pra minha coleção e quatro carimbos no meu passaporte para Lulilândia!
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"sobre o tempo certo de todas as coisas" ou "o meu erro foi esperar demais"


não esconda seu coração de mim. um dia eu posso cansar de esperar por ele.
e aí vai ser tarde demais...

arte de rodrigo sommer
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quinta-feira, 25 de março de 2010

andy warhol na estação pinacoteca


[expo do andy: 20 de março de 2010]

um dia, numa festa que dei em casa - onde compareceram 65 pessoas - me disseram que o 'evento' era digno de uma festa de andy warhol. não pelo clima de doideira em si e, além de tudo, o sobradinho da vila ema nada tem a ver com a factory dele em nova york, mas pela diversidade de gente ali presente: de pastor evangélico à umbandista, escritores, sociólogos, cozinheira, peão de obra, advogado, ator, desempregados, crianças, velhos, enfim, naquele meu aniversário me chamaram de catalizador de gente doida.

exagero,

mas concordei.

btw, nem lembro da primeira vez que tive contato com suas obras, nem qual delas me impactou primeiro. o fato é que eu já quis morar na factory onde ele morava, quis estar nas festas que ele dava, quis desenhar como ele desenhava. não, eu nunca quis ser ele, mas admiro a figura que tenho do andy na minha cabeça. e agora desmascarei tal figura visitando sua exposição na estação pinacoteca...

tudo ali é forte. as cores, as caras, os olhares. os screen tests (preciso voltar pra ver NICO e Lou Reed), os filmes com a edie sedgwick , as almofadas prateadas e voadoras, as marilyns, os autorretratos, o mao tse, o pelé, tudo, tudo, tudo, tudo muito impressionante.

a expo fica até 23 de maio.

estação pinacoteca
Largo General Osório, 66 - Luz - São Paulo/SP
Fone: (11) 3335-4990
Funcionamento: De terça a domingo, das 10h00 às 18h00
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Ingressos: R$ 6 e R$ 3 (meia), entrada gratuita para menores de 10 anos e idosos acima de 60 anos. Grátis aos sábados.
Estudantes com carteirinha e idosos pagam meia entrada
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distractions

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porque nem tudo é como no clipe do zero 7.
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segunda-feira, 22 de março de 2010

sobre a céu




[fotos tiradas por mim, no RecBeat, em Recife, 15 de fevereiro de 2010]

É verdade, não gostei quando ouvi Céu pela primeira vez. Achei a voz fraca, sem personalidade, sem expressão. A conheci no mesmo momento em que surgiam várias cantoras, aquelas chamadas pela mídia como revelações femininas da música popular brasileira, ao lado de Roberta Sá, Mariana Aydar, Fabiana Cozza, Marina de la Riva, Ana Cañas e outras.

Obviamente, cada uma tem uma história diferente de início de carreira, algumas delas com um histórico muito anterior à aparição em casas de show e música veiculada em rádio, mas no caso específico da Céu, que inclusive teve músicas em novelas e cantou na abertura dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, o 'problema' era outro. Afinal, eu pensava, Céu era apenas uma filhinha de papais ricos (ela é filha do maestro Edgar Poças e da artista plástica Carolina Whitaker) que cantava bem e deu sorte fora do Brasil.

Puro preconceito.

Então fui ouvir atentamente seu primeiro disco e me apaixonei. Apesar de algumas canções serem reggae demais pro meu gosto, a moça foi me conquistando. Depois veio seu EP (Cangote), lançado em 2009 e foi amor à primeira vista. O lançamento trouxe 4 músicas, talvez as melhores do que viria a ser seu segundo disco, Vagarosa, entre elas, Bubuia, com participação de Anelis Assumpção e Talma de Freitas, que virou o grande hit do disco.

Mas sou daqueles que acreditam que o músico, pra ser 'completo', tem que mandar muito bem no palco, além do estúdio. E no caso da Céu, pude vê-la em dois momentos bem diferentes no último mês. Primeiro lá em Recife no tradicional RecBeat, festival que acontece há 15 anos em meio ao carnaval da cidade, por onde já passaram Otto, Mundo Livre S/A, Pinduca, Fellini, Mudhoney, Zeca Baleiro, Lenine, entre outros. Ao ar livre e de graça, foi um show tímido por parte do público jovem, mas muito quente na performance de Céu. À vontade, como sempre parece estar, cantou muitas músicas do segundo disco (incluindo a participação especial de Anelis em Bubuia) e alguns sucessos do antigo, como Malemolência e Lenda, além de um cover sofisticadíssimo de Ray Charles (Two to Tango).

Tal sofisticação pareceu mais bem aceita no outro show que fui, dia 20 de março, no SESC Santo André. Cantando para um público mais heterogênio, com famílias inteiras na plateia de cadeiras brancas e fãs que sabiam de cor não apenas os hits de novela, Céu repetiu o repertório da outra vez que a vi, acrescentando apenas Concrete Jungle, de Bob Marley, no bis.

Com a experiência destes dois shows da Céu em menos de 30 dias, só tenho a confirmar que ela é uma ótima artista, não apenas intérprete, mas também compositora que agrada os fãs, com letras que falam da natureza, do tempo, de amor, sem cair na pieguice e com um quê de 'viagem', como Ponteiro, em que fala com um relógio (E repousou olhos num inquieto ponteiro, que ignorou aquele sonho, que se perdeu na tal promessa de um novo dia) ou Espaçonave (Pode mandar embrulhar que eu quero te levar pra viagem) ou ainda Nascente (Com diamantes de gelo em cada fio de cabelo, das pedras nasce um novelo que, aos poucos, se movimenta).

Com apenas dois discos, algumas indicações para prêmios importantes como o Grammy e Grammy Latino e sendo a segunda mulher brasileira (depois de Astrud Gilberto, em 1963) a ocupar um lugar de destaque na Billboard (no disco de estreia), Céu vai conquistando cada vez mais espaço na tão ampla (e contraditória) definição do que é a música popular brasileira.
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quarta-feira, 17 de março de 2010

cadafalso




"aí você percebe que nada estava escrito, a não ser nas suas próprias ilusões"


*da peça CALABAR - O ELOGIO DA TRAIÇÃO, de Chico Buarque e Ruy Guerra

[SATYROS, 16 de março de 2010]
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quinta-feira, 4 de março de 2010

sonho de miss



sabe quando as mulheres mais bonitas de cada estado brasileiro competem pra ver quem será miss brasil? sabe aquelas respostas que a gente tanto critica quando os apresentadores perguntam os hobbies, objetivos e sonhos das candidatas? pois é, assim como a maioria delas, eu também quero ser feliz e quero a paz mundial. posso não ser bonito e não ter o pequeno príncipe como livro de cabeceira, mas é isso mesmo. eu quero ser feliz. e quero a paz mundial. posso?


terça-feira, 2 de março de 2010

Era uma vez... São Paulo - CINESESC

Abaixo, a programação completa do evento Era uma vez... São Paulo, que acontece no Cinesesc nos próximos dias. São conversas com os principais diretores que já retrataram a cidade de São Paulo em seus filmes. O Cinesesc fica na Rua Augusta, 2075 e o evento é gratuito.

IMPERDÍVEL!

"O cinema já imortalizou diversas cidades ao redor do mundo. Nova York, Paris, Roma, Tóquio, cada uma, embora contem histórias de diversas épocas e estilos, sempre são vistas segundo um ponto de vista, o do diretor. Como não podia ser diferente uma cidade com a vida cultural pulsante como São Paulo, foi registrada das mais variadas formas por diversos diretores, que de alguma forma vincularam sua obra a metrópole. Dando continuidade ao projeto, diretores brasileiros cujos filmes tiveram a cidade como cenário, contam suas visões de São Paulo utilizando-se de imagens ou filmes que marcaram suas vidas. Em um bate papo aberto com o jornalista Christian Petermann, falam também da importância da cidade em sua obra assim como relembram histórias de suas produções."

Dia(s) 02/03 Terça, às 19h30.
Carlos Alberto Riccelli

Dia(s) 03/03 Quarta, às 19h30.

Dia(s) 04/03 Quinta, às 19h30

Dia(s) 08/03 Segunda, às 19h30.

Dia(s) 09/03 Terça, às 19h30.

Dia(s) 10/03 Quarta, às 19h30.

Dia(s) 11/03 Quinta, às 19h30.

Dia(s) 15/03 Segunda, às 19h30.

Dia(s) 16/03 Terça, às 19h30.

Dia(s) 17/03 Quarta, às 19h30.

Dia(s) 18/03 Quinta, às 19h30.

Dia(s) 22/03 Segunda, às 19h30.
Dia(s) 23/03 Terça, às 19h30.

Dia(s) 24/03 Quarta, às 19h30.

Dia(s) 25/03 Quinta, às 19h30.

Dia(s) 29/03 Segunda, às 19h30.

Dia(s) 30/03 Terça, às 19h30.

Dia(s) 31/03 Quarta, às 19h30.

Dia(s) 01/04 Quinta, às 19h30.

segunda-feira, 1 de março de 2010