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domingo, 6 de setembro de 2009

um outro dia

porque a vida é assim mesmo. um dia a gente bebe demais ou se droga demais e sai falando, fazendo besteira e trocando as letras das músicas e hinos nacionais. a gente diz que ama, mas não ama. a gente tá de mal com o mundo e desconta em quem não tem nada a ver com o pato. a gente fica bravo e magoa quem mais nos quer bem e valoriza quem nos quer apenas por interesse. a gente é atraído por um desejo e trai quem está do nosso lado. a gente expulsa de casa, da vida, pede distância.

mas aí, no outro dia a gente já esqueceu tudo. a gente finge que nada aconteceu e quer cantar, falar, escrever coisas boas. a gente quer beijar e sair e deitar, dançar. a gente fala que ama e ama mesmo. a gente abraça e não larga por nada. a gente não deixa sair no meio da noite fria e pede pra ficar daquele jeito, no encaixe perfeito. o problema é que às vezes o outro cansa. aí, pode ser tarde demais e a gente se f*.
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taí a vanusa neste show pouco antigo, com seu mesmo vestido azul, num outro dia, pra provar isso tudo. e eu só posso desejar uma bela manhã de setembro a todos, mesmo que chuvosa, mas ainda assim, uma bela manhã.
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5 comentários:

paulete miletta. disse...

só prá dizer que continuo por aqui e compartilhando sempre esses sentires seus.

sabe que a "obrigatoriedade" de escrever lá nos 30 me ajudou voltar a falar... acho que isso é bom.

saudade.

Hiago Rodrigues disse...

a gente briga porque tudo amigos dêz vez em quando incomoda. e em setembro ainda: tudo se volta ao nornal. não precisa nem tentar consertar. volta mesmo. basta ouvir a vanusa cantar essa dai... ou volta ou enlouquece.. hehe

Anônimo disse...

Escreve-se um e-mail. Escreve-se um recado. Desenham-se linhas em traços fortes. Rascunhos revelam desvãos escuros. Alma exposta é carne ralada, lixada, esmerilhada.

Um telefonema se perde no ar.

Há toda uma falta de pudor em se expor de uma forma e negar a outra ou de se expor na outra e negar a primeira.
A distância entre intenção e gesto paira solene, determinante, terminante.

Queiramos ou não, fica valendo a contingência, mesmo que a essência tenha sido apreendida um dia por um olhar, um lance de dados, uma palavra meio-dita ou absolutamente explicitada.
Tudo vira nada com a rapidez da piscada de um deus indecifrado que ri, solenemente, das nossas agônicas carências.
Esta semana foi a de baixar guarda, tolice de velho aprendiz.
As armas penetraram fundo. De vários lados; com diferentes golpes; em profundidade - todas.
Quem sabe as feridas se curam um dia ou, quem sabe, se descobre que viver é, de fato, "muito perigoso"?

Cleyton Cabral disse...

Perde-se a vontade de antes. E a vida continua.

Michelli Almeida disse...

a Vanusa tá precisando de uma aliviada mesmo depois do hino...