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segunda-feira, 4 de junho de 2007

o romance de riobaldo e diadorim

antonio nóbrega e wilson freire

"quando eu vi aqueles olhos/ verdes como nenhum pasto/ cortantes palhas de cana/ de lembrá-los não me gasto. desejei não fossem embora/ e deles nunca me afasto. vivemos a desventurade um mal de amor oculto/ que cresceu dentro de nós como sombra, feito um vulto. que não conheceu afago/ só guerra, fogo e insulto. na noite-grande-fatal/ o meu amor encantou-se. desnudo corpo inteiro desencantado mostrou-se. e o que era um segredo, sem mais nada revelou-se. sob as roupas de jagunço/ corpo de mulher eu via. a deus, já dada, sem vida, o vau da minha alegria.

diadorim, diadorim... minha incontida sangria."
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