Páginas

segunda-feira, 4 de junho de 2007

homem provisório

riobaldo e diadorim

e sábado, dia dois de junho, assisti à vigésima quinta peça de teatro deste ano. o homem provisório, com direção de cacá carvalho. o texto é inspirado no livro de guimarães rosa grande sertão: veredas. falta gabarito para eu analisar com profundidade, pois não li a obra. mesmo assim, o que posso dizer é que o grupo responsável pela atuação, casa laboratório para as artes do teatro, é surpreendente. talvez pelo fato de terem ficado um mês no sertão, pesquisando a fundo e coletivamente terem criado todo o processo. percebi também que não se trata de uma transcrição cênica do livro e isto pode causar certa estranheza aos fãs da obra. creio que era apenas um recorte de um período histórico importante na vida dos dois personagens centrais, os jagunços riobaldo e diadorim, que ‘descobrem-se’ apaixonados. só no momento em que diadorim morre é que riobaldo saca que o jagunço morto na verdade é uma mulher. é uma trama complexa sobre a qual não vou me prolongar, mesmo porque não entendi uma série de coisas, mas achei uma história linda e um texto poético, que se assemelha à pedra do reino, dirigida por antunes filho. atuação impecável, na qual é possível perceber claramente o trabalho coletivo e o entrosamento dos atores entre si e com o diretor. o homem provisório é daquelas peças obrigatórias para quem quer entender como se faz teatro de verdade.
.
.