quando li uma matéria sobre o filme não por acaso, cujo título era “rodrigo santoro estrela o drama”, fiquei um pouco receoso. obviamente, pensei, é apenas uma estratégia de marketing para atrair mais espectadores para um filme brasileiro. não me enganei, porque santoro não estrela nada e ninguém estrela nada naquele filme porque nenhum ator se sobressai ao outro.
não por acaso, de philippe barcinski, é um dos filmes mais inteligentes que vi. primeiro porque foge do senso comum cinematográfico brasileiro que, se não fala da miséria/sertão do nordeste, fala da miséria/favela no rio de janeiro ou então da miséria/violência de são paulo. depois, porque são poucos os filmes em que pude aprender coisas essenciais como, por exemplo, fazer omelete, jogar sinuca, a diferença do café produzido na bahia e no espírito santo e quantos segundos um semáforo leva para fechar e abrir.
o drama acontece em são paulo e traz leonardo medeiros como um engenheiro de trânsito, apaixonado pela ex-amante, mônica e pai de uma garota de dezesseis anos que não o conhece. rodrigo santoro fabrica mesas de sinuca, joga sinuca e mora na fábrica de sinuca com teresa, que morre atropelada pelo carro em que está mônica, que também morre no acidente.
e é assim que se desenrola o filme, com emoção, silêncios, diálogos concisos, bela trilha sonora, sem exageros e com atuações marcantes. destaco o trabalho de leonardo medeiros, já conhecido por seu trabalho no cinema em lavourarcaica e cabra-cega, e no teatro, em avenida dropsie, quando fazia parte da sutil companhia de teatro, numa montagem que até chuva tinha, em pleno palco do teatro popular do sesi. inesquecível.
não por acaso, de philippe barcinski, é um dos filmes mais inteligentes que vi. primeiro porque foge do senso comum cinematográfico brasileiro que, se não fala da miséria/sertão do nordeste, fala da miséria/favela no rio de janeiro ou então da miséria/violência de são paulo. depois, porque são poucos os filmes em que pude aprender coisas essenciais como, por exemplo, fazer omelete, jogar sinuca, a diferença do café produzido na bahia e no espírito santo e quantos segundos um semáforo leva para fechar e abrir.
o drama acontece em são paulo e traz leonardo medeiros como um engenheiro de trânsito, apaixonado pela ex-amante, mônica e pai de uma garota de dezesseis anos que não o conhece. rodrigo santoro fabrica mesas de sinuca, joga sinuca e mora na fábrica de sinuca com teresa, que morre atropelada pelo carro em que está mônica, que também morre no acidente.
e é assim que se desenrola o filme, com emoção, silêncios, diálogos concisos, bela trilha sonora, sem exageros e com atuações marcantes. destaco o trabalho de leonardo medeiros, já conhecido por seu trabalho no cinema em lavourarcaica e cabra-cega, e no teatro, em avenida dropsie, quando fazia parte da sutil companhia de teatro, numa montagem que até chuva tinha, em pleno palco do teatro popular do sesi. inesquecível.
outros dois trabalhos primorosos são o de branca messina, que morre no começo do filme e de rita batata, filha do personagem de medeiros. Ambas são de uma naturalidade incrível e deixam suas marcas mostrando que são atrizes talentosas. vale lembrar que vieram do teatro.
em não por acaso, conseguimos perceber que a vida não é como um jogo de sinuca, nem como o trânsito, em que é possível prever, controlar e mudar o que pode acontecer se darmos um passo a frente. ou recuarmos.
em não por acaso, conseguimos perceber que a vida não é como um jogo de sinuca, nem como o trânsito, em que é possível prever, controlar e mudar o que pode acontecer se darmos um passo a frente. ou recuarmos.
ou simplesmente ficarmos parados.
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