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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

namoro à distância e outras divagações de madrugada

muita gente me pergunta como é namorar à distância. e eu respondo: não namoro à distância. moramos em cidades diferentes, mas nos falamos todos os dias e nos vemos todos os fins de semana e algumas vezes no meio dela.

no começo isso foi um problema. começo de namoro é assim, você quer ter a pessoa por perto sempre, contar as novidades, compartilhar experiências, vitórias e derrotas. e claro, namorar. o pior desafio e superar a saudade. quando se passa um fim de semana gostoso, o domingo a noite começa a virar melancólico. o despertador tem som de saudade, o metrô fica nostálgico e a rodoviária com clima de separação (mesmo que momentâneo).

acontece que todo relacionamento tem crises, ainda mais quando se mora em outra cidade. ciúmes, carência, excesso de cuidado, falta de cuidado, tudo isso pode rolar, por isso a confiança é essencial. claro que cada casal tem seu próprio "código de conduta", estabelecido com o tempo de namoro. muitos dos que vivem boa parte da semana longe resolvem "abrir" o relacionamento, pois não aguentam cinco dias sem sexo. outros seguram as pontas sozinhos. outros não duram muito tempo e acabam terminando.

minha sorte é que campinas não é tão longe de são paulo. uma horinha e meia no cometa e tudo está resolvido. o custo fica alto, mas compensa. a intensidade da saudade transforma-se em intensidade de companhia. e tudo fica bem.

como disse, todo casal tem seu código de conduta, estando junto ou separado. e isso compete a cada um. não seria tão besta a ponto de abrir publicamente o que tenho acertado com meu amor, mas vou te dizer que tem funcionado muito bem. mas digo que conquistei a liberdade que sempre quis num namoro. e isso não significa que saio por aí beijando bocas, ok?

a liberdade num relacionamento é muito mais que ficar com outras pessoas. particularmente acho que isso tem grandes chances de destruir uma relação. liberdade é poder contar tudo que acontece, sem amarras. é compartilhar os desejos, as angústias. e principalmente, dialogar.

como tenho feito um revezamento de cidades (uma semana venho a sp - sim, estou aqui e outra semana ele vai à campinas), precisamos aproveitar muito bem nosso tempo juntos. isso não significa ficar grudados o tempo todo porque temos nossos amigos em comum, mas também precisamos de uma certa privacidade. e combinar isso é fundamental.

na prática: nada nos impede de sair sozinhos com nossos amigos, sem a companhia um do outro. isso é saudável. antes ficávamos nos cobrando, quase que impondo uma condição de presença quase que total. depois de muita conversa e amadurecimento, percebemos que nada impede de eu vir à sp e sair com meus amigos e vice-versa.

amo estar junto, valorizo cada momento. mas também gosto da possibilidade de poder ir ao cinema sozinho enquanto o companheiro sai com um amigo, por exemplo. ou seja, o que importa é que todos vivam seus momentos, juntos ou não.

fico triste quando amigos começam a namorar e esquecem das outras pessoas. o fato de sair sem o(a) namorado(a) não significa que não gosta. convivi um tempo com um casal que simplesmente deixou de existir perante os amigos e começou a viver exclusivamente um para o outro. que chatice...

bom, pra terminar a divagação da madrugada... aproveitem ao máximo seus parceiros, mas lembrem-se que tanto vocês quanto eles já existiam antes de se conhecerem e portanto tinham uma vida. não deixem que essa vida seja apagada por conta da relação, pois se ela se acabar, você corre o sério risco de ficar sem o amor e sem os amigos.

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