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sábado, 24 de abril de 2010

Entrevista no jornal O Estado (RJ)

com tanta correria, nem deu tempo de falar, mas fui uma das fontes de entrevista para esta matéria que saiu no jornal O Estado (RJ) em março. veja:

http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=4619&editoria=Comportamento

Cresce o número de mulheres que estão nas redes e sites de relacionamento

O papel feminino junto às redes sociais traz uma gama de possibilidades



A troca de informações nas redes sociais é rica e diversificada. As mulheres conseguem interagir com todas as ferramentas que a internet proporciona de forma útil e produtiva. Há as que discutam moda e assistam a vídeos sobre dicas de maquiagem. As que procurem receitas culinárias ou as que apenas queiram uma opinião sobre um filme que pensam em comprar. Elas encontraram na vida online um ambiente acolhedor e de generosidade.

De acordo com uma pesquisa feita pelo site Information Is Beautiful, o Facebook e o Twitter são compostos, cada um, por 57% de mulheres. Já no Flickr, 55% dos usuários são do sexo feminino. No MySpace a dominância é mais clara: 64%, enquanto no Hi5 são 54%.

Raphael Calles, 20, trabalhou em um site dedicado ao público feminino e diz que as matérias mais lidas eram sobre beleza e saúde. “As mulheres querem estar na moda o tempo todo. Se interessam por matérias que falem sobre estilos de cabelos, tipos de unhas, para que assim possam conversar com suas amigas e tentar fazer em casa”, afirma o estudante.

Lucas Guedes é especialista em Mídia, Informação e Cultura pela USP e pesquisador de mídias e redes sociais virtuais. Ele afirma que as mulheres são diferentes umas das outras, o que torna impossível dizer de forma taxativa e generalizada o efeito das plataformas sociais na vida de cada uma delas. “A principal contribuição não é somente o fato de trazer coisas novas, mas de facilitar o que elas já faziam antes só que por outros meios.”, explica Lucas.

Na busca e desejo por algum produto, o público feminino procura informações no Twitter e em sites relacionados à marca. Marianna Perri, 19, acredita que as redes sociais facilitam a pesquisa de opinião. “Você ´conhece´ e se aproxima de pessoas com os mesmos interesses que os seus. Um bom exemplo disso é o movimento pela aceitação gorda nos Estados Unidos e Europa. Isto ajuda as mulheres gordinhas que não estão bem com elas mesmas.”, diz a estudante.

O Orkut tem um papel importante como facilitador em uma relação de amizade. Lucas Guedes esclarece que o fato não é o acesso a tais comunidades, mas o sentimento de pertencer a um grupo e do poder de produção de conteúdo. “Os riscos são os mesmos da ´vida real´. Amizades mal intencionadas, roubo dos dados de identificação eletrônica. Há casos dos que começam relacionamentos na internet e acabam se casando.”

É o caso de Erika dos Santos, 20, dona do blog e comunidade chamados “Te Amo Apesar da Distância”. Erika diz que o Orkut mudou sua vida. “Meu namorado e eu criamos a comunidade e prometemos nos encontrar e ajudar pessoas que passaram pela mesma situação que a nossa. Eu morava na Paraíba. Ele veio me visitar e desde 2008 moro com ele no Rio Grande do Sul. Eu fiz o blog para dizer que o impossível não existe”, conclui a vendedora logística.

Mais pessoas passam a ter acesso à internet e às informações nela divulgadas, diferente de antigamente, quando buscavam conhecimento em revistas, livros e jornais ou por meio de rádio e televisão. Há a convergência das mídias a favor do acesso, produção e troca de informações.

O papel feminino junto às redes sociais traz uma gama de possibilidades. Sandra Resende, 38, atualiza o Twitter a todo o instante, utiliza o MSN para matar a saudade de quem está longe e diz ter aprendido muitos assuntos como economia doméstica e decoração. “É como se o mundo tivesse se aberto para mim, deixando de ser tão grande. O céu é o limite e ninguém mais me segura”, diverte-se a dona de casa.

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