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repórter da folha e sua escadinha. pisa na folha, pisa...
quanto à manifestação contra a #ditabranda, que aconteceu sábado, dia 09, escrevi um post imenso, mas achei que estava chovendo no molhado. [só para esclarecer, o ato aconteceu porque a folha de são paulo, no editorial de 17.02.09, tratou a ditadura como ditabranda, comparando com outros regimes políticos]. no meu texto, eu criticava a folha por essa expressão infeliz, mas defendo o direito que o jornal tem de expressar sua opinião. também defendo o direito dos manifestantes (sim, eu fui), mas achei algumas coisas equivocadas. o problema não é a folha de são paulo, mas sim a mídia. e não sei se gritar em megafones frases bonitas e rimadas contra o sistema, vai mudar alguma coisa...
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e hoje eu soube, pelo site do rodrigo vianna (citando o blog do sakamoto) que o jornal teria perdido 2 mil assinantes nos últimos dias. se esta foi uma atitude dos leitores indignados com o editorial, então acho válida, sensata, prática e funcional. admiro também a mobilização via internet, principalmente por meio de blogs e twitter. muito, muito bom. agora.... não me venha com esse papo de 'uma nova comunicação'. prefiro a velha comunicação, aquela do cláudio abramo e dos velhos jornalistas, exemplo de textos belos, coerentes e informativos.
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o editorial completo você lê aqui. tire suas próprias conclusões.
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3 comentários:
Não sei o valor de 2 mil assinantes para folha, mas se for prejuízo significativo não teremos mais esta expressão "ditabranda" publicada. Assim, o capital, mais que ideologias, mostra mais uma vez a sua força.
olha..na moral...minha opiniao a respeito eh meio controversa, mas la vai.
o regime militar no brasil foi sim, muito mais 'brando' do que em outros países da america latina. mas concordo que o uso do termo ditabranda seja depreciativo. dá a impressao de que nossos exilados e desaparecidos politicos foram pouca bosta, quando nao foram. mas sei la, a proporção q o povo deu a essa materia foi exagerada. podiam reclamar pedindo retratação, é claro, mas cara, ditadura de verdade que viveu foi a argentina. desculpa, mas por aqui, a barra nao pesou ne um terço do que pesou pros caras, logo, num comparativo, sim, aqui as coisas foram menos piores sim.
sabe, Lucas, eu não entendo essas comparações.
para mim, brutalidade é brutalidade em qualquer nível.
pesquiso professores acadêmicos que foram torturados na época da ditadura e os traumas psicológicos gerados. cada história, e eu me perguntando 'sou forte o bastante para ouvir, para compreender e não ser a pessoa, mas a pesquisadora?'.
ou seja, sei lá.
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