antes de falar dos últimos dias em londres e do fim de semana em portugal (olha só, preparem-se para ouvir muito sobre isso nos próximos posts...), quero falar de forma geral da viagem.
ok, vamos pular aquela parte do 'ah, aprendi a valorizar o brasil, a comida, meus amigos, minha família', porque isso não é assim tão verdade...
lógico que a viagem não acabou. aliás, gosto de colocar um ponto final no início de meu nome justamente por isso. sim, porque eu não acabo. não acabo porque não começo. ou começco pelo fim, não sei, mas o que quero dizer é que estes 32 dias longe do 'meu' país [este país que me engana...] não foram nada de mais.
não entendam isso como um ato esnobe. curti muito ir para europa e conhecer londres, paris e lisboa. muito mesmo. vivi coisas únicas que poderiam virar livro ou filme, tão interessante que foi, pelo menos pra mim.
com certeza foi um marco, mas não foi a viagem da minha vida, não foi o melhor acontecimento, não será a coisa mais importante que fiz ou farei.
eu quero é mais.
agora vai parecer contraditório (e é mesmo), mas essa viagem significou muito mais que conhecer outros países, monumentos, museus.
é difícil mensurar e pode parecer besteira, mas ficar de bobeira em frente ao rio tejo e conhecer a casa onde morou fernando pessoa, por exemplo, foram alguns dos pontos mais altos, mais até que ver a torre eiffel, entende? visitar lugares em que cineastas e outros artistas franceses se encontravam (estes que nos influenciam até hoje) foi mais legal quer ver o big ben. andar e se perder pelos becos frios e estreitos de londres pode ser mais interessante que simplesmente tirar foto segurando nos peitos de cera da angelina jolie no madame tussauds, como costumam fazer, sabe?
não descarto a diversão nem a alegria que me proporcionam alguns prazeres momentâneos e fúteis, mas o que quero, procuro e valorizo são as coisas que ficam, que perduram.
por isso prefiro os meios
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não os começos,
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nem os fins.
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10 comentários:
Você está insuportável!!!!!!!!!!
Edu
"...porque eu não acabo. não acabo porque não começo. ou começo pelo fim..."
acredito que hj eu vou refletir sobre isto.
:]
Assisti um filme (não lembro o nome agora) em que a personagem da Sandra Bullock falava mais ou menos assim:
"os começos assustam, o fim geralmente é triste, mas são os meios que contam mais. Quando estiver no começo basta deixar o carro da esperança passar e o resto virá".
é isso aí.
Os começos são superficiais e os fins são tristes. O melhor está sempre no meio.
Um post fofo!
melhor mesmo são as coisas que não acabam, mas se transformam em outras. dialeticamente.
=)
insuportavel, eu? ahaha. que nada. pois é, eu tb refleti muito isso, algumas pessoas projetam suas vidas em experiencias isoladas, como por exemplo uma viagem. só que acho que não bem por aí, pq uma viagem, por melhor que seja, é uma viagem. a vida é mais que isso, entende? o tal do processo dialético mesmo.
concordo com a sandra bulock, exceto pelo carro da esperança... ehehe...
e post fofo eh o caramba viu leticia! rs.
"Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia. "
João Guimarães Rosa
Adivinha quem mandou??????????
Hey Mr. Insuportável, acho que ficaria mais feliz aí se soubesse que seu livre teve 420 downloads no Bravus.
Abraço cara!
Opa, corrigindo (livre é foda).
Pra não deixar dúvidas:
Livro www.ódio
Downloads: 420
eu nao lembro como nasci, tampouco me importo como vou morrer. o meio é o agora. é o que fazemos entre lá e ali. sem meio não há história pra contar no fim e nem motivos pra se começar.
nossa....acho que o sono está batendo...melhor parar por aqui, neh? hehe
um beijo e keep on rocking, baby.
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