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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

enquanto meu pai não me liga


no meu apê, aguardando a ligação do meu pai. daqui a pouco ele vai me buscar no metrô sacomã e vai me levar pralgum lugar a fim de comemorarmos em família o aniversário do meu irmão, tiago, que completa hoje 31 anos. daí que eu passei o dia todo angustiado. a realidade é que eu respiro angústia. sempre. ele completa 31 anos e isso só me faz lembrar que logo eu faço 30. não, não... não me bateu aquele desespero que amedontra os quase-30. afinal, apesar da cara de menino, já sou calvo há pelo menos cinco anos. terminei faculdade e uma pós-graduação (digo, uma entre 4 começadas e largadas em algum lugar do passado). não casei, nem quero. não tive filhos, nem quero. carro, casa, televisão e bicicleta a gente compra. os amigos vão e vem. um ou outro fica. livros que talvez nunca serão lidos e filmes b enchem cada vez mais as prateleiras improvisadas com caixas de fruta. amor. a certeza que vão interpretar mal este post. londres, paris, lisboa. bons ares. ainda falta conhecer o centro-oeste do meu país. hífens, acentos e assentos que não sei usar. olhares. avó internada num asilo. a falta da gata. o aniversário de um ano sobrinho se aproximando. as frases não-ditas e a saudade daquelas músicas que ainda não existem. o lago, a praça, a queda, a cicatriz. coisas que só eu sei e que vou levar comigo até que meu corpo deixe de funcionar. o sangue que insiste em circular. as palavras... ah, as palavras. meu pai que não liga logo. a fome. fiz tanta coisa e nada fiz. a indiferença pelos meus vizinhos de prédio e de rua, os mendigos. este texto interminável no blog e a vontade de gritar na janela que, se não fosse uma construção chique dos jardins, faria eco no parque do ibirapuera. do outro lado, o caos da avenida paulista. e o metrô cheio que me levará ao abraço do irmão. enquanto isso, o pensamento nos projetos que não vai sair da cabeça e a sensação de tempo perdido. me sinto velho e feliz. e essa angústia compete com o cansaço que sinto neste dia produtivo. uma angústia que não é sinônimo de tristeza ou melancolia. mais tarde quero voltar pro apê, tirar os sapatos e (re)assistir ao clube da luta, cuja cena final, nada me faz esquecer. assim como nada me faz esquecer as contas que tenho a pagar, a viagem que quero fazer, o livro que quero escrever. as luzes das casas dos vizinhos que começam a acender. a companhia sempre presente. o medo. e a coragem. do nada, tudo o que me resta é deus. deus e as palavras. boa noite.
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

reflexões de um liquidificador, uma noite em 67, dzi croquettes

aproveito o tempo que me sobra pra respirar e escrevo um pouco e posto aqui um trecho dos últimos filmes que vi no cinema. beijos e um dia eu volto pra comentar!




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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

bienal de livros de sp

pois é... este ano (pra mim) não teve flip, mas tem bienal! acabei de chegar da festa de abertura lá na estação pinacoteca, com direito a show do arnaldo antunes na MARAVILHOSA sala são paulo.

a feira começa sexta-feira, dia 13, mas amanhã abre para os autores, imprensa, editores e povo relacionado com o meio . como eu estava participando do fórum internacional do livro digital, ali no anhembi, aproveitei pra dar uma passadinha na local e ver os preparativos...

hoje o pessoal ainda estava terminando de ajustar. estavam colocando os tapetes, ajeitando os stands, tirando a poeira e acertando os últimos detalhes.

e já adianto uma coisa: a bienal está imperdível.

muitos lançamentos e eventos paralelos, debates, promoções e a questão mais falada nos últimos tempos no meio editorial: o livro digital.

o problema (pra mim) é que vi muitos livros com super descontos. ou seja....
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